O dinheiro não compra a felicidade, mas as pequenas felicidades às vezes também se compram com dinheiro. Um bilhete para um concerto, um bom livro, um jantar especial, uma boa garrafa de vinho, um vestido justo de seda… enfim, não vale a pena ser hipócrita ao ponto de achar que não!
Não digo que a felicidade no quadro geral seja “comprável”, mas que todos estes pormenores pintam um quadro potencialmente mais belo e por isso mais propício à felicidade, lá isso compram!
Aquele momento especial na praia, que acaba com um entardecer de dois gelados enrolados não teria com certeza o mesmo sabor se não tivéssemos três euros para pagar os gelados, mais uns trocos para chegar à praia e depois mais uns trocos para voltar! Já agora, um bom protector solar, que não irrite a pele e nos deixe confortáveis depois de quatro horas ao sol também não se compra com tuta e meia… e por isso, é inevitável que a falta de dinheiro não traga também umas dores de cabeça sintomáticas a ela associadas!
O excesso de dinheiro, às vezes, também estraga, e se é certo que antes sobrar, que faltar, às vezes era bem melhor se não sobrasse tanto a uns e faltasse tanto a outros.
O dinheiro faz o mundo girar. O amor também, mas o dinheiro despoleta amores onde anteriormente havia um deserto e mais desejos do que qualquer paixão! Para além disso, o dinheiro não obriga a nenhuma monogamia institucional, e por isso ele é euro, ele é dólar, ele é yen… ele é a divisa que estiver com a melhor taxa de câmbio.
O dinheiro não compra a felicidade. Também dizem que não compra a saúde. E é verdade, mas que nos compra clínicas mais confortáveis e médicos mais “disponíveis”, lá isso compra. Que nos compra menos horas de espera na sala da urgência do hospital, menos exposição a vírus e bactérias, menos “empurrões para lá e para cá”, isso também é verdade… e que nos compra camas de clínicas de luxo, que não diminuindo a sintomatologia, nos ajudam a aumentar a sensação de bem-estar, isso também é inegável.
O dinheiro é uma divisa cruel, que pousa nos ombros de coronéis sem princípios, mas que de vez em quando lá cai na pala do tenente certo! O dinheiro serve para o mal e para o bem, estamos com ele, como quem está com um companheiro para a vida, porque quer se goste, quer não, o que custa é ter a noção de que sem dinheiro… não dá!
E por isso, é que uma geração de parvos se fartou de aturar a falta da entrada do dito… não porque seja infeliz pela falta da entrada directa do tipo, mas porque se fartou de altos títulos e nomes de estágio pomposos, com zero de remuneração. A mesma geração que se cansou de carregar cinco (ou mais) anos de propinas no lombo, com mais uns tantos de saberes de fotocópias, (sim, que de livros com o preço a que estão… não se pode aprender nada) e de malhar como tolos nas épocas de exames, para depois emoldurar os resultados na parede de casa dos pais, porque nem para a sua própria casa têm dinheiro… e pior do que isso, nem perspectivas de vê-lo… quiçá, sequer de lhe sentir o cheiro!
Bem sei, bem sei, que resumir o grito de revolta de uma geração em meras questões monetárias é do mais rasca que há… mas lá no fundo, no fundo, não seríamos todos tão parvos, se não andássemos assim tão à rasca!
O dinheiro não é tudo na vida… pois não… mas (infelizmente) quando o tudo resto não chega… é só com ele que a vida se compõe!
Acho que o que incomoda muita gente neste país, não é o barulho da música, que se começa a ouvir, mas mais admitir que a escravidão do século XXI seja uma escravidão polida, instruída e com muitos anos de esperança de vida pela frente!
Não digo que a felicidade no quadro geral seja “comprável”, mas que todos estes pormenores pintam um quadro potencialmente mais belo e por isso mais propício à felicidade, lá isso compram!
Aquele momento especial na praia, que acaba com um entardecer de dois gelados enrolados não teria com certeza o mesmo sabor se não tivéssemos três euros para pagar os gelados, mais uns trocos para chegar à praia e depois mais uns trocos para voltar! Já agora, um bom protector solar, que não irrite a pele e nos deixe confortáveis depois de quatro horas ao sol também não se compra com tuta e meia… e por isso, é inevitável que a falta de dinheiro não traga também umas dores de cabeça sintomáticas a ela associadas!
O excesso de dinheiro, às vezes, também estraga, e se é certo que antes sobrar, que faltar, às vezes era bem melhor se não sobrasse tanto a uns e faltasse tanto a outros.
O dinheiro faz o mundo girar. O amor também, mas o dinheiro despoleta amores onde anteriormente havia um deserto e mais desejos do que qualquer paixão! Para além disso, o dinheiro não obriga a nenhuma monogamia institucional, e por isso ele é euro, ele é dólar, ele é yen… ele é a divisa que estiver com a melhor taxa de câmbio.
O dinheiro não compra a felicidade. Também dizem que não compra a saúde. E é verdade, mas que nos compra clínicas mais confortáveis e médicos mais “disponíveis”, lá isso compra. Que nos compra menos horas de espera na sala da urgência do hospital, menos exposição a vírus e bactérias, menos “empurrões para lá e para cá”, isso também é verdade… e que nos compra camas de clínicas de luxo, que não diminuindo a sintomatologia, nos ajudam a aumentar a sensação de bem-estar, isso também é inegável.
O dinheiro é uma divisa cruel, que pousa nos ombros de coronéis sem princípios, mas que de vez em quando lá cai na pala do tenente certo! O dinheiro serve para o mal e para o bem, estamos com ele, como quem está com um companheiro para a vida, porque quer se goste, quer não, o que custa é ter a noção de que sem dinheiro… não dá!
E por isso, é que uma geração de parvos se fartou de aturar a falta da entrada do dito… não porque seja infeliz pela falta da entrada directa do tipo, mas porque se fartou de altos títulos e nomes de estágio pomposos, com zero de remuneração. A mesma geração que se cansou de carregar cinco (ou mais) anos de propinas no lombo, com mais uns tantos de saberes de fotocópias, (sim, que de livros com o preço a que estão… não se pode aprender nada) e de malhar como tolos nas épocas de exames, para depois emoldurar os resultados na parede de casa dos pais, porque nem para a sua própria casa têm dinheiro… e pior do que isso, nem perspectivas de vê-lo… quiçá, sequer de lhe sentir o cheiro!
Bem sei, bem sei, que resumir o grito de revolta de uma geração em meras questões monetárias é do mais rasca que há… mas lá no fundo, no fundo, não seríamos todos tão parvos, se não andássemos assim tão à rasca!
O dinheiro não é tudo na vida… pois não… mas (infelizmente) quando o tudo resto não chega… é só com ele que a vida se compõe!
Acho que o que incomoda muita gente neste país, não é o barulho da música, que se começa a ouvir, mas mais admitir que a escravidão do século XXI seja uma escravidão polida, instruída e com muitos anos de esperança de vida pela frente!
Realmente, uma banda sonora destas, não fica nada bem, no filme das eternas aparências lusas!
e o que nos deixa mais parvos ainda, é que se constata, que quanto mais falta a uns... mais sobra a outros. e podem chamar-me parva, mas tenho mesmo a sensação, que sobra sempre para os mesmos...
ResponderEliminarBEIJÃO