Li algures as conclusões de um estudo que indicava que 80% das mães que tinham acabado de regressar das suas férias, com as respectivas famílias, admitiam precisar de mais férias depois disso. Algumas delas, chegavam mesmo a admitir que preferiam a rotina do dia-a-dia do que o cansaço de ter que lidar com as mudanças de humor, resultantes das alterações de rotinas dos filhos, excesso de actividades e energias e a responsabilidade acrescida de ter que controlar tudo desde o novo espaço, às refeições, etc, etc, etc. E se não compreendi de imediato os resultados e conclusões do estudo, assumo desde já a minha total concordância com o espírito da maioria abordada. Sim, ser mãe cansa. Sim, todos precisamos de férias… mas, sim, tirar férias com os filhos, pode cansar ainda mais do que o já habitual cansaço!
Ainda assim, eu que sempre gostei de viajar, de quebrar a rotina e de não me acomodar, tenho sérias resistências em relação à ideia de não fazer nada fora da rotina só pelo que isso possa acarretar! Ou seja, mesmo cansada, admito que não abdico de uns dias de “férias”, ainda que isso, com uma criança de 2 anos atrelada a nós, nem sempre seja sinónimo de “descanso”. No entanto, e por aquilo que posso constatar das minhas breves experiências de “férias” como mãe de uma criança pequena, nem sempre os espaços que escolhemos nos facilitam a tarefa! Mesmo hotéis e espaços turísticos, que se assumem como familiares, acolhedores, “amigos das crianças”. Senão, como se pode explicar que um hotel de quatro estrelas, com um dos restaurantes mais afamados e tradicionais cá da ilha, tenha na sua ementa uma e apenas uma sopa, de roraz, com pimenta da terra, e não ofereça nem mais uma opção de menu para crianças, nem que fosse o tão típico “hambúrguer com batata frita”, que ainda não percebi porquê, mas é o menu infantil típico, apesar de todas as recomendações de nutricionistas para que se evitem os fritos na alimentação dos mais novos. Ainda assim não é só por aí que certos espaços pecam e não contribuem em nada para o descanso dos pais… é que a culpa não é inteiramente das crianças, pois não se pode esperar que uma criança tenha atitudes e comportamentos sociais típicos de adultos, já devidamente amestrados, e assim é com pesar que constato que, ainda há muitos restaurantes que não têm cadeirinhas de refeição de bebés, ou que nos relegam para a mesa do canto, ignorando a proximidade de escadas, ou que nos recusam uma mesa, por estarem num dia com “muita confusão”, ou nos olham de lado por levar connosco num jantar romântico uma criança, acreditem, eu, acima de todos sei que elas não dão os melhores candelabros, mas pagar por uma tarifa “romântica” num hotel e não cumprirem os requisitos, como as velas ao jantar, só porque levamos connosco a nossa filha, não me parece o mais correcto, nem cordial, nem amistoso… mas talvez isto seja só a minha implicância “refinada”, que me obriga a recusar deixar de gostar das coisas que já gostava antes de ser mãe e que acho que a culpa do cansaço das mães, não é só dos filhos ou dos pais, mas de uma sociedade muitas vezes “castradora” do espírito próprio dos nossos infantes, que só se querem mesmo é divertir-se. Porque a mim não me incomodam tanto as pequenas rebeldias típicas da idade da minha filha, quanto o olhar de soslaio e dissimulado de gentinhas que acham que foram crianças diferentes… desenganem-se pois meus caros, fomos todos iguais, apenas com a diferença de um espaço temporal para alguns mais longínquo do que para outros, que leva a que o esquecimento selectivo se instale.
E já agora, aqui vai o meu recadinho… numa ilha que se quer fazer valer pelo turismo valia a pena pensar nas crianças, antes de seduzirem os pais, com falsas promessas de espaços “familiares e acolhedores”, proporcionadores de um ambiente “romântico”…
Ainda assim, eu que sempre gostei de viajar, de quebrar a rotina e de não me acomodar, tenho sérias resistências em relação à ideia de não fazer nada fora da rotina só pelo que isso possa acarretar! Ou seja, mesmo cansada, admito que não abdico de uns dias de “férias”, ainda que isso, com uma criança de 2 anos atrelada a nós, nem sempre seja sinónimo de “descanso”. No entanto, e por aquilo que posso constatar das minhas breves experiências de “férias” como mãe de uma criança pequena, nem sempre os espaços que escolhemos nos facilitam a tarefa! Mesmo hotéis e espaços turísticos, que se assumem como familiares, acolhedores, “amigos das crianças”. Senão, como se pode explicar que um hotel de quatro estrelas, com um dos restaurantes mais afamados e tradicionais cá da ilha, tenha na sua ementa uma e apenas uma sopa, de roraz, com pimenta da terra, e não ofereça nem mais uma opção de menu para crianças, nem que fosse o tão típico “hambúrguer com batata frita”, que ainda não percebi porquê, mas é o menu infantil típico, apesar de todas as recomendações de nutricionistas para que se evitem os fritos na alimentação dos mais novos. Ainda assim não é só por aí que certos espaços pecam e não contribuem em nada para o descanso dos pais… é que a culpa não é inteiramente das crianças, pois não se pode esperar que uma criança tenha atitudes e comportamentos sociais típicos de adultos, já devidamente amestrados, e assim é com pesar que constato que, ainda há muitos restaurantes que não têm cadeirinhas de refeição de bebés, ou que nos relegam para a mesa do canto, ignorando a proximidade de escadas, ou que nos recusam uma mesa, por estarem num dia com “muita confusão”, ou nos olham de lado por levar connosco num jantar romântico uma criança, acreditem, eu, acima de todos sei que elas não dão os melhores candelabros, mas pagar por uma tarifa “romântica” num hotel e não cumprirem os requisitos, como as velas ao jantar, só porque levamos connosco a nossa filha, não me parece o mais correcto, nem cordial, nem amistoso… mas talvez isto seja só a minha implicância “refinada”, que me obriga a recusar deixar de gostar das coisas que já gostava antes de ser mãe e que acho que a culpa do cansaço das mães, não é só dos filhos ou dos pais, mas de uma sociedade muitas vezes “castradora” do espírito próprio dos nossos infantes, que só se querem mesmo é divertir-se. Porque a mim não me incomodam tanto as pequenas rebeldias típicas da idade da minha filha, quanto o olhar de soslaio e dissimulado de gentinhas que acham que foram crianças diferentes… desenganem-se pois meus caros, fomos todos iguais, apenas com a diferença de um espaço temporal para alguns mais longínquo do que para outros, que leva a que o esquecimento selectivo se instale.
E já agora, aqui vai o meu recadinho… numa ilha que se quer fazer valer pelo turismo valia a pena pensar nas crianças, antes de seduzirem os pais, com falsas promessas de espaços “familiares e acolhedores”, proporcionadores de um ambiente “romântico”…
Concordo a 100% contigo! Sim, é difícil sair da rotina, mas acho que devemos fazê-lo de vez em quando. O problema é exactamente o que referes, não há ofertas suficientes para quem tem filhos pequenos! Estamos a pensar ir passar uns dias em Sintra em Outubro, mas provavelmente vamos alugar um apartamento porque a maioria dos hotéis, mesmo os finórios, não têm condições ( não têm kitchnette por exemplo)e sinto realmente que muitas vezes quem tem crianças desta idade é persona non grata. Somos olhamos como se estivéssemos a incomodar e isso chateia-me imenso. A Matilde é uma criança de dois anos e não se pode esperar que se comporte como uma adulta, mas há pessoas que não percebem isso. Bj!
ResponderEliminarselinho para ti no meu blog :-))
ResponderEliminarbeijo