segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Croniquice da S., ou " Deslarga Bicho Mau!"...


Deslarga bicho ruim! Vai de retro Satanás… Xororó perlimpimpim… qu’ele há gajos que não se tocam! Porra prós mafarricos, que nem a pás de chá de “vai pra longe” se põem no seu lugar!
Desculpem lá este desabafo, mas se há homem chato e persistente é esta espécie de não “fo**” nem sai de cima, que só aparece quando nos sente felizes para logo nos mudar o estado de espírito!
Não falo de mim em concreto, não se pense, pois segundo consta, eu para bichos deste género tenho uma espécie de efeito Axe ao contrário! Estão a ver o Dum-Dum… eu é mais “Pum-Pum”, já foste! É que segundo dizem, não é só a aparência Nórdica, de pele, tez e nariz, que me caracteriza… diz quem sabe: “que tenho uma frieza muito nórdica” na minha personalidade. É que quando eu digo: Não! Chega! Basta! A porta fecha-se. Mas fecha-se mesmo e não há brechazinha que lhe valha, por onde, seja ela o mais fina que for, consiga entrar! Aquela esperançazinha maluca do: “vamos lá ver”, “talvez desta seja diferente”, “talvez desta ele mude mesmo”! Na. Minhas queridas… Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita!
Então não é, que tenho uma amiga! AMIGA, assim com AMIGA em maiúscula, que se vê constantemente assombrada por estes espíritos Xelélé, de mortos-vivos, mais mortos e enterrados, que vivinhos da Silva! Parece Karma mulher! E hoje em conversa, comentava mais uma tentativa de contacto do Além de uma destas Almas Penadas, sem ponta que se lhe pegue, com desculpas do tempo da Carlota Joaquina e historinhas de encantar, para as quais já nem a minha filha tem pachorra de aguentar! “Sarna para te coçares?! Naaa... só se gostares do cheiro do remédio dos piolhos!”, disse-lhe eu! É que não é só um… são dois! Das duas uma, rapariga: ou és Santa Desejada e nunca mais esquecida, ou então esses meninos estão a precisar de um “dicionário de tampas para Totós”!
Tu benze-te antes de sair de casa! Não atendas o telefone, muda de email, casa, nome, caixa e área postal! Por tudo o que te valha, pior coisa que amor falido, é mesmo amor falido e inconformado!
Por todas Vós almas penadas e alminhas assombradas aqui fica uma Velha Máxima, que me custou a encaixar, mas decerto, NUNCA mais me vai deixar: VALE MAIS SÓ QUE MAL ACOMPANHADA! E tenho dito!

(contra) Tempo


Ainda um dia alguém me vai explicar, mas assim como quem explica a quem é "uma criança de 10 anos", de poucas percebas e muitas perguntas, o porquê do tempo passar tãaaaao devagar quando se quer que ele passe a correr!?
É que, apesar desta semana começar numa quinta-feira, como me lembrava e tão bem a minha querida amiga T., o dia está a render, mas a render MUITO de uma forma tão pesarosa!
Há quem diga que o tempo, não é mais do que psicológico, mas se o é, então é do contra, porque joga sempre contra as nossas vontades! É que não é por nada, mas chegando quarta-feira, ou seja sábado, tenho a certeza, mas certeza, certezinha, que o tempo vai passar a correr… a galope, a trote, de avião supersónico e super rápido, que nem TGV na maior loucura!

Sempre que estamos na caminha, quentinhos e a dormir relaxadamente, uma hora passa em cinco minutos! Mas, se estamos numa fila, em que esperamos cinco minutos, já parece que passou uma hora!
Ai que raios este tempo, que se pergunta a ele próprio, quanto tempo o tempo tem, e se responde que tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem! Que podemos nós, de resto, esperar de uma entidade tão abstracta, tão confusa e baralhadora, que se responde com enigmas até de si para consigo?!

“Será chuva, será gente?!” - o que raio será que me está hoje a afectar de tal forma, que me leva a sentir intensamente cada minuto que passa, cada hora que sinto passar?! Com se trouxesse em costas os ponteiros de todos os relógios do mundo?!

Não é enigma nenhum, que esta minha ânsia de ir a casa, de assentar pés no meu Porto, me faz correr o coração a 3000 à hora, mas porque raios, não correrá também atrás dele este molenga do tempo?! Por mim, corria que nem um louco até amanhã, parava só na quarta e demorava um mês até Domingo!

Quando era pequenina, lembro-me bem de me forçar a dormir muito, na véspera de Natal, para o tempo passar rápido até à hora de abrir presentes! Era um sono forçado, sentido, obrigado… mas valia tanto o esforço, porque o que de facto acontecia, era que, na maior parte das vezes, acordava no momento exacto em que os meus pais me entravam no quarto a informar da chegada do Pai Natal! Ou não fosse isso truque deles, que mal me encaminhavam para o quarto, logo me deixavam as prendas no fogão!
Ai quem me dera, puder agora fechar os olhos e dormir e só acordar na quarta-feira de manhã, assim mesmo antes da hora do voo e partir a correr de malas e bagagens e filha e marido e coração apertado, para voltar ao meu espaço, meu ar, minha terra, família e amigos e respirar o ar, que me inundou pulmões, anos a fio!

Assim está esta mulher a 1000/h hoje, numa ânsia, numa ansiedade, numa inquietação infértil que me irrita até o mais pequeno nervo… a contar as horas, para o amanhã chegar!