Eu sou daquelas pessoas que nunca se lembram de carregar o telemóvel, nunca fixam datas de aniversário, não verificam o saldo da conta com regularidade, não fazem mapas de gastos diários, nem conseguem planear uma ementa semanal para a família.
Sou daquele género de sonhadora utópica para quem pagar contas para além de obrigação é maçador, para quem calcular juros ou taxas é um tédio de morte e que não tem a mínima predisposição para fazer listas de compras ou respeitar organizações de armários e gavetas!
Também sou menina - mulher o suficiente, para tendo um medo e asco terrível a aranhas, baratas e bichinhos viscosos ou rastejantes, nunca ter coragem de os esborrachar! Não é por acaso que a minha filha ganhou fobia a moscas e ciscos.
Tenho muitas outras qualidades, mas sempre muito mais abstractas. Naquilo que diz respeito a finanças, dinheiros e tarefas da ordem do dia, eu sou aquilo a que podemos chamar: um zero à esquerda e à direita, que já agora também tenho dificuldade em identificar com prontidão!
Assim sendo, e consciente de todas estas minhas limitações, assim como uma propensão minha, quase natural para chegar atrasada, hoje, fiz questão de não me atrasar para o emprego, até porque era dia de ter patrão no escritório! Saí de casa dentro do limite das horas, apanhei uma tempestade de Adamastor e fiquei presa num inacreditável trânsito, que se fez, não sei bem como, nem porquê, no centro da cidade de Ponta Delgada! Assim, quando deixei a Babe na Creche, e olhando para o depósito do bólide, quase a rasar o vazio, decidi arriscar e avançar caminho e não parar na “casa partida” para abastecer os habituais 20 Euros! Sim, porque se há outra coisa que sou incapaz de fazer é encher o depósito. E, de facto, uma outra coisa que sou muito bem capaz de fazer, é esquecer-me de abastecer! Advertida pelo Rei da casa, vezes sem conta, em relação a este assunto, levei uma estalada do destino quando me vi parada no meio da auto-estrada sem gasolina, sem bateria no telemóvel, atrasada e no meio do dilúvio de Noé! Terror, medo, frustração e eis senão quando uma simpática carrinha da assistência rodoviária pára mesmo atrás de mim. Assim, tive direito a uma viagem sem cinto naquela carrinha, a ouvir o senhor de aspecto curioso a contar as aventuras a que já assistiu nesta estrada, rir-me do seu ânimo ao dizer que salvou um cavalo que caiu de um muro para o meio da estrada e desmaiou, apenas e só e ficar assustada com o ar de gáudio do mesmo sujeito ao contar de um acidente em que até ficou com sangue na camisola! Meeedo. Mas entretanto já tínhamos chegado à bomba de gasolina e ele prontamente sacou de um garrafão de plástico, encheu de gasolina, paguei-lhe um café, ele ofereceu-se para me abastecer o carro, o que eu agradeci, porque não fazia ideia como fazê-lo com um garrafão e ainda me disse para ficar na carrinha e não apanhar chuva! Mas eu, não... nada disso, então, estava curiosa, queria ver, apesar da torrente! Assim aprendi o que fazer com uma cana, metade de uma garrafa de plástico e um garrafão com 5 Euros de gasolina s/chumbo 95!
Depois de toda a emoção, perguntei-lhe quanto lhe devia... disse-me: Nada! Nada?! Não, nada disso, pegue lá isto! Agradeceu, partimos os dois e quando sacou da câmara fotográfica para registar a viatura, disse-me entre dentes... “é para motivos de estatística!” – E agora eu pergunto... serei só eu que desconfio quando a esmola é grande demais?! Hummm...
Sou daquele género de sonhadora utópica para quem pagar contas para além de obrigação é maçador, para quem calcular juros ou taxas é um tédio de morte e que não tem a mínima predisposição para fazer listas de compras ou respeitar organizações de armários e gavetas!
Também sou menina - mulher o suficiente, para tendo um medo e asco terrível a aranhas, baratas e bichinhos viscosos ou rastejantes, nunca ter coragem de os esborrachar! Não é por acaso que a minha filha ganhou fobia a moscas e ciscos.
Tenho muitas outras qualidades, mas sempre muito mais abstractas. Naquilo que diz respeito a finanças, dinheiros e tarefas da ordem do dia, eu sou aquilo a que podemos chamar: um zero à esquerda e à direita, que já agora também tenho dificuldade em identificar com prontidão!
Assim sendo, e consciente de todas estas minhas limitações, assim como uma propensão minha, quase natural para chegar atrasada, hoje, fiz questão de não me atrasar para o emprego, até porque era dia de ter patrão no escritório! Saí de casa dentro do limite das horas, apanhei uma tempestade de Adamastor e fiquei presa num inacreditável trânsito, que se fez, não sei bem como, nem porquê, no centro da cidade de Ponta Delgada! Assim, quando deixei a Babe na Creche, e olhando para o depósito do bólide, quase a rasar o vazio, decidi arriscar e avançar caminho e não parar na “casa partida” para abastecer os habituais 20 Euros! Sim, porque se há outra coisa que sou incapaz de fazer é encher o depósito. E, de facto, uma outra coisa que sou muito bem capaz de fazer, é esquecer-me de abastecer! Advertida pelo Rei da casa, vezes sem conta, em relação a este assunto, levei uma estalada do destino quando me vi parada no meio da auto-estrada sem gasolina, sem bateria no telemóvel, atrasada e no meio do dilúvio de Noé! Terror, medo, frustração e eis senão quando uma simpática carrinha da assistência rodoviária pára mesmo atrás de mim. Assim, tive direito a uma viagem sem cinto naquela carrinha, a ouvir o senhor de aspecto curioso a contar as aventuras a que já assistiu nesta estrada, rir-me do seu ânimo ao dizer que salvou um cavalo que caiu de um muro para o meio da estrada e desmaiou, apenas e só e ficar assustada com o ar de gáudio do mesmo sujeito ao contar de um acidente em que até ficou com sangue na camisola! Meeedo. Mas entretanto já tínhamos chegado à bomba de gasolina e ele prontamente sacou de um garrafão de plástico, encheu de gasolina, paguei-lhe um café, ele ofereceu-se para me abastecer o carro, o que eu agradeci, porque não fazia ideia como fazê-lo com um garrafão e ainda me disse para ficar na carrinha e não apanhar chuva! Mas eu, não... nada disso, então, estava curiosa, queria ver, apesar da torrente! Assim aprendi o que fazer com uma cana, metade de uma garrafa de plástico e um garrafão com 5 Euros de gasolina s/chumbo 95!
Depois de toda a emoção, perguntei-lhe quanto lhe devia... disse-me: Nada! Nada?! Não, nada disso, pegue lá isto! Agradeceu, partimos os dois e quando sacou da câmara fotográfica para registar a viatura, disse-me entre dentes... “é para motivos de estatística!” – E agora eu pergunto... serei só eu que desconfio quando a esmola é grande demais?! Hummm...
Quanto às finanças sou na mesma. Detesto andar a fazer continhas e por isso só pago com cartão, nada de cheques que dão muito trabalho, e só levanto, sempre 20 euros. Gasolina? Aí há uma diferença, como odeio andar a fazer compras e perder tempo encho sempre o depósito. Mal acende a luz já estou nas bombas. Bichos, não tenho medo e vão sanita abaixo(rsssss). Ratos, ai ratos, fazem-me subir para o sítio mais alto. É o único bicho que me arrepia. Cobras? Não tenho medo nenhum. Nasci em África onde vi ao vivo desde surucucus a jibóia.Telemóvel sempre com saldo, não vá eu precisar...Gavetas e guarda-fatos, não sei que se passa, tiro tudo direitinho e andam sempre desarrumadas!!!! Quanto à ajuda que tiveste, não sei que te diga. O homem não era dos S.O.S da autoestrada? Ainda há pessoas boas Sílvia nós é que já não acreditamos no Pai Natal. Depois há aqueles homens que ficam todos babados com uma mulher bonita. Terá sido isso, não?
ResponderEliminarBeijinhos
Ehehe és cá das minhas ;)
ResponderEliminarAll in all até tiveste sorte :)
Kiss kiss
hihihi que grande aventura
ResponderEliminartemos pontos em comum nessa tua lista interminável mas a minha mania pela perfeição e organização às vezes esbarra no meu lado de sonhadora utópica.
e sim... eu também acho que quando a esmola é demais, o pobre desconfia.
agora BOU À CÂMARA DO PUORTO. lol vou passear e arejar a pevide!
iupiiiiiiiiii
Que aventura... OMG!!!
ResponderEliminarSão daquelas histórias para contar aos netos daqui uns anos... lol...
Confessa que agora já dá para rir da situação...
:)
Eu posso acrescentar e tornar públicos mais uma série de esquecimentos engraçados..hehe Mas, não... Sou amiga e não faço isso! :P
ResponderEliminarBrown Eyes: com o ar de susto e gato pingado à chuva que estava, duvido que tenha sido timidez perante a minha parca beleza feminina! :) - Mas bom... sim... ainda tenho esperanças de poder continuar a acreditar no Pai Natal! ;)
ResponderEliminarCarrie: Bota sorte nisso! Ainda não estou bem em mim! :)
Art: Eu também tenho essas manias todas... fico-me é pelas manias! AHA! E "Bibó Porto" e "Bibó areijo da pebide"! =)
Paula: Se o Sr. Alzeihmer não me apanhar antes, sontarei estas e muitas mais... vou ser uma avó CHATA, CHATA! ;) Agora, para rir dava se o marido lá em casa não fosse usar isto contra mim até que o Sr. Alzeihmer o ataque a ele! LOL ;) BJS
Anónimo: CALADINHA PAH... CALADINHA! Olha que tu... com essas ameaças... e anda aqui "uma gaija cumbencida katé tem amigas e tal"! ;P
São Miguel é uma terra santa!
ResponderEliminarÉ verdade que existem perigos, sombras e bruxas...mas eu prefiro acreditar em bençãos, alegria e fadas!
Até consigo imaginar a tua carinha de alegria quando recebeste a benção da visita da fadinha salvadora...mesmo que ela tivesse bigode...ihihi
Tomara a muitas ter amigas assim hehe "Bai lá de fim de semána qui o teu mal é suono!" E assim se fala tripeiro!
ResponderEliminarAnie: de facto esta fada, mesmo sem bigode tinha uma barba negra e uns dentes feios que se farta! LOL :)
ResponderEliminarAnónima: Eu, que ainda não me esqueci como se fala à Puorto... só te digo: "Bái durmire ó biscoito!" LOL ;P E mai nada! BJ
Oh boneca...és cá uma obra!! O belo do piropo!!!
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