quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sobre a distância…




Quanto mais o tempo passa, mais nos distanciamos de certos acontecimentos, eventos, factos, pessoas! E ao mesmo tempo que algumas dessas coisas começam a aparecer como pontos insignificantes no fundo da paisagem, é frequentemente essa mesma distância que nos permite perceber a verdadeira importância que algumas dessas coisas continuam a ter para nós, ou o impacto que tiveram na nossa vida, as ‘mossas’ que deixaram na carroçaria do nosso ser.



O blogue está agora para mim como ponto pequenino lá ao longe no horizonte do meu passado recente. Foi importante, valeu o que valeu, mas fartei-me… cansei-me que as pessoas, que sabiam quem eu era, viessem aqui para me ler os estados de espírito, escusando-se depois de me perguntar pessoalmente como estava, como me sentia, como passava! Talvez o erro tenha sido meu, por acreditar que podia fazer dos meus textos espelho, sem que criasse uma porta aberta de acesso à minha intimidade… assim, o anonimato que me servia de capa no início, foi-se esfumando e senti-me exposta! Não gostei dessa sensação…



Gosto de escrever sem ter que pensar muito naquilo que quero deixar registado, sem ter que me cansar a pensar em prós e contras…



Escrever, reflectindo cada palavra, cada letra, cada ponto é para mim contra natura, assim era impensável retomar a escrita no blogue enquanto não estivesse preparada para ser sincera, para ser mais eu, coisa tão desvalorizada nos tempos que correm, mas essencial para mim!



Se não puder ser eu, então, não serei nada!



Quando senti que não podia ser mais eu neste espaço, este espaço deixou de ser meu… deixou de existir para mim. Esqueci-me dele, perdi-lhe o afecto, perdi-lhe o ‘gosto’.



Sou mesmo assim, é um defeito, sei disso, mas sou tão escorpião nos meus afectos que, não sei gostar sem amar, nem não gostar sem acreditar que não existe para mim!



Confesso que também me desiludi com o conceito de certos blogues de difamação, maledicência e acho que já ouvimos tanta coisa que não queremos ao longo dos nossos dias, que aqui, só nos sujeitamos a ‘ouvir’ se quisermos; Já aturamos tanta gente inconveniente, abelhuda, egoísta, falsa e mal intencionada na nossa vida, que aqui só ‘aturamos’ se quisermos… e eu, deixei de querer.



Ainda assim, conheci algumas pessoas interessantes por aqui, gente genuína, que escapa à tentação da ‘feira das vaidades virtual’… e foi por elas que não pude deixar de registar esta nota, em jeito de pontuação…



… final.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Curtíssima...



... de passagem só para dizer que estou viva e bem, mas ainda sem vontade de blogue!

É que há tanta vida no intervalo de um blogue que se torna difícil fazer um update!

sábado, 30 de julho de 2011



A senhora que costumava escrever neste blogue já voltou de férias, mas anda momentaneamente ocupada a tentar descobrir onde paira o seu pensamento e a vontade de voltar a escrever aqui.

Assim sendo, enquanto a senhora estiver "ausente", este blogue ficará assim, sozinho e bem acompanhado, por quem aqui passar e se quiser entreter no tanto que tem para ler...


Beijinhos e abraços até a senhora voltar!


Com a vossa licença, fui.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Favor atentar na imagem...

Como ser um adulto "crescido" mas ainda assim feliz

A idade definitivamente não traz só coisas más… aliás, até um certo ponto e, caso a saúde e o dinheiro nos acompanhem, a idade traz-nos coisas maravilhosas, que superam em larga escala a rigidez muscular dos vinte, os devaneios apaixonados dos dezoito e a irreverência abrupta e lunática de pensar que o mundo gira só para e por nós da adolescência!
A partir de uma certa idade, que pode começar aos trinta ou mais tarde, dependendo também da maturidade de cada um, começa a perceber-se que, à falta daquela energia e adrenalina louca e nervosa dos verdes anos, muitos outros tipos de prazer superam com grande estilo a barreira do lado B da meninice.
É verdade que com tanta obrigação, responsabilidade e dever, o adulto pode tornar-se por vezes no ser mais enfadonho da terra, mas, por outro lado, nada é mais compensatório do que os momentos em que os “crescidos” se conseguem ver livres das amarraras da sua “maior idade” e se deixam levar pelos prazeres aprendidos, adquiridos, cultivados, ou revalorizados… como aproveitar um bom momento em toda a sua plenitude, degustar um bom vinho, provar uma delicátesse gourmet, lambuzar-se com um bom prato de carne assada na lenha, ou um peixinho acabado de pescar no mar, levado ao forno ao sal, com as especiarias certas, as ervas certas, os temperos e os acompanhamentos certos! Sim, sem dúvida, estou certa que o refinar do palato é uma característica apenas ao alcance de mentes maduras. Assim como, o desfrutar de uma boa música, sem ter que fazer pose, ou coro, ou fingir que se sabe a letra só para ficar bem na fotografia de grupo! Sim, estou certa que só a partir de determinado momento nas nossas vidas somos capazes de nos assumir em tudo o que temos de bom e tudo o que temos de mau, como únicos, singulares, sem nos querermos identificar com alguém, medir com alguém, ser igual ou melhor do que alguém!
Acho, e penso que não me engano, que não se consegue falar de gosto e refinamento antes dos vinte, pelo menos, não no verdadeiro sentido destes dois conceitos, naquilo que se prende com a genuinidade, individualidade e intransmissibilidade que estes conceitos comportam! Ninguém compreende verdadeiramente Pessoa aos 16, assim como ninguém é capaz de “viver” um amor sereno aos vinte e dois!
A idade nunca foi para mim algo importante, até ao dia em que deixei de fazer anos e comecei a acumular décadas. Uma, duas, três… poucas, ainda… mas significativas! A primeira de menina, a segunda de miúda, a terceira de mulher!
Coloquei esta semana um ponto parágrafo na minha crise da viragem para os trinta… no preciso momento em que o meu marido me entrou porta adentro com um cesto de legumes da horta, oferecido por alguém amigo, e eu gritei vivas de contente! Não há jovem que consiga rejubilar com um cesto de brócolos, alface, cebolas, curgete, feijão verde e uma couve-flor… não há, não há! Assim, assumi a minha maturidade, celebrando-a com uma panela de sopa… depois, deitei-me no sofá com o meu pior pijama e vi o noticiário das oito, de fio a pavio… e lá se foi a teoria do refinamento adulto… mas nem tudo são rosas, na contagem decrescente para o meio século! Oxalá, nos “entretantos”, vá descobrindo mais uns prazeres da idade adulta, sem prejuízos, nem preconceitos e de preferência, com melhores pijamas!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu sabia que este dia ia chegar...



... o dia em que eu ia rejubilar quando me oferecessem um cesto de vegetais e legumes da horta, fresquinhos e viçosos, com ar de acabadinhos de sair da terra! Aliás, ia jurar que algo em mim mudou, no momento em que os comecei a partir e lavar e preparar para enfiar na panela da sopa!


Definitivamente, eu sabia que este dia ia chegar... só tenho pena, que isto também seja sinónimo de velhice, pois a sabedoria alimentar e o refinar de palato, só chegam com a idade madura!


Uma pescadinha de rabo na boca, portanto!

sábado, 11 de junho de 2011

domingo, 5 de junho de 2011

Nos Açores...



... está feito!
E o resultado foi muito positivo! Nem muitas nem poucas crianças, muitos sorrisos, algumas gargalhadas, mas acima de tudo, a consciência de que foi um "bom bocado"!
Assinei livros, todos quiseram dedicatórias (e bem longas de preferência), para as personalizar, fui perguntando aos mais pequenos aquilo que eles mais gostavam no mundo todo... desde animais a família, brincar ou trabalhar (sim, também houve quem me dissesse isso), todos me surpreenderam pela sua energia, positivismo, equilíbrio e extrema maturidade... fiquei com a certeza renovada que as crianças são muito mais perspicazes e inteligentes do que aquilo que muitos "crescidos" julgam que elas, de facto, são!
Foi uma alegria! O culminar de uns tempos atribulados, rodeados de ansiedade, que se resumiram a uma enorme satisfação da minha parte, por perceber que, de verdade e sem "rodriguinhos", todos os presentes gostaram muito do conto, da ilustração e das surpresas que organizei para eles... balões, crachás, pinturas faciais e um Mickey, que foi muito amado e muito odiado!!! LOL Muitas surpresas portanto! Para todos!
Artzinha, "si prépara", estou quase em casa e conto contigo para o próximo! :D

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O link para a entrevista da "Maria" na tsf... http://www.acorianooriental.pt/noticias/tsf/


(favor ouvir "Agenda Cultural Cristina Pires 3 de Junho")

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Hoje vou estar aqui meia horita...


...a partir das 8 horas açorianas (9 da matina em Portugal Continental)...


A falar da Maria, claro!

Findas as actualizações...

Já vos falei destes bebés?!

=)

E há três semanas no AO (ai ai!)

Mentirar

Acho piada que nos últimos tempos toda a gente reclame pela verdade como pão para a boca! Aliás… sempre achei piada a esta ambiguidade que se vive em relação à forma como encaramos a verdade, a necessidade que temos dela e o modo como lidamos com ela! As verdades são na maior parte das vezes inconvenientes e pouca gente tem “estofo” para lidar com elas! Especialmente numa cultura, como aquela em que estamos imersos em que mais facilmente aceitamos uma mentirinha de conveniência (ainda sabendo que não deixa de ser mentira), do que uma verdade dita assim, a nu, sem recato nem pudor! Vejamos, se um amigo nos convida para um jantar num dia em que não vinha mesmo nada a calhar, porque estávamos com vontade de nos arrastar pura e simplesmente do sofá para a cama e da cama para o sofá, entre telenovelas e séries parvas com roupa de casa e o cabelo por lavar, quantos de nós terá a destreza de se desembaraçar do convite sem recorrer a uma “mentirinha simpática”?! Pois… talvez, tantos quantos de nós acreditam que isso não é mesmo uma mentira e que somos as pessoas mais frontais ao cimo da terra! Ou tantos quanto aqueles que resistem à tentação da mentira e aceitam malogrado o convite, comparecendo e mentindo-se a si próprios, tentando iludir-se com esperanças de que talvez até tenha sido bom irem… ao menos não mentiram a ninguém!
Poucos são os que entre nós dizem sempre a verdade e toda a verdade! E são também esses os que são encarados como mal-encarados, loucos, egoístas, parvos, idiotas, “inconvenientes”… Desde que a moda do “politicamente correcto” pegou entre nós, poucos são os que entre nós conseguem resistir a estas mentirinhas de pantufas em prol da boa convivência! O problema é que nos enganamos mais a nós, do que enganamos os outros… e acabamos por nunca nos mostrar genuinamente como somos, mesmo quando nos assumimos como os mais genuínos, os mais frontais, os mais directos!
Português, que é bom português, gosta de dizer a alto e bom som que gosta é de pessoas frontais, directas e sem grandes “salamaleques”, mas depois, quando apanha um espécimen destes pela frente, não sabe o que lhe fazer… e as ganas que lhe dão são de o fazer calar! As verdades são incontestavelmente inconvenientes! Claro que toda a gente prefere acreditar que somos todos extraordinariamente civilizados e simpáticos e altruístas e genuínos… mas poucos de nós o são de facto em todas as áreas da sua vida! Senão vejamos que, a própria “máscara” profissional que todos os dias vestimos a umas “mentirinhas” nos obriga! Eu não atiraria a primeira pedra! Mas se em alguns campos, a mentira acaba por ser a única forma de sobrevivência e convivência salutar, outros campos de relacionamento ou sociabilidade existem em que a mentira funciona mais como a ferrugem… vai corroendo, corroendo, até quebrar e arruinar por completo o metal, por mais resistente que seja!
Cá por casa, a mais pequena aprendeu a semana passada o significado de mentira… e agora, acusa-nos frequentemente de estarmos a “mentirar”. E a verdade é que o fazemos por vezes, alegando que é para a poupar, ou para que ela cumpra aquilo que é esperado, ou para abrilhantar com pozinhos de perlimpimpim um mundinho assim! A mentira é tentadora, principalmente quando se veste toda ela de bons princípios ou de boas intenções… mas não deixa de ser mentira! É um combate inglório este da luta contra a “mentirinha” ou a “não mentira”, principalmente porque há quem faça dele modus vivendi e norma de convivência! E agora pergunto-me eu, como se ensina a um adulto, que uma meia verdade não deixa de ser mentira?!

Semana passada no AO... (mil perdões!)

Eu não sou uma pessoa pontual, entenda-se, não é que faça questão de não o ser, mas na maior parte das vezes não o consigo ser! Ainda assim, sou tão responsável ao ponto de ter consciência da minha impossibilidade quase nata para ser pontual, que na maior parte das vezes, aviso com a devida antecedência da minha possível falta de pontualidade. A minha pontualidade é por isso marcada por anunciar a minha falta de pontualidade em pelo menos 5 minutos, mas que pode ir até aos quinze, em casos extremos!
Quando realmente consigo cumprir com a minha pontualidade, sinto-me orgulhosa, mas um pouco menos eu, assim, acabo por me ‘atrasar’ na mesma, inventando uma ida ao WC antes do momento “h”, ou uma qualquer actividade para “encher de chouriços” até aos cinco minutos de falta de pontualidade da praxe!
Se estão a pensar que isto não abona muito a meu favor enganam-se, porque pelo menos eu tenho consciência desta minha falta de potencial para ser pontual, admitindo-a e comunicando-a com a devida antecedência… assim, na prática eu até consigo ser pontual, dentro da minha tolerância de relativo atraso, que sendo comunicado e cumprido, não engana ninguém!
Talvez por isso eu seja tão intolerante em relação à falta de pontualidade dos outros, e deteste quando me dizem “estou mesmo a chegar”, quando de facto ainda estão a sair da cama, ou “demoro uns cinco minutos”, quando acabaram de se sentar para almoçar!
Pior do que quem erra e tem defeitos, é quem é cego para com os seus e tenta fazer dos outros tolinhos, por verem neles uma tremenda falta de carácter!
Sou particularmente crítica em relação a atrasos não justificados, pois demonstram um total desinteresse pela pessoa que paga a nossa falta de pontualidade com a sua perda de tempo, mas tendo consciência desta característica lusa, comum a quase todos os habitantes da península e ilhas, tenho uma tremenda capacidade de aproveitar o tempo durante os atrasos de quem espero… arrumo a carteira, faço uns telefonemas oportunos, consulto a caixa de email leio um livro, penteio o cabelo, tomo um café, leio um livro, revista, panfleto ou o que tiver à mão… enfim, não gosto de atraso, não os tolero, mas tenho que os aturar frequentemente, por isso, lido com eles!
Infelizmente, pior do que os atrasos são as faltas de comparência, ora, aí está algo de que não peco, porque em caso de impossibilidade de comparência faço questão de o comunicar prontamente. Assim como, não costumo esquecer-me dos meus compromissos, daí que me custem horrores tolerar quem se esquece dos seus. Com esse tipo de pessoas sou mesmo implacável e pago-lhes com luva branca, engolindo em seco e mostrando carácter suficiente comparecendo atempadamente a todos os outros futuros compromissos, fazendo questão de lembrar a pessoa disso mesmo. Mas acho que não me serve de nada… sabem porquê?! É que ele há atrasados que são mesmo incorrigíves…

Hoje no AO

Ontem comemorou-se o Dia da Criança e a propósito disso…
Criar um filho na sociedade actual, para lá de um desafio intelectual de grande exigência, um exercício de cálculo financeiro diário, um abdicar do egoísmo e da individualidade constantes pode ser acima de tudo um verdadeiro teste às nossas convicções éticas e morais. Senão porquê analisemos à lupa, mas na diagonal, a sociedade onde nos inserimos e para a qual criámos, formámos, educámos, mas nunca preparamos os nossos filhos… isto porque, ela nos surpreende diariamente!
Vou tocar num assunto mediático, que levanta opiniões ferozes, mas controversas nos dias que correm… esse mesmo, o caso da jovem de 13 anos, filmada por outros jovens, enquanto era agredida por duas outras jovens, um pouco mais velhas. Vou tentar não ser muito parcial, mas já o sendo, considero enquanto indivíduo social, aquela violentíssima agressão um atentado contra tudo aquilo que defendo; e enquanto mãe, uma atitude selvática, amoral, desnorteada e descontrolada, por parte de todos os jovens envolvidos. Pois bem, deixei a minha parcialidade perdida algures na terceira linha deste parágrafo, mas serve a contradição o propósito de demonstrar a minha indignação e choque quando penso que podia ter sido a minha filha a agredida, ou a agressora… e isso choca-me igualmente em qualquer uma das hipóteses… porque os agressores também são filhos de alguém… e assim, enquanto mãe, apresento-me perante o dilema moral de cair na tentação de educar a minha filha como uma pequena “sacaninha” preparada para estas violências e agressões, para que não a choquem, nem afectem, como me chocam e afectam a mim, com a consciência de que nem que quisesse conseguia dar uma educação espartana a uma criança. Assim, encontro-me perante o dilema ético de, por vezes, só por vezes, questionar as razões porque educamos os nossos filhos com tanto peso e medida, quando sabemos que o que menos há por esse mundo fora é isso mesmo!
A juntar-se a este caso mediático temos agora o de uma outra jovem, cortada várias vezes com um x-acto. Acto que para além de ainda mais violento, me parece mais doentio… e agora eu pergunto-me… para quê?! Para quê tanto investimento, tanta preocupação, quando há coisas que pura e simplesmente nunca poderemos prever, antecipar, compreender… e assim, vamos transmitindo aquilo que nos transmitiram a nós, na esperança de que isso chegue, de que isso baste, como nos bastou a nós. Como nos bastará ainda. Mas com tanto caso, mais ou menos mediático, de violência, de falta de senso, de razoabilidade, de educação, começo a ficar cada vez mais preocupada, com a sociedade que estamos a criar, com a noção clara que a violência sempre existiu e irá existir, mas também com a certeza que a maldade do século XXI é de um refinar tal, que na maior parte das vezes pensa que pode sair impune, imaculada de todos os seus maus actos. E não falo agora só da violência entre os jovens, mas da forma como nós vemos diariamente uma série de actos incorrectos, amorais, criminosos, passar impunes, intocáveis, inimputáveis.
Onde há crime, deveria haver castigo. Caso contrário, toda a lógica do bem e do mal deixará de fazer sentido. Assim, se já é difícil um dito “crescido” entender, porque é que “os maus” às vezes também saem impunes, imaginem lá traduzir isso em linguagem infantil. Directa, objectiva, literal. Onde tudo tem que ser preto ou branco e o cinzento é difícil de se fazer ver. Criar “pérolas para porcos”, perdoem-me a dureza da expressão, mas às vezes é o que parece que estamos a fazer com os nossos filhos! Ou será que a porcaria, eles também a aprendem de nós!?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os nossos bebés chegaram...


... e como todos os bebés, são tão surpreendentes, que nem nos nossos sonhos mais loucos os conseguiríamos imaginar assim!
Agora, depois de (des)embalá-los... é deixá-los voar!

No dia 04 são apresentados ao mundo! E eu vibro só de pensar, que pode haver uma criança algures, que deles possa gostar!

Já viste artzinha, o privilégio que vai ser fazer outras crianças sonhar!?

Ser Criança...

... é bom, porque é assim que todos os sonhos começam.


E porque é por elas (as outras, as dos outros, as nossas e as que moram dentro de nós), que nunca deixamos os sonhos morrer!



Hoje é o nosso dia! Aproveitem-no!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O agora



Há três anos e sete meses a esta parte, lembro-me de ter pensado: E Agora?!
Há três anos e nove meses (completíssimos) lembro-me que o agora custava imenso a passar. E a rebentar pelas costuras, só desejava que o agora passasse a correr.
E agora, só queria que o agora demorasse um pouco mais que as poucas horas das vinte e quatro horas do meu dia que reservo só para ti. Porque agora sei que tu foste, sem dúvida alguma, o milagre maior que algum dia gerei!
A tua vida é agora o meu agora, e agora?!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Sexta-feira...

... às 09:40 dos Açores (10:40 continentais) em directo aqui, para falar...
... da MARIA, quem mais!?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E quando tudo o resto falha...


... marca-se a depilação e muda-se de penteado! Não há mal que sempre dure...

Que orgulho!




... a partir de agora, também eu sou uma Diamante Oficial...


Podem visitar-nos aqui!



sábado, 14 de maio de 2011

...

E sabe tão bem poder anunciá-lo ao mundo!!! :)

Hora da GRANDE REVELAÇÃO...


... o motivo de tanta ausência, tanta ansiedade, tanta luta, tantos avanços e uns tantos retrocessos... mas por fim... está aqui! MUNDO, prepara-te... aqui vamos nós!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

P.S.

Estou tão orgulhosa de mim... tenho andado tão poupadinha!

Mas é por uma boa causa! Em breve contarei ao mundo!

MUNDO, prepara-te!

Afinal nem todas as princesas...



... vivem felizes para sempre! Pelo menos, nem todas vivem aqueles amores perfeitos e mágicos e tal e coisa...


E perguntam vocês, e isso agora a propósito de quê?!


Aha! Uma vez que a mais pequena anda numa onda de princesas da Disney, e que já devorámos a Bela e o Monstro, o Natal da Bela e do Monstro, a Princesa Sereia, 1, 2 e 3, umas trilhentas vezes... eis senão que, fartos da Princesa e do Sapo, e da Sininho e enjoados da Cinderela, 1, 2, 3 e 4... hoje vimos a Pocahontas... 1 e 2... e não é que, afinal, a sua história de amor acaba mal! Mas até ela tem uma segunda oportunidade... só que já não fica com o mesmo, fica com outro... e eu, que jurava a pés juntos que todas as histórias da Disney tinham um final previsível, levei uma chapada na cara da realidade da vida amorosa de cada uma de nós, princesas ou não... todas temos uma segunda oportunidade... é preciso é saber arriscar e escolher! Mais nada! Arriscar e escolher!


Dito isto... amanhã vemos a Mulan!

Disney rocks!!!

domingo, 8 de maio de 2011

A prova de que cá em casa...




... reina a paz e o amor!



Os três juntos para o momento Kodak, viverão felizes para sempre...


enquanto a gaiola os separar!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Com o devido atraso do post...

O meu dia da mãe foi assim...


(ANTES)


( e DEPOIS)



TODOS APROVARAM!



Obrigada!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vai-se aiando... - HOJE no AO

Finalmente fez-se fumo branco com a troika! Ai não… afinal foi só cinzento rato! A ver se agora ao menos a Finlândia nos aprova a ajuda…mas como eu sempre ouvi dizer que da Finlândia “nem bons ventos, nem bons casamentos”…Ai, não! Isso é da Espanha! Esperem lá… mas maus casamentos não é só na coroa britânica?! Olhem…valeu-nos ao menos nos últimos dias a televisão… que nos brindou com dois programas líderes de audiência: o casamento do Will (ai…) e da Kate e o programa da Júlia (não o da manhã, mas o de domingo), aquele dos gordinhos! À custa deles (dos gordinhos), tenho o iPod carregado de música há quatro dias, e o despertador tem tocado sempre às sete da matina religiosamente (AI!)! Mas não tenho ido correr…não… ainda tenho que ver mais uns programas para me sentir inspirada e mudar os meus maus hábitos de não fazer exercício, nem comer saudável… ai…
E com tantos “ais” com que já pontuei este texto, veio-me à lembrança a não declaração do Sócrates, que ao contrário dos operadores dos call-centers, que estão interditos de dizer “não”, fez questão de não dizer mais nada que “não”… será que isso quer dizer alguma coisa, ou não?! Estaremos cá para acompanhar os próximos capítulos desta “novela”, à custa da qual a Globo tem perdido audiências, pois consegue juntar o melhor do drama à comédia, passando pelo suspense ao crime, cujos protagonistas ou vilões dificilmente seriam identificados pelo melhor dos CSI’s… acho que nem o Horatio Cane ou o Gil Grissom nos valiam na resposta à questão deste episódio de mais um: “Quem tramou os portugueses?!”.

Houvesse uma Jessica Rabbit a bambolear-se ao lado do Sócrates, do Catroga, do Louça, do Passos Coelho, do Silva Pereira, do Jerónimo de Sousa ou do Portas (ordem completamente aleatória e que podia ser preenchida com tantos outros nomes) e ao menos a trama era musicada e mais ritmada! Estamos definitivamente tramados, ou em bom inglês “done to the steak”!
Cépticos, cínicos, crentes, utópicos, cansados e fartos, andam todos os espectadores desta novela sem fim à vista… e enquanto a chuva no molhado continua, nós, os tristes, lá nos vamos arrastando neste zapping dos programas políticos e alguns mais politicamente correctos… voltei ao pesos pesados agora, os da Júlia, vá… o dos gordinhos!
Cá por casa (e para quem já tinha saudades de croniquices mais caseirinhas) a mais pequena já aprendeu, com tanto drama, as palavras “horrível”, “imediatamente”, “urgente” e “necessário”, usando-as a contra gosto, umas de forma mais correcta do que outras, mas sempre de forma muito imaginativa… como por exemplo: “o tecto hoje está horrível” para se referir ao céu cinzento que teima em não deixar de cobrir a ilha de S. Miguel. Também já tem conceitos claros de economia do lar, escusando-se de levar do supermercado alguma fruta ou legume que não aprecia com um ligeiro e maduro: “Mãe… isso é muito caro!”. E assim, vão crescendo os infantes da crise, embalados num berço de austeridade, restrições, paleio financeiro e lições de moral económicas de previsões trágicas e devastadoras de pé de chinelo… Não me admirava nada que qualquer dia a visse a inquirir as barbies e os nenucos se já pagaram impostos ou se têm os descontos com a segurança social em dia, ou até mesmo se estão de acordo com a subida de impostos em todos os bens de consumo em lugar dos cortes nos salários, subsídios e…?! Ai… ponto final!

O sorriso...



... como sempre, é uma questão de pormenor!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Genética dos Lusos - Hoje no AO

Lutar contra a genética lusa parece ser tarefa ingrata nos dias que correm. Lutar contra o fado, o fatalismo, o desespero, o desânimo, a frustração e o desalento é hoje como remar contra a maré na crista de um tsunami.
De facto, os portugueses nunca foram um povo muito animador, muito alegre nem muito folclórico, ao contrário daquilo que frequentemente se quer fazer crer! Mais somos todos como os velhos do Restelo, senão porquê, pensem na resposta que dão com maior frequência à pergunta: “Então, como estás!?”. Parece que é quase obrigatório acrescentar sempre alguma lamúria, ou algo de mau… por vezes mais parece que se não o fizermos, e se respondermos à questão com um puro e simples: “tá tudo óptimo” o mundo nos rebenta na cara com a desgraça mais desgraçada de todas e nos faz pagar pelo descaramento de pensar que alguém neste país pode estar óptimo! As coisas até podem estar todas a rolar tranquilamente na nossa vida, até podemos estar a sentir-nos excepcionalmente inspirados e felizes naquele momento, naquele dia, naquela fase da nossa vida, mas se o admitirmos, então o karma cai-nos todo em cima. Somos um povo queixinhas, que se não se queixa não é normal, que se é feliz, é porque é louco, ou gente em quem não se pode confiar! Ser feliz neste país é na maior parte das vezes motivo de vergonha, de pudor… se vivemos um amor feliz, logo alguém se ocupa de vasculhar e especular sem fim até encontrar uma imperfeição que o console; se temos uma vida estável, logo todos se sentam à espera que a estabilidade desmorone, para poder bater palmas à vontade e depois nos dar uma palmadinha nas costas de consolo… mas ninguém o admite, não… quem nos ouvir mais não julga que queremos todos muito o bem uns dos outros! Se eu estou mal, porque estará alguém bem… e se eu estou bem, então o melhor é não andar aí a espalhá-lo aos quatro ventos, não venha algo ou alguém prontinho para me tramar! E assim se vive, no jardim à beira mar plantado, pregando desejos de felicidade sem fim e aterrorizados de medo que ela possa mesmo chegar!
Bem sei, que hiperbolizo ao surreal este sentimento que pode não ser comum a todo e qualquer português, mas até aposto que não há vivalma que não tenha sentido na pele uma vezinha que fosse este frio na espinha ao anunciar uma felicidade ao mundo!
É tarefa ingrata lutar contra esta genética lusa do “vai-se andando” e muitas das vezes só o conseguimos fazer e ainda assim com muito pudor, por comparação com a medida das desgraças alheias… “realmente, comparando com a vida de X e de Y, a minha vida é bem feliz!”. Somos um povo de engraçadinhos, mas desgraçadinhos, onde que tem piada é rei, onde só tem direito a ser feliz quem aparece na tv! Somos tão acolhedores e bem-dispostos, que nunca ninguém iria desconfiar, que por detrás de tanta gargalhada de conveniência de escondem os rostos mais amarelos de inveja e desdém! Pois bem, para hoje, eu propunha, uma nova revolução… a dos (maus) costumes, a dos (maus) modos, a do (mau) humor, a do pessimismo! Abaixo os derrotistas, que não foi com baixar de braços, invejas e carantonhas que se fez Portugal!

Mini-Paraíso...

(Estivemos na companhia dos novos membros da família...)




(Tomámos muitos pequenos-almoços destes... lá se foi a linha... os muffins foram cortesia da Repolhita)



(E fomos ao Mercado comprar coisas deliciosas, todas regionais!)



Nada melhor do que uns dias em casa para pormos as coisas em perspectiva! Aproveitar o que de bom a nossa vida tem... namorar muito, dormir muito, comer muito, brincar muito, aproveitar muito o tempo que o rei da casa passou em casa e divertirmo-nos a três com a repolhita em programinhas caseiros, mas muito gostosos!


Caso para dizer, que estes dias deixarão saudade...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pela Liberdade...





... pela igualdade, pelo progresso e pela democracia! SEMPRE

segunda-feira, 18 de abril de 2011

... com miúdas e amigas lá por casa, entre bolinhos e cházinhos, com os novos inquilinos da casa... dois Tom's e dois Jerry's... uns que só nos visitam o pátio e outros que nos enchem a sala, e concertos e risota e francesinhas e muito amor e pequeno-almoço caseiro e tudo e tudo e tudo! Tudo de bom!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nada exprimiria melhor o meu estado actual...




... e como quem canta, seus males espanta...



I can't get no satisfaction


I can't get no satisfaction


'Cause I try and I try and I try and I try


I can't get no, I can't get no


When I'm drivin' in my car


And that man comes on the radio


He's tellin' me more and more


About some useless information


Supposed to fire my imagination


I can't get no, oh no no no


Hey hey hey, that's what I say


I can't get no satisfaction


I can't get no satisfaction


'Cause I try and I try and I try and I try


I can't get no, I can't get no


When I'm watchin' my TV


And that man comes on to tell me


How white my shirts can be


But he can't be a man 'cause he doesn't smoke


The same cigarrettes as me


I can't get no, oh no no no


Hey hey hey, that's what I say


I can't get no satisfaction


I can't get no girl reaction


'Cause I try and I try and I try and I try


I can't get no, I can't get no


When I'm ridin' round the world


And I'm doin' this and I'm signing that


And I'm tryin' to make some girl


Who tells me baby better come back later next week


'Cause you see I'm on losing streak


I can't get no, oh no no no


Hey hey hey, that's what I say



I can't get no, I can't get no


I can't get no satisfaction


No satisfaction, no satisfaction, no satisfaction

Os senhores do FMI - HOJE no AO

Perdi tanto tempo em divagações sobre o potencial aspecto que os senhores do FMI teriam, que no dia em que eles chegaram ao país, as minhas fantasias criativas me impediam de pensar no efeito real que a real chegada teria e estava mais interessada em perceber se eles tinham o aspecto dos “MIB” (Men in Black – para quem não se lembra do filme é um em que eles caçam extra-terrestres e se vestem de fato preto, óculos de sol incluídos e têm uma caneta que apaga a memória de todos os terrestres, para que possamos continuar com as nossas vidinhas mundanas e nos esqueçamos que semelhantes seres do além por ali tinham estado), se teriam o aspecto dos “Gosthbusters” (os tão velhinhos Caça Fantasmas, com máquinas às costas e raios de gel e lasers, que sugavam os fantasmas para dentro de umas caixinhas metálicas, mas que andavam miseravelmente vestidos, com macacões castanhos, e se abanavam ao som de uma música intemporal: “Who are you gonna call? – Ghostbusters!”), ainda considerei que também pudessem ter o aspecto daqueles homens das brigadas de minas e armadilhas, equipados com fatos dos pés à cabeça, “à prova de bala, à prova de tudo”! O meu lado mais quixotesco, ou sebastianista, dependendo da visão ibérica que queiram escolher, também os imaginou assim montados numa mula, de bigodinho e ar sumido, mas heroicamente empunhando uma espada ou uma lança medieval, carregando o peso de uma armadura metálica inglória… mas não. A chegada dos senhores do FMI, do FEEF e do BCE (aka. “A Troika”), foi para mim, uma verdadeira desilusão. Os senhores do FMI não tinham nada um ar de salvadores da pátria, de grandes heróis com canetas de “esquecimento” ou de máquinas milagrosas para sugar “fantasmas” das contas públicas… não… os senhores do FMI eram só uns senhores de fato, com penteados e gravatas de aspecto duvidoso, a lembrar uma certa essência de político, com um laivo de rigidez germânica e frieza nórdica e uma indubitável palidez, de quem não sabe que o que a vida tem de melhor não se encontra entre as quatro paredes de um escritório.
Fiquei desiludida, confesso! Aparte disso, penso, que tudo o resto correu conforme o previsto. Fez-se um grande alarido com a chegada física dos senhores, provavelmente os ditos vão deliciar-se com a gastronomia maravilhosa do nosso querido país e com a hospitalidade calorosa das nossas pobres gentes, deverão ficar estupefactos com o dimensão da “lata” da nossa classe governativa e com a “profundidade” do buraco das nossas contas públicas e depois toca de aplicar uns cortes aqui, uns apertos ali, uns ajustamentos acolá, isto depois do bucho cheio de um belo bacalhau com broa e de uma pinga do nosso melhor aperitivo do Douro e digestivo do Alentejo, (ou no horário de almoço, uma aguinha do Luso, Pisões ou do Caramulo). Os jornalistas deram-se ao trabalho de “noticiar”, que ontem de manhã, alguns técnicos da Troika (vulgo “Senhores do FMI”) se deslocaram a pé desde o seu hotel, na Avenida da Liberdade, até ao Ministério da Finanças, o que pode ser visto de diversas formas, ponto um, confirma-se que são “sumíticos” e por isso não pagam táxis, ponto dois, não confiam nos nossos transportes públicos e estão-se nas tintas para a falência das empresas que os gerem, ponto três, o hotel até nem fica longe e a minha teoria da “comezaina” na noite anterior confirma-se! (Conselho de amiga: se assim for, prescrevo-lhes um remédio nacional, Água da Pedras. Depois disto, eles hão-de ficar baralhados, com certeza, com a ideia pré-concebida, que somos um país de parcos recursos, não senhor, temos boas águas e bom vinho e pagasse o “achismo” imposto, éramos todos mais ricos que o Bill Gates.) Assim, resta-nos a nós, plebe, aguardar pela verdade e toda a verdade… mas será que nós conseguimos lidar com a verdade, toda a verdade e nada mais do que a verdade?!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A magia das coisas...



... está na forma como as encaramos!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Não consigo explicar e por mais que pense, não consigo mesmo entender… porque é que no meio desta minha constipação febril, crise nacional e potencial ‘falência’ mundial… eu só consigo pensar em férias e vestidinhos e sandálias e sol e muita praia de areia branca… Ai!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

É oficial...


... o pessimismo anda a fazer ninho nos caracóis da minha juba farta!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A liberdade de escolher...


Ontem ao telefone com a minha sogra, enquanto eu fazia “buscas” para as férias:

“Então, estás à procura de um sítio para ir de férias?”

“Nãããão. Os sítios são imensos! Agora de todos eles, só tenho que escolher aqueles que dentro dos que me agradam, posso de facto pagar!”


A escolha, ainda que dentro de horizontes limitados, não deixa de ser escolha!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

E para hoje...


... duas jarrinhas azuis para adornar o espaço! :D

sábado, 2 de abril de 2011

Do it like it's weekend...


... antes de se deitar a minha filha gritava euforicamente histérica na casa-de-banho: "Hoje não vou à ixcóla, hoje não vou à ixcóla..."!

E dentro de mim, um sorriso a crescer...


É fim-de-semana minha gente!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Caluda, que se vai cantar o “fado”! - no AO

Hoje, viro de página e mudo a tónica! Vou dar o grito do Ipiranga e contrariar a genética lusa do “vai-se andando”! Estou farta, fartinha, até à pontinha do meu cabelinho mais longo de ouvir falar de política, de crise, de austeridades, de rascas e à rascas e rasquinhas e estopinhas! Estou saturada de tentar fazer valer o meu ponto de vista e depois levar sempre nas vistas com os pontos dos outros! Por isso, o que não tem remédio, remediado está! É ir levando e puxar para cima o raio da moral, que até as agências de rating nos põem no “lixo”! Há vida para além da economia minha gente! E enquanto os políticos fazem mais campanha e menos política, a vida não se limita à espera da entrada do FMI no país. E nós, por estas alturas, pouco mais podemos do que continuar a puxar a carroça, enquanto “os outros” dançam um “sambinha” em cima do palanque que carregamos! E enquanto “o mundo pula e avança”, há muito quem ainda continue, sem saber nem sonhar, que “o sonho comanda a vida” (Pedra Filosofal)! Agora e sempre, continuamos a ser, a mais genuína e singular Amostra sem valor do universo! (Se não conhecem, percam lá por favor uns segundos a ler estes magníficos e intemporais poemas de António Gedeão – um poema por dia, dá saúde e alegria!) Hoje, estou exausta de tanta preocupação com a crise nuclear, com as guerras, o armamento, a hegemonia das nações endinheiradas e a crise dos mercados financeiros. Já não tenho força para preocupações ambientalistas ou a celeuma das energias não-renováveis! Já não consigo mais perder tempo a temer que um tsunami com 10 ondas de 13 metros me entre pela janela adentro, ou que a terra trema 700 vezes aqui na estufa de ananases no meio do oceano atlântico. Hoje, sou um “funcionário cansado de um dia exemplar” (António Ramos Rosa, para lerem amanhã)… com a consciência de que “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada.”, mas que aparte disso, como versou Pessoa, “tenho em mim todos os sonhos do mundo” (este para lerem no fim-de-semana: Tabacaria). E não, isto não é a Croniquice da “Poesia para Totós”, mas pura e simplesmente um desabafo lírico do lírico cansaço que carrego nos ombros, da sonolência e sensação de incapacidade que se encostou em mim nos últimos tempos… e que tento sacudir com toda a força, com gana, com genica, com estaleca! Co’a breca, temos mais vida do que as tristezas para chorar! Mas talvez seja este meu esforço, um esforço vão… porque não há como negar o código genético do Velho do Restelo… ai Camões, Camões… dizia a minha mãe, que perdeste um olho por “cinco tostões”! Deve ser por isso, que não estás a ver bem a coisa… “Amor é fogo que arde e não se sente”… mas eu sempre aprendi, que “quem não se sente, não é filho de boa gente”! Deve ser por isso Camões, que nós lusos continuamos assim… a lutar contra a força hereditária de um cepticismo, descrença e ilusões vãs, do Messias que a todos nos vai salvar! Quando no fundo, no fundo… é só connosco que podemos mesmo contar! Pena que seja tão bom acreditar! Mas hoje… hoje mudo de tónica e mando tudo à fava. Conto as horas para o fim do dia chegar e só quero “Ir esperar-te à tardinha/ Quando é doce a Natureza” (Florbela Espanca, uma beleza!). E assim, deixo-me levar pela doçura que ainda é gratuita, de me sentir feliz, com as coisas mais simples da vida! Um luxo, é o que é! Mas sou sincera… não aguento mais tristezas, por isso, não quero saber! Hoje, o mundo pode esperar, porque quando a noite chegar, eu prometo que te vou embalar… e não te deixo chorar! Que me dizem, acham que podemos sonhar!?

terça-feira, 29 de março de 2011

Tem dias...


... em que gostava de voltar a ser criança, para me recordar do fascínio de enfiar as mãos nos copos cheios de sumo, andar descalço num chão gelado, ou calçar sapatos dez tamanhos acima, ter as unhas cheias de plasticina, cortar papelinhos em pedaços minúsculos, espalhar creme da fralda nos bonecos da cabeça aos pés, lamber gelados até nos derreterem todos na mão ou borrar as bochechas de manga e gostar de se deixar ficar assim! Enfim... até lá, todas essas coisas me continuarão a "irritar" numa repolhita pródiga em fazê-las e feliz por ser assim!

Ouvi dizer...


... que vamos passar o ano a "apertar o cinto", vai daí, comprei um elástico! LOL


Comprei mesmo, não é lindo!? @ Zara

Espelho mágico, espelho meu...


.... mais alguém ficará deprimido a ler/ver as notícias, como eu!?

O FMI vem aí…

… que surpresa! E desengane-se quem pensa que o D.Sebastião está aqui!


… e agora, vamos viver, que há mais vida para lá da economia!


tOU cá c'uma neurinha! Xiça penico!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Segredo...


Assim de repente, e depois de me deliciar a ouvir umas gargalhadas de bebé, no final de um dia chato, com muitas dores de cabeça... e não só daquelas que se curam com brufen, cheguei à conclusão que o melhor do mundo continua mesmo a ser o amor. O amor sincero, desinteressado, puro e inocente... como o que se recebe de um filho! E eis senão que... me deu vontade de ter mais um filho. De duplicar o amor, sem pensar em tudo o resto. De pensar que ao acolher mais uma criança no meu colo o meu sentimento de felicidade iria crescer como nunca...


... e é por isso que vou até ali tomar mais um brufen e sentar-me muito sossegadinha à espera que esta vontade passe!


Parece constar que no século III a.c., um general romano em carta endereçada ao imperador, aquando da conquista da Península Ibérica pelos romanos, escreveu:

«Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho:

não se governa nem se deixa governar!»


E ainda dizem que os romanos são loucos!


"Ils sont fous ces Lusitaines!"

quarta-feira, 23 de março de 2011

Briefing consumista - no AO

Ontem de manhã, só das nove até às dez, recebi mais de quatro mensagens com campanhas promocionais de quatro marcas diferentes! Ainda os meus sentidos não estavam devidamente acordados e o meu espírito já me impelia para levar o corpo até ao centro comercial mais próximo e aproveitar os descontos… afinal de contas, sai barato e “olha só o que eu paguei”! E depois, é por estas e por outras, que o euro não rende no bolso! É que o marketing até já sabe que é pela fresca que se começa… “planta-se a semente” bem cedinho e depois é só esperar que dê árvore e fruto, ao longo do dia! O consumismo alimenta-se assim… de mensagens que vêm até nós, que nos entram pelos olhos, quando a remela ainda nem sequer os deixa ter devidamente abertos!
“Aproveite já 20% de desconto em sapatos de sola ergonómica para criança”… e a criança, que nem sequer precisa de sapatos, vê-se agora a ser levada de arrasto para a loja, experimentando o desconto para aproveitar a sola! Ou será o contrário?!
A verdade é que estas mensagens me incomodam mais do que me “seduzem”, estas tentativas de “flirt” comercial a mim deixam-me a léguas, mas acredito que não seja assim com toda a gente, caso contrário… deixaria de existir este marketing agressivo!
E se antigamente as nossas mães nos advertiam para os “perigos da carne”, agora devem também ter um curso de marketing e economia, para sensibilizar os infantes para as questões do “branding”, do apelo ao consumo comercial. Acho que se a história da Capuchinho Vermelho tivesse sido escrita no século XXI, o vilão seria uma qualquer mega superfície comercial, e não o coitado do lobo. Assim, a Capuchinho saía de casa para levar a “merenda” à avozinha, mas pelo caminho trocava-a toda por bens comerciais para ela própria. Chegando a casa da avó hiper-mega-ri-fixe bem quitada, com uns xanatos da moda e umas saruel bem trendy, mas sem merenda, nem flores para a cota… sim, porque esta coisa do consumismo também tende para o egocentrismo e para o individualismo. Incutem-nos desejos nunca antes desejados, só nossos, que nos trarão felicidade (efémera e ilusória)… mas porque são uma pechincha, toca a aproveitar e deixamos lá uma fortuna em troca de cem coisas baratuxas!
Na maior parte das vezes, o consumismo sem limites aproveita-se das nossas fraquezas mais íntimas, o que torna a “máquina” das vendas ainda mais fria e cruel… porque, conhecendo-nos como ninguém, pelo registo das compras que fazemos, sabe se somos mais adeptos de cremes ou vernizes, de comida ou de roupa, de sapatos ou de carteiras! E nós, inocentes, ainda lhes vamos dando dicas directas, coleccionado “gostos” no facebook, ou wishlists nos blogues ou twitters, ou raio que nos valha!
O papão transfigurou-se e, em tempos de crise, anda cada vez mais ávido de lorpas para papar! Nada contra uma bela sessão de compras, mas em tempos de crise… neste tipo de transacções, só é parvo, quem quer ser! Por isso, senhores do marketing deste nosso Portugal… mensagens para me seduzir… só quando o desconto for de 100%, e mesmo assim, vou “considerar”! Tenho dito!

E no meio de tanto que ficou por dizer...

... fica aqui o que foi dito no dia 17 de Março!