terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sabemos que estamos a fazer um bom trabalho quando...


... na Creche nos contam a atitude madura que a nossa filha teve e toda a gente nos olha com ar de... "o que é que andas a ensinar a essa criança em casa, hum?!"...

Vou contar-vos o episódio... vale a pena visualizar a cena...

Na creche da minha filha o terror anda de fraldas, tem cabelo loiro à escovinha e dá pelo nome de José! Pinta as bonecas das meninas, puxa-lhes o cabelo, dá dentadas e é fofo que se farta... por isso, safa-se com ar de bom menino no seu casaco azul às pipinhas! A Maria mais piquena farta-se de se queixar dele, acorda de noite a gritar pelo nome dele e a dizer que não... nãaaao xuzé! Tudo desde que ele lhe tirou os cromos da Kitty que ela tanto amava e os estragou todos, um a um... não se faz!
A Repolhita cá de casa não tem pesadelos com ele, mas traz dentadas nas costas, bochechas e braços... de vez em quando, com a marca dentária dele! Já o vi a puxar-lhe o cabelo enquanto ela se deliciava no cavalinho de plástico da Chicco e não gostei... mas, a verdade é que isto são coisas normais destas idades!
Uma altura, em que a Repolhita chegou a casa toda arranhada na cara, queixando-se que tinha sido ele... o pai "galináceo" cá da casa, vulgo maridão e Rei do Lar, ensinou-a a dar murros e pontapés... e incentivou-a a fazê-lo sempre que alguém se atrevesse a magoá-la. Mas a atitude dela de ontem... superou todas as nossas melhores expectativas… ao que consta, o José ontem fez das dele… mordeu dois meninos, puxou cabelos e a ela apertou-lhe o nariz… as responsáveis da sala, decidiram advertê-lo e convocaram todos os meninos afectados explicando-lhes que “os meninos não mordem… as bocas dos meninos são para comer e falar… não para morder outros meninos… e bla bla bla…”… ainda neste cenário, a Repolhita decidiu sentar-se numa cadeira em frente a ele… cruzou a perna e de dedinho no ar disse-lhe com ar sentido e sobrolho franzido: “Tou muito xangáda contigo xuzé! HUM!”… e pronto, foi isto… não bateu, não deu murros, não esperneou, nem chorou! Falou e disse, na minha opinião muito bem! (Muito melhor do que muitos adultos teriam reagido se outros lhe tivessem “apertado o nariz”! )


E agora vou só até ali ao lado contar isto a mais alguém… para ver se deixo sair este orgulho de mãe, de dentro de mim, em doses moderadas!!!