
O amor entre o João e o João é um amor velado, proibido, proibitivo, pecaminoso e condenado... pelo menos aos olhos, de que ainda vê a Eva e o Adão, como amor para todo o termo de comparação! Mas aqui entre nós, que ninguém nos ouve, já era bem tempo de se ver que estes quatro e os restantes milhões, não têm nada de mal, nem de anormal, só vivem um amor, igual a tantos outros, que de fraterno passou a paixão e a atracção carnal. O João tem um sonho, igual ao meu e ao de muitos outros apaixonados, não quer mais amores velados, encontros escondidos ou não permitidos. O João quer amar e ser livre, quer ter o direito a escolher, quem ama, porque ama e onde e quando ama! Quem somos nós para a esta alma tirar, um direito que é seu: o de casar! As Marias, por seu lado, não querem pelo casamento optar, mas gostavam de se assumir, e quem sabe, talvez uma criança adoptar. Eu, que não sou ninguém, ainda assim vejo bem, que mais vale ser amado por duas mães, do que infeliz e “atirado aos cães”!
“A Homossexualidade é amoral”, mas desde quando é que amar alguém é pecado capital?! O problema é que as pessoas se escandalizam precisamente com o lado sexual, quando isso como em qualquer relação, só devia pertencer à intimidade do casal.
“O Amor é cego”, minhas gentes, nunca terão ouvido dizer?! E o melhor amor é mesmo aquele que não se pode escolher.