quinta-feira, 29 de abril de 2010

"I Shall wait until the frabjous day..."

"... then I shall futterwacken... VIGOROUSLY!!!"

... e quase me esquecia...


Bye bye Red hair! Hello sexy Brown! Que tal?!
(Quem é que é a loira agora, huummm?!)

Fresquinho...




Acabadinho de comprar vai directinho para cima da mesa de jantar!


Simples, pálido, fresco e limpinho... bem ao gosto da "je"!

Tau-Tau à moda antiga...


Na Visão desta semana, o artigo que faz capa é o de “Como evitar as birras”. Eu que sigo o link da revista no facebook ainda me espanto com os comentários que lá deixam por vezes. Esta semana era tudo a apelar à ditadura do “não”! E eu acho muita piada a essa ideia de que basta saber dizer “não” para que as crianças o aprendam e sigam com convicção! Acho mesmo muita graça a isso! Principalmente quando a maior dificuldade de tantos adultos (pais ou não pais) não é tanto a de dizerem “não”, mas a de lidarem com os “nãos” que vão ouvindo!
Não me parece, a sério que não, que o “não” seja a solução para evitar birras, tanto ao mais que muitas delas só começam depois de se ouvir o “não”!
Quem não tem filhos acha a mais pequena birra de uma criança uma tremenda “bandalheira” e falta de educação dos pais do menino birrento, mas a verdade é que a birra é uma reacção natural e instintiva às contrariedades com que os mais pequenos se defrontam! Neste aspecto, quer-me a mim parecer, que a melhor solução é mesmo ensinar os mais pequenos a lidar com elas, não perder o tom e a paciência, o que às vezes é uma verdadeira batalha dantesca e dizer que “não”, sim, muitas vezes, sempre que necessário, mas se possível antecipar e evitar possíveis situações em que tenhamos que o dizer! Bem sei, como mãe de birras de 23 meses, que nem sempre isso é fácil! Também sei que uma palmada ou um puxão de orelhas, por vezes, é a solução mais rápida e eficaz na solução de conflitos e término de birras... mas também sei, que não quero que a minha filha encare o poder como forma de uso de violência, pois não a quero ensinar a resolver as coisas com palmadas ou puxões de orelha, que resolvem no momento, mas prolongam o ciclo de raiva!
Já passei por várias fases de birras. Espero passar por muitas mais... e a única coisa que me ofende mesmo não é pensar que ela é mal-educada, pois sei que não é, mas é ver que principalmente quem não tem filhos acaba por culpar sempre os pais, quando tudo o que um bom pai faz é dar dia após dia, couro, cabelo, sangue e suor com amor, para que os seus filhos superem as birras, aprendam a lidar com as contrariedades e se adaptem aos modelos sociais, por muito “barulho” que isso possa fazer. E se isso não é dar educação, de facto não sei o que será!

Dia(s) Livre(s) - HOJE no AO

No passado Domingo festejou-se o “dia da Liberdade”, neste Sábado festejaremos o “dia do Trabalhador” e neste Domingo resta-nos o “dia da Mãe”. Curiosa esta proximidade de datas, que assinalam estas três grandes “celebrações”, em muito paradoxais, mas em tudo tão intrinsecamente relacionadas. Não fosse o fim da ditadura, e a caducidade dos valores morais Salazaristas, e a mulher continuaria a fazer da cozinha o seu lugar mais frequentado, da família o seu único valor e da devoção a filhos e a marido a sua crença maior, apenas disputado pelo seu amor a “Fátima”. Não fosse a queda do regime ditatorial em Portugal e o dia do Trabalhador não poderia ser celebrado, sendo que foi proibida e reprimida durante o Estado Novo qualquer manifestação pública ou comemoração deste dia. O 1º de Maio traz também a chegada do “carrapato” e em regiões como a de que eu sou oriunda, não há casa de bem que não coloque “Maias”, as flores das giestas, em tudo o que é porta ou janela ou entrada de ar na casa! Para afastar o “carrapato”, dizem as gentes!
Tradição no “dia da Liberdade” são as corridas, a pé, de bicicleta... facto que eu sempre achei curioso, porque não consigo, por muito que tente, ver a corrida como manifestação suprema da liberdade de alguém. Vá, talvez seja só eu, mas a corrida a mim sempre me lembrou “fugida”! Fugir de algo, ou de alguém... a “Corrida para a Liberdade” sempre me ocorreu como a fuga da falta dela! Este ano, num corta-mato, que realizaram “lá na terra”, a minha cunhada mais nova, com 19 anos ganhou o primeiro lugar feminino! Isso e uma grande bolha no pé! Mais uma prova de que mulher, que é mulher, consegue tudo só depois de muito suor e sangue. Não me pareceu sentir-se muito livre depois de ter ganho, mas que trabalhou para a ganhar, lá isso trabalhou! E por falar em trabalhar, outro facto que também sempre me intrigou foi o de no dia do trabalhador ninguém trabalhar! Ora, vamos lá a ver, que melhor forma de mostrar apreço pelos direitos enquanto trabalhador do que trabalhando?! Mas não, vem o dia do trabalhador e ninguém trabalha! Ninguém! Lá na terra, nesse dia, fazem-se pic-nics, se o tempo estiver de feição! É que já nem as manifestações dão muito”jeito”!
Não... é uma miséria, não temos direitos nenhuns, as condições de trabalho são cada vez mais precárias, os trabalhadores cada vez mais explorados, mas no dia do trabalhador vamos todos é gozar o feriado e fazer um belo de um pic-nic! Umas sandes de lombo, panados e arroz de feijão e o belo do vinho de garrafão! Afogam-se as mágoas, dorme-se de papo para o ar, que de “tristezas” não vive o Homem! Afinal de contas, por muito paradoxal que possa parecer esta atitude até tem alguma lógica, se pensarmos no bom e velho slogan: “se eu não gostar de mim, quem gostará?!”.
Valha-nos ao menos o dia da Mãe, em que recebemos prendinhas e os nossos filhos nos trazem o pequeno-almoço à cama, ou não! E nós em jeito de agradecimento lá lhes vamos dando beijinhos o dia todo, perdoando pequenas faltas de comportamento, tudo porque é o nosso dia, o dia da mãe! Algumas sortudas, ganham mesmo o direito a passar o dia da mãe sem os filhos... vão fazer uma massagem, a depilação, manicure e pedicure, conforme manda a tradição! Afinal de contas é o nosso dia e cada uma o goza como quer!
Eu, no dia da Liberdade não corri, mas dormi até tarde, que sendo mãe de uma criança pequena é uma das maiores liberdades a que me poderei alguma vez dar ao luxo. No dia do trabalhador, trabalho em casa, porque boca de filha e marido não faz greve nesse dia e a casa continuará por arrumar. No dia da mãe conto com um belo dia de sol, para passear com a mais pequena e peço a tudo por Deus, que nesse dia a maternidade só me mostre o lado solar e se prive de birras, viroses e contratempos! Que mais poderá um ser livre desejar?!