A crise é como o Gonçalo Uva, tem costas largas e um patrocínio de palmo e meio! A verdade é que nunca se ouviu falar tanto de pobreza, de desgraças, de falência, de contenção, de poupanças, de miséria, como nos dias que correm. Até os programas da televisão, estão fartos de historinhas de desgraçados, de pobres almas que suam as estopinhas para chegar ao fim do mês. O português, que sempre foi mestre em carpir as suas mágoas, que sempre tão bem soube cantar o seu “fado”, assobia por estes dias, como um rouxinol a velha musiquinha instrumentalizada pela balalaica do Dr. Jivago! Deixando tudo e todos de lagriminha no canto do olho! Mas a verdade é que a pobreza, a miséria, as desgraças sempre existiram! Tem piada é que para muitos elas só se tornem visíveis agora, que são vedetas de televisão.
O cepticismo e descrença em relação ao estado das coisas é tanto e de tal forma, que se questiona tudo e todos! Dificilmente acreditamos em alguém e o espírito que mais vigora no dar é a velha máxima de que quando a esmola é demais, o pobre desconfia. Não querendo com isto implicar que todos os portugueses são pobres, mas antes que alguns pobres são portugueses.
O “tuga” chegou ao cúmulo de que se encontrasse uma lâmpada mágica, igual à do Aladino e de lá saísse um génio, que lhe oferecesse três desejos, a primeira reacção seria perguntar pelo lugar onde estava escondida a câmara dos ‘Apanhados’ e a segunda era se tinha que declarar ao estado os desejos e, por fim, a taxa de juro que o génio lhe ia cobrar! Enfim, estamos assim em pior estado do que os velhos do Restelo, num estranha-se depois entranha-se da crise de proporções paquidérmicas que se instalou entre nós. Duvidamos do governo, dos governantes, dos governandos e dos desgovernados, de Deus, do Papa, dos padres, do país, da Europa, do capitalismo… chegamos até à vertiginosa loucura de duvidar da própria Democracia. Está instaurada a crise de valores que ameaçava, que incubava em nós desde os princípios da busca da nossa identidade enquanto ser social! Nunca o velho dogma do “Quem somos? Onde estamos?! E para onde vamos?!” foi tão pertinente e esteve simultaneamente tão em aberto como nos dias de hoje!
Os telejornais dizem ou fazem aparecer as palavras “crise”, “austeridade”, “desemprego” ou “fome” a cada meio minuto… os psicólogos e psiquiatras esfregam as mãos de contentinhos, com as depressões que se avizinham, convenientemente amparadas pela época natalícia, época da reunião de família… de dar… e receber!
Mas o que todos parecem esquecer-se é que ainda há muito que é de borla nesta vida… verdadeiros anti-depressivos bem à medida de qualquer carteira, por mais mofenta e vazia que esteja… beijar, andar descalço, sentir frio e depois calor, correr e sentir o coração a pulsar dentro de nós, rir, gargalhar, partilhar, ouvir alguém, sentir o seu amor, afagar o pêlo de um animal, senti-lo arfar, ver crianças a brincar e saber… saber que por mais crises, por mais desemprego, por mais austeros que sejam estes e outros orçamentos vindouros… há coisas que só dependem de nós, como encarar a adversidade com espírito de desafio e as dificuldades como “pedras no caminho”! Porque a necessidade aguça o engenho e arregaçar as mangas e ir à luta é menos lastimável do que chorar sobre o leite derramado! E sabem que mais?! Mesmo não sabendo o que o amanhã trará, estou fartinha de sentir pena de nós todos! Por isso, hoje, enquanto o amanhã não chega, aproveitem para ler um bom livro, ouvir a música que gostam, escrever as vossas mágoas, cantar a plenos pulmões, abraçar muito, rir mais ainda e se puderem ajudar alguém, ajudem, mas não por causa da crise que veio ontem ou a que virá amanhã… mas por causa das pessoas que estarão hoje a ajudar!
O cepticismo e descrença em relação ao estado das coisas é tanto e de tal forma, que se questiona tudo e todos! Dificilmente acreditamos em alguém e o espírito que mais vigora no dar é a velha máxima de que quando a esmola é demais, o pobre desconfia. Não querendo com isto implicar que todos os portugueses são pobres, mas antes que alguns pobres são portugueses.
O “tuga” chegou ao cúmulo de que se encontrasse uma lâmpada mágica, igual à do Aladino e de lá saísse um génio, que lhe oferecesse três desejos, a primeira reacção seria perguntar pelo lugar onde estava escondida a câmara dos ‘Apanhados’ e a segunda era se tinha que declarar ao estado os desejos e, por fim, a taxa de juro que o génio lhe ia cobrar! Enfim, estamos assim em pior estado do que os velhos do Restelo, num estranha-se depois entranha-se da crise de proporções paquidérmicas que se instalou entre nós. Duvidamos do governo, dos governantes, dos governandos e dos desgovernados, de Deus, do Papa, dos padres, do país, da Europa, do capitalismo… chegamos até à vertiginosa loucura de duvidar da própria Democracia. Está instaurada a crise de valores que ameaçava, que incubava em nós desde os princípios da busca da nossa identidade enquanto ser social! Nunca o velho dogma do “Quem somos? Onde estamos?! E para onde vamos?!” foi tão pertinente e esteve simultaneamente tão em aberto como nos dias de hoje!
Os telejornais dizem ou fazem aparecer as palavras “crise”, “austeridade”, “desemprego” ou “fome” a cada meio minuto… os psicólogos e psiquiatras esfregam as mãos de contentinhos, com as depressões que se avizinham, convenientemente amparadas pela época natalícia, época da reunião de família… de dar… e receber!
Mas o que todos parecem esquecer-se é que ainda há muito que é de borla nesta vida… verdadeiros anti-depressivos bem à medida de qualquer carteira, por mais mofenta e vazia que esteja… beijar, andar descalço, sentir frio e depois calor, correr e sentir o coração a pulsar dentro de nós, rir, gargalhar, partilhar, ouvir alguém, sentir o seu amor, afagar o pêlo de um animal, senti-lo arfar, ver crianças a brincar e saber… saber que por mais crises, por mais desemprego, por mais austeros que sejam estes e outros orçamentos vindouros… há coisas que só dependem de nós, como encarar a adversidade com espírito de desafio e as dificuldades como “pedras no caminho”! Porque a necessidade aguça o engenho e arregaçar as mangas e ir à luta é menos lastimável do que chorar sobre o leite derramado! E sabem que mais?! Mesmo não sabendo o que o amanhã trará, estou fartinha de sentir pena de nós todos! Por isso, hoje, enquanto o amanhã não chega, aproveitem para ler um bom livro, ouvir a música que gostam, escrever as vossas mágoas, cantar a plenos pulmões, abraçar muito, rir mais ainda e se puderem ajudar alguém, ajudem, mas não por causa da crise que veio ontem ou a que virá amanhã… mas por causa das pessoas que estarão hoje a ajudar!
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