As pessoas assumem todo o tipo de comportamentos, dos mais variados: dos insanos, aos extremamente racionais, dos estouvados, aos cautelosos ou, até mesmo, calculistas. Dos frígidos aos obcecados, dos carinhos aos violentos, mas ainda assim, não acredito que alguém, possa ser em todo o seu carácter ou todo o seu percurso de vida apenas e só definido por um ou outro destes comportamentos. Estou em crer, ainda que receosa, que não há quem seja sempre louco, nem sempre sano, nem sempre carinhoso, ou sempre meigo, nem sempre violento ou sempre agressivo. Acredito, claro está, que há pessoas que têm comportamentos deste como padrões dominantes do seu carácter, mas no fundo, no fundo, todo este “bla,bla,bla” serve para dizer, que na verdade o que eu acredito mesmo é nas pessoas! Acredito na capacidade que certas pessoas têm de tornar o nosso dia, a nossa vida, toda uma existência em algo único e especial.
Nem sempre acreditei nisto. Nem sempre! Muitas vezes magoada pelos revezes da vida deixei de acreditar nas pessoas, em algumas pessoas ou em tudo. Acho que a vida às vezes nos prega destas partidas, torna-nos descrentes, e nós vamo-nos deixando inundar de uma amargura e isolamento, que faz de nós seres solitários, contra natura, seres absolutamente abnegados e muito, muito menos felizes.
Para acreditar nas pessoas o primeiro passo deve ser a realização de que também nós o somos: “pessoas”. Mais ou menos desfragmentadas, mais ou menos unas, mais ou menos neutras… enfim, pessoas. Posto isto há que fazer um esforço para estabelecer um paralelismo entre a nossa existência e a existência dos outros enquanto entidades abstractas. As outras pessoas podem não ser casadas, como eu, mas certamente já se apaixonaram ou tiveram uma relação amorosa alguma vez na vida; as pessoas podem não ter filhos, como eu, mas certamente que são filhos de alguém, se não de sangue, serão de suor, afectos e dedicação; as pessoas podem não ser todas mulheres, como eu, mas não duvido que nunca tenham tido contacto com nenhuma, uns mais capazes de os fazer perceber a nossa essência e outros menos.
Com tudo isto, o que eu quero fazer valer é que acreditar nos outros nos torna pessoas mais fortes, mas crentes, com uma orientação mais definida e mais capazes de cumprir objectivos, traçar metas, definir projectos. Porque se eu não acreditar nos outros, no fundo, no fundo, acabo por nunca conseguir verdadeiramente acreditar em mim.
Conhecer o outro, as outras pessoas é conhecer-me a mim e isso faz toda a diferença!
Numa noite de S. João, como a de ontem, saí à rua completamente descrente, dos outros, de todos, do mundo, do amor e conheci um moreno de sorriso maroto, que de cerveja na mão me fez baixar barreiras e dar-me ao luxo de acreditar! Acreditei nele, no seu sorriso, depois em todas as outras pessoas e finalmente em mim! Hoje, se não fosse esta crença não estava casada com ele, não era feliz, como sou, nem acreditava no mundo incondicionalmente, como acredito, e no poder das pessoas de realmente, quando crentes, total e absolutamente capazes de fazer algo para marcar a diferença e mudar o que está mal… Hoje, acredito, por ele, por mim e, principalmente pela minha filha… acredito que qualquer pessoa é capaz de fazer o mundo um sítio melhor, ou pior, consoante o seu comportamento de momento e que por isso, o comportamento e os momentos podem fazer toda a diferença!
Neste momento, quem me lê pode não acreditar no que escrevo, não concordar, não gostar, é um direito que lhe assiste num estado democrático e numa sociedade de direitos… mas se num dos meus leitores a diferença surgir, a vontade de acreditar e a esperança começarem a verdejar… então, então e só aí a minha existência e crença já se fizeram valer! Eu acredito que sim… e vocês?!
Nem sempre acreditei nisto. Nem sempre! Muitas vezes magoada pelos revezes da vida deixei de acreditar nas pessoas, em algumas pessoas ou em tudo. Acho que a vida às vezes nos prega destas partidas, torna-nos descrentes, e nós vamo-nos deixando inundar de uma amargura e isolamento, que faz de nós seres solitários, contra natura, seres absolutamente abnegados e muito, muito menos felizes.
Para acreditar nas pessoas o primeiro passo deve ser a realização de que também nós o somos: “pessoas”. Mais ou menos desfragmentadas, mais ou menos unas, mais ou menos neutras… enfim, pessoas. Posto isto há que fazer um esforço para estabelecer um paralelismo entre a nossa existência e a existência dos outros enquanto entidades abstractas. As outras pessoas podem não ser casadas, como eu, mas certamente já se apaixonaram ou tiveram uma relação amorosa alguma vez na vida; as pessoas podem não ter filhos, como eu, mas certamente que são filhos de alguém, se não de sangue, serão de suor, afectos e dedicação; as pessoas podem não ser todas mulheres, como eu, mas não duvido que nunca tenham tido contacto com nenhuma, uns mais capazes de os fazer perceber a nossa essência e outros menos.
Com tudo isto, o que eu quero fazer valer é que acreditar nos outros nos torna pessoas mais fortes, mas crentes, com uma orientação mais definida e mais capazes de cumprir objectivos, traçar metas, definir projectos. Porque se eu não acreditar nos outros, no fundo, no fundo, acabo por nunca conseguir verdadeiramente acreditar em mim.
Conhecer o outro, as outras pessoas é conhecer-me a mim e isso faz toda a diferença!
Numa noite de S. João, como a de ontem, saí à rua completamente descrente, dos outros, de todos, do mundo, do amor e conheci um moreno de sorriso maroto, que de cerveja na mão me fez baixar barreiras e dar-me ao luxo de acreditar! Acreditei nele, no seu sorriso, depois em todas as outras pessoas e finalmente em mim! Hoje, se não fosse esta crença não estava casada com ele, não era feliz, como sou, nem acreditava no mundo incondicionalmente, como acredito, e no poder das pessoas de realmente, quando crentes, total e absolutamente capazes de fazer algo para marcar a diferença e mudar o que está mal… Hoje, acredito, por ele, por mim e, principalmente pela minha filha… acredito que qualquer pessoa é capaz de fazer o mundo um sítio melhor, ou pior, consoante o seu comportamento de momento e que por isso, o comportamento e os momentos podem fazer toda a diferença!
Neste momento, quem me lê pode não acreditar no que escrevo, não concordar, não gostar, é um direito que lhe assiste num estado democrático e numa sociedade de direitos… mas se num dos meus leitores a diferença surgir, a vontade de acreditar e a esperança começarem a verdejar… então, então e só aí a minha existência e crença já se fizeram valer! Eu acredito que sim… e vocês?!
Eu também digo que sim!
ResponderEliminarAcreditar... é como dar um salto no escuro e ter a certeza que lá no fundo umas mãos fortes me vão segurar.
Acreditar... é ter a coragem de encher de cor a tela onde me retrato a cada minuto reflectindo a sua luminosidade naqueles que a observam ou dela fazem parte.
Acreditar em mim, em alguém ou em algo é o 1º passo para fazer girar o mundo!
sim... valeu a pena! Obrigada!
Bjinho! anie
E neste S-João, nós, vossos sempre amigos, lá estivemos no "pátio" a lembrar e celebrar esse dia de S.João! ;)
ResponderEliminarÉ caso para dizer: "muito bem, muito bem!" ;)
ResponderEliminarIsso sim, pode-se dizer que é o "luxo" de se viver! Infelizmente existe muitas pessoas nesta região, neste país e neste mundo que ainda não se encontrou a si próprio impossibilitando o companheirismo que faz milagres nesta vida. Acreditar é o segredo, não só das relações, da amizade, no trabalho, em nós próprios... mas em tudo. Se acreditarmos em tudo e todos que nos rodeiam incondicionalmente temos sempre surpresas, maioritariamente boas (existe sempre em algum lado o que chamamos "ovelhas negras")! Ao darmos sem esperar nada em troca estamos a acreditar e a fazer acreditar a quem nos vê que é possivel, seja qual for o objectivo a que nos propomos... pode é levar mais tempo a concretizar.