sexta-feira, 29 de maio de 2009

Trojans, Worms, Virus, Spyware e bichezas informáticas...

Tem piada… só quando estas coisas nos acontecem é que nós vemos o quão dependente somos destas nossas novas “bengalas”.
Acordamos de manhã um dia… e se elas nos falham, andamos a mancar por ele fora!

Neste caso específico, refiro-me ao computador e à Internet… mas poderia referir-me a mais mil coisas e coisinhas a que recorro no meu dia-a-dia, com as quais criei uma relação de dependência tal, que dou por mim a pensar, que não seria já capaz de viver sem elas! Os meus “sine qua non” em forma de coisas: computador, telemóvel, máquina digital, máquina de lavar loiça, máquina de lavar roupa, tv cabo, gps, ipods, não podes, mp3s e cds!

Então foi assim, que esta semana, pela fresquinha, logo no começozinho dela, me deparo com uma infestação de worms e trojans no disco do meu computador, amigo de historinhas e croniquices 1000, que me reduzem a velocidade de 1000/h, para uma travagem brusca de 0! Nicles, Patavina… Rien de rien! O que fazer, Meu Deus… levantei as mãos ao Céu e acendi uma velinha aos anjinhos dos pseudo-escritores em forma de bloggers! Mas, o que fazer?! Estava tudo parado e de que forma… É que não abriam janelas, não corria anti-virus, não mudava o pirosérrimo aviso de spyware, que se me auto-instalou no fundo do ecrã… estava assim… impotente, reduzida a cliques de puro desespero, afundados numa ausência de resposta informática.
Assim, lá vou eu, cautelosa, em passos lentos e modo de segurança, (literal e não literalmente, entenda-se…) tentar sacar os bichinhos do meu disco duro, file, a file… busca bobby busca, com uma pequena ajuda do “Guia de PC's para Totós”, em forma do informático lá da empresa. E é assim, que hoje, lá estamos nós, no final da semana e já com um lento, mas por enquanto eficaz acesso à internet, ficheiros e programas!
Mas (e como não poderia deixar de ser) tudo isto me levou a reflectir acerca da dependência que nós criamos de coisas tão passíveis de “falência” como são os computadores e os gadgets a esta nossa nova Era associados… andar sem telemóvel, nem pensar! Cristo, Credo, Jesus Maria José… que mais me valia andar nua por essas ruas fora do que sem tal apetrecho! É que no maldito dia, em que calhamos de ficar “descarregados”, é o único dia em que tudo nos liga com assuntos urgentes, inadiáveis e para ontem! Estou certa que já passaram por isso…
Está bem… bem sei, que estes nossos novos “andarilhos” nos ajudam e muito, por estas caminhadas duras e modernas do Século XXI, mas já diziam os budistas, que só através do desapego às coisas materiais somos livres de verdade. Hoje, facilmente, com a ajuda do telemóvel, internet, gps e blablablas se controlam os passos e movimentos de quem quer que seja!
Não me entendam mal, pois segundo esta filosofia de vida… pessoa mais presa que eu não existirá com certeza, mas será que não devíamos tentar evitar o uso destes acessórios enquanto dependência e passar a usá-los enquanto… bens que servem os nossos interesses?! É que presos como eu há p’rái carradas, resmas, monelhos deles! Alguns bem mais escravizados do que eu, para quem o fim normal de um desgastado PC ou telelé significariam uma verdadeira catástrofe tecnológica!
Chamem-me Dinossauro, Homo Senilius ou o que vos valha, mas já tenho saudades de ver as mães lá do prédio nas janelas a berrar cá para baixo, chamando os filhos para jantar em altos berros e grandes ganas, em vez de ver os miúdos agarrados ao telemóvel de última geração a mandar sms’s e a escrever “tax cota. Xa to a ir!”… É que já toda a gente sabia, que quando a nossa mãe chamava a primeira vez, eram mais dez minutos de jogos, quando chamava a segunda, já só nos restavam cinco e quando ela gritava o primeiro e segundo nome era dar corda aos vitorinos e “pernas para que nos valem” se não queríamos arriscar chegar a casa e levar uma conversinha amena com o pai em forma de puxão de orelhas e sacudidela do género: “Não ouviste a tua mãe?!”. Ah! Bons velhos tempos… agora, nem as professoras mandam recados para assinar, pelo encarregado de educação… permitindo-nos exprimir a nossa criatividade em forma de artes abstractas, na nossa melhor tentativa de assinatura da mesma! Não! Mandam emails! Pfff… Já estou a ver a minha filha, a tentar por todos os Noddys deste mundo descobrir a palavra passe do meu mail, para apagar aquele comunicado da falta às aulas de Suas Excelentes Rebeldias! Ao menos aí demonstrava engenho… Clap, Clap, Clap em antecedência para ela… quanto a mim, restam-me alguns anos para inventar uma, de que não me esqueça e ela não descubra! Valha-lhe um vírus nessas alturas...

Pelo sim pelo não, a partir de agora e depois de semelhante susto, vou passar a desamar o meu computador e gostar apenas dele, assim como quem usa e abusa, sem deixar remorso! Juro não mais suspirar por aquele Samsung lindo e cheio de pi-pi-pis que brilha na montra da TMN ao lado do seu monstruoso preço! E prometo que vou tentar não ignorar os avisos de cookies indigestos a cair na barriga do disco do meu pczinho…. sniff, sniff!