terça-feira, 31 de agosto de 2010

Querido Pai Natal,

antes que digas que já fui tarde demais... aqui fica uma sugestão para me deixares no sapatinho...
(Não cabendo dentro, podes deixar ao lado... ah, e já agora, não sou esquisita com datas, afinal de contas, o Natal é ou não é quando um homem quer?!)


Your's truly,
Mulher a 1000!

Chamadinha rápida...


Limpei a cara ao blogue... está mais legível e apetecível neste look mais "clean"! Não sei bem porquê, mas sofro desta patologia, de me fartar rapidamente do mesmo "embrulho". Portanto, o conteúdo mantém-se, mudaram-se só os "exteriúdos"!
No mundo da Mulher a 1000 a vida rola, "xuxu beleza", aproveitei a pausa, durante a qual espero que a sopa da mais pequena fique pronta ( sopinha de batata, cenoura, frango e alho... o básico vitamínico, portanto). Mas a pausa é breve... porque agora tenho que descansar dez minutinhos antes dos habituais: "não ké xupinha" ou "exa papinha num péta"... e o incansável "num góooooto dixuuuuu.... uaahahahahahahhaaaaaaaaaaaah!". Agora dá-lhe para isto... a minha resposta?! Sempre a mesma: De sopa não se gosta, come-se! (Toma, embrulha e leva para casa!) - Quem diria que ao fim destes anos todos me tornaria numa "dessas" mães! Estou irreconhecível!
Enfim, 1,2,3 colheres, inspira, expira e voltamos à carga!
Bom, e depois desta brevíssima saio daqui a xispar, com esperanças de voltar amanhã, talvez quiçá!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Verão, verão... Haverá maior contradição? - no AO

Acho piada ao Verão... especialmente a este Verão esquisito que se faz sentir por bandas de S. Miguel. Acho piada por vários motivos, não é que goste sempre, mas acho-lhe piada!
Vejamos, todos os anos por esta altura, mais coisa, menos coisa, quando o calor começa a apertar e as roupas a diminuir, eu desenvolvo um complexo recorrente típico de preguiça na árvore, que me recorda as dietas que eu não fiz, as idas ao ginásio a que me baldei e uma coisa lixada, o facto de que o passar dos anos puxa para cima na idade e para baixo em tudo o resto! No Verão, e à falta de maior trapo que nos tape, não há ponta que não se veja de gordurinha localizada, prega nr. 4, 5, 6 e por aí em diante, ou então asneira alimentar do acumular de calorias de inverno, que à falta de hibernação, não se gastando, deixamos acumular. Há muito quem prime pela auto-estima excessiva, e achando-se no direito, de usar tudo o que vê usar nos outros, e gostando, peque pela falta de dois tamanhos acima, ou um par de olhos na retaguarda! Enfim... escusado será dizer, que as “tangas” só são para quem as quer! Mas até nisso eu acho piada ao Verão, porque gente que se cobre de mantos no Inverno, chega ao Verão e não tem pudor que lhe valha!
Ainda assim, e logo que o frio do Inverno se começa a evaporar no ar, a vontade de expor a pele ao fresco impera e a mim, aquilo que mais não são os ataques “fashionísticos”, nem a falta de “linha”, que como diz uma amiga minha: “não podemos ser perfeitas, mas podemos comer perfeitamente”! No Verão, aquilo que mais me aborrece são os comentários ao meu tom de lula... portanto: pálido, branco! Ora, de acordo com os genes que herdei, melanina não é rainha na minha pele, isso, aliado ao facto de o inverno não ser propriamente pródigo em “escaldões”, faz com que frequentemente, gente que não conheço de lado nenhum me brinde com comentários do género: “Ai que estás tão branquinha... e rónhónho!”, “Branco mais branco não há... fon fon fon!” ou uma das pérolas da coroa: “Olha lá ó nina, o sol não brilha no teu hemisfério?”.
Bom, escusado será dizer que este tipo de “bocas” já me incomodou mais em tempos do que actualmente, pois se há coisa que eu aprendi neste meu pouco tempo de vida é que, mais ridículo do que ser, é querer parecer! Portanto, se sou branco pérola de tom de pele natural, escusam de me lembrar do dito... nasci assim, vejo-me todos os dias ao espelho, uns dias mais do que outros e portanto, estou convencida... nada há a fazer! E eu até gosto de ser assim! Puxa, afinal de contas, é isto que eu sou! Mas há sempre uns marmelos armados ao pingarelho que acham imensa piada em lembrar-me do meu tom de pele, alto e bom som, como se a vida deles dependesse disso. A essas pessoas, normalmente, mostro a “carapaça” da minha indiferença ou então, respondo... depende dos dias! Não posso transcrever aqui algumas das respostas que já dei, lamento, pois se nessas alturas a indignação me turva o palavreado, aqui não me convêm transcrições de puro vernáculo popular. Ainda assim, escuso-me de aceitar que só a bela de solário tenha direito a arejar a pele... mas esta é outra das razões porque acho piada ao Verão... é que se vocês sonhassem o que algumas passam para parecer mais do que o ser, ficavam de cabelos em pé! Ainda está para vir o dia, em que arrisque a troca de um melanoma por melanina! Como diria o outro: “Jamais Salomé!”
Assim, o meu recado para hoje é breve: sejam quem são, no Inverno como no Verão! Acreditem em mim, não haverá melhor resolução! Tenho dito.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Puro Açores"

Lá ao fundo tocavam os The Gift, enquanto a Sónia Tavares cantava, com aquele vozeirão que só ela, as "Maravilhas dos Açores", com uma remake da "Pure" a celebrar as 5 Maravilhas destas ilhas... mas no nosso espaço de diversão a preocupação foi outra:
as pipocas estavam quase a acabar... aaaaaahhhh...
Isto sim, é "puro" e a cores!!! ;)


P.S. - Reparem na mãozinha marota no lado direito da foto... LOL

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mães de férias, mas sem folgas... - no AO

Li algures as conclusões de um estudo que indicava que 80% das mães que tinham acabado de regressar das suas férias, com as respectivas famílias, admitiam precisar de mais férias depois disso. Algumas delas, chegavam mesmo a admitir que preferiam a rotina do dia-a-dia do que o cansaço de ter que lidar com as mudanças de humor, resultantes das alterações de rotinas dos filhos, excesso de actividades e energias e a responsabilidade acrescida de ter que controlar tudo desde o novo espaço, às refeições, etc, etc, etc. E se não compreendi de imediato os resultados e conclusões do estudo, assumo desde já a minha total concordância com o espírito da maioria abordada. Sim, ser mãe cansa. Sim, todos precisamos de férias… mas, sim, tirar férias com os filhos, pode cansar ainda mais do que o já habitual cansaço!
Ainda assim, eu que sempre gostei de viajar, de quebrar a rotina e de não me acomodar, tenho sérias resistências em relação à ideia de não fazer nada fora da rotina só pelo que isso possa acarretar! Ou seja, mesmo cansada, admito que não abdico de uns dias de “férias”, ainda que isso, com uma criança de 2 anos atrelada a nós, nem sempre seja sinónimo de “descanso”. No entanto, e por aquilo que posso constatar das minhas breves experiências de “férias” como mãe de uma criança pequena, nem sempre os espaços que escolhemos nos facilitam a tarefa! Mesmo hotéis e espaços turísticos, que se assumem como familiares, acolhedores, “amigos das crianças”. Senão, como se pode explicar que um hotel de quatro estrelas, com um dos restaurantes mais afamados e tradicionais cá da ilha, tenha na sua ementa uma e apenas uma sopa, de roraz, com pimenta da terra, e não ofereça nem mais uma opção de menu para crianças, nem que fosse o tão típico “hambúrguer com batata frita”, que ainda não percebi porquê, mas é o menu infantil típico, apesar de todas as recomendações de nutricionistas para que se evitem os fritos na alimentação dos mais novos. Ainda assim não é só por aí que certos espaços pecam e não contribuem em nada para o descanso dos pais… é que a culpa não é inteiramente das crianças, pois não se pode esperar que uma criança tenha atitudes e comportamentos sociais típicos de adultos, já devidamente amestrados, e assim é com pesar que constato que, ainda há muitos restaurantes que não têm cadeirinhas de refeição de bebés, ou que nos relegam para a mesa do canto, ignorando a proximidade de escadas, ou que nos recusam uma mesa, por estarem num dia com “muita confusão”, ou nos olham de lado por levar connosco num jantar romântico uma criança, acreditem, eu, acima de todos sei que elas não dão os melhores candelabros, mas pagar por uma tarifa “romântica” num hotel e não cumprirem os requisitos, como as velas ao jantar, só porque levamos connosco a nossa filha, não me parece o mais correcto, nem cordial, nem amistoso… mas talvez isto seja só a minha implicância “refinada”, que me obriga a recusar deixar de gostar das coisas que já gostava antes de ser mãe e que acho que a culpa do cansaço das mães, não é só dos filhos ou dos pais, mas de uma sociedade muitas vezes “castradora” do espírito próprio dos nossos infantes, que só se querem mesmo é divertir-se. Porque a mim não me incomodam tanto as pequenas rebeldias típicas da idade da minha filha, quanto o olhar de soslaio e dissimulado de gentinhas que acham que foram crianças diferentes… desenganem-se pois meus caros, fomos todos iguais, apenas com a diferença de um espaço temporal para alguns mais longínquo do que para outros, que leva a que o esquecimento selectivo se instale.
E já agora, aqui vai o meu recadinho… numa ilha que se quer fazer valer pelo turismo valia a pena pensar nas crianças, antes de seduzirem os pais, com falsas promessas de espaços “familiares e acolhedores”, proporcionadores de um ambiente “romântico”…

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pernas a banhos no fim-de-semana, início da semana de "molho"...

O fim-de-semana passado foi isto!
Esta semana estamos de molho!
Mais uma virose!
Desta vez temos febre, tosse e rouquidão...
... será complô contra os fins-de-semana divertidos?!

Leituras negras de tão cor-de-rosa - no AO

Fui ao cabeleireiro esta semana, estou a ficar com aquelas horríveis “entradas” de pensador na testa, que herdei do código genético da minha mãe, que nos marca desde a nascença com grandes testas e a partir dos 30 com umas entradas capilares laterais que quase poderiam servir para pista de aterragem de pequenos voos charter! Enfim, mas não é de problemas capilares que trata a croniquice desta semana, podia ser, mas não é! Estava eu sentada no cadeirão de massagem quando reparo em coisa muito frequente neste ambiente: a oferta de mais uma revista “cor-de-rosa” para “leitura” de mais uma distinta senhora, que se encontrava a fazer a pedicure! E eu, a respeito das revistas “cor-de-rosa”, tenho uma opinião um pouco particular, mas bem cimentada… é que, e apesar de por vezes, mais que muitas, não resitir a “vê-las”, nunca lê-las, considero-as um veículo, socialmente aceite, de “coscuvelhice” velada da vida do alheio. É que nestas revistas, e mais numas do que noutras, a tónica é sempre a mesma, a vida deste e daquele, a casa deste e daqueloutro, os filhos desta e daquela, as relações, os casarões, os escaldões… enfim… um sem fim de baboseiras, que ora nos deixa boquiabertos de tanta palermice, ora de tanta aparente falta de decoro e privacidade na exposição de vidas íntimas a público.
Eu, pecadora me confesso, que noutras alturas, mais do que hoje em dia, já cheguei mesmo a comprar quilos das ditas, para ver como tinha sido o casamento desta ou daquele, apontando o dedo e sibilando críticas viperíssimas aos modelitos que as figuras envergavam, ou babando em cima de itens que nunca sequer considerei poder ter… relógios milionários, vestidos estonteantes, sapatos de chorar pelo preço, que bem podia ser o meu rendimento anual. Mas como confesso que comprei e já li, também admito que talvez fosse a minha faceta mais “curiosa” a vir ao de cima, com o pretexto de que me estava a “manter a par das tendências da moda”! E mantive, decorei desde penteados a tendências para carteiras e padrões, mas também me ri muito à custa do “este anda com aquela que andou com o outro, que já foi casado com uma que agora é gay”! Verdadeiras novelas imagéticas, imortalizadas para sempre numa folha de papel, à nossa disposição, para dele nos bem servirmos, como entendermos.
Hoje em dia, talvez por causa da falta de tempo, outras prioridades e outro amadurecimento, acho que vejo com mais clareza, aquilo que essas revistas são, que salvo raríssimas excepções trazem artigos ou entrevistas de verdadeiro interesse, com que possamos aprender alguma coisa. E quando quero ver moda, agora, compro uma revista com esse único ponto de vista!
O que me interessa a mim quem tem mais celulite neste Verão ou quem é o novo namorado da Elsa Raposo, coisa que de resto é mais variável do que as cotações da bolsa de Lisboa. Isto é a minha opinião e por isso, cada vez que vejo alguém de aspecto pseudo-intelectual a desfolhar essas revistas como se do “The New York Times” se tratasse, só me apetece agarrar na barriga e desatar a rir. Porque “queque” que é “queque”, compra a revista Caras como quem compra uma entrada para um museu, lendo as legendas das imagens das “tias” como quem lê o roteiro e sugestões da “visita”. Se querem comprar essas revistas, ao menos façam-no com o ar da vizinha “cusca” que surpreendemos a remexer no nosso lixo ou a entrar na nossa lavandaria, que com o maior ar de boa “companheira” nos arremata com um: “Ai vizinha, a sua roupa já está sequinha, sequinha!”.
E sequinha estou eu, de pachorra para com quem acha que ler é desfolhar páginas “cor-de-rosa”, deliciando-se com o bebé do mês e lendo as respostas do “Consultório Ele e Ela”, como quem lê um artigo científico! E depois admiram-se que seja este o século da “morte” dos grandes autores!

sábado, 7 de agosto de 2010

Risca o teu disco...


A perfeição não existe… bem sei, mas há músicas, momentos, gestos, palavras e demonstrações, que estão muito perto disso!

Agora é só torcer para que estes pedaços de quase perfeição se perpetuem e repitam vezes e vezes sem conta… exactamente como um disco riscado!

Quem não gostaria de aguentar uma sensação de arrepio boa na pele durante mais do que dois segundos?!

Quem não gostaria de manter na boca o sorriso colado depois da satisfação de mais um beijo apaixonado?!

As borboletas a voar na barriga deixando-nos num suspenso de adrenalina impulsionadora?!

Por hoje é isto...

... amanhã, é o que tiver que ser!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Atendimento prioritário - Mito ou fatalidade?! - HOJE NO AO

Mais um fim-de-semana, mais uma ida corriqueira ao hipermercado para umas compras de primeira, segunda e “terceiras” necessidades. Até aqui, nada de novo. Olhamos para a frente, a primeira caixa para pagamento que nos aparece em riste é aquela, para a qual nos dirigimos. Normalmente somos atentos, os dois, eu e o meu marido, mas neste domingo, não sei se motivados pelo impulso da urgência em ir para casa, influência da hora que adivinha mais uma refeição, encaminhámo-nos para uma caixa prioritária, sem que nos déssemos conta das implicações que isso tem!
Não me entendam mal, que eu não tenho nada contra os atendimentos prioritários, muito pelo contrário, sou completamente a favor, que as grandes e as pequenas superfícies, tendo em conta as condicionantes dos clientes, que a estes espaços se dirigem, e melhor os querendo servir, dêem prioridade a casos de “urgência” ou de “cortesia social”. Enfim, estávamos então a colocar as nossas compras na passadeira, alinhando-nos no nosso lugar no ranking deste atendimento, e eis senão que somos advertidos para uma situação prioritária, a quem teríamos, que dar cedência de lugar e prioridade. Uma grávida, nada contra, já fui uma, conto, quiçá, vir a ser de novo! Respeito muito semelhante condição de graça, que acima de tudo acho muito engraçada! E então, quase como que numa reacção de instinto, afastámo-nos para deixar passar as prioridades, quando sinto a mãozinha da minha filha agarrar no ferro do corrimão da barreira separadora de caixas e me ocorre, se também eu não serei prioritária, com uma criança de dois anos e treze quilos de pura beleza nos braços. Colocámos a questão, sem nunca recusar ceder a prioridade, e a resposta foi um sorridente, mas seco e psedou-irónico: “Mas essa criança já anda!”. Quase como um disparo, rasgando caminho pelo meu aparelho fonatório fora, movido por indignação retorqui: “o problema é esse, anda e demais!”. Não me entendam mal, que nestas minhas palavras nunca estarão em causa os atendimentos “prioritários”, senão que apenas e só, os critérios deste mesmo atendimento, o que me levou a ponderar semelhantes simulacros por pura curiosidade… numa fila de supermercado estão, com o mesmo número de compras e o mesmo grau de pressa: uma grávida de 4 meses, uma de oito, um cego, um surdo, uma mãe com um bebé recém-nascido num carrinho, outra com um bebé recém-nascido ao colo e outra com uma criança que já anda e não pára de “esbracejar”, comportamento típico daquelas idades, que em tudo querem mexer, tocar, provar! Enfim… qual seria o caso mais prioritário de entre todos?! Ou respeitar-se-ia aqui a ordem de chegada, sendo o surdo sistematicamente empurrado para o fim da fila, por falta de visibilidade da deficiência que transporta?! Pois… não sei! Mas acho curiosos estes critérios pudicos de um falso realismo de prioridade nos atendimentos, em espaços comerciais que apelam para que se “façam as compras em família”, e que não primam pela simpatia, “prioridade”, nem compreensão para com as necessidades das mesmas. Imagino, que se fossem dois ou três filhos pequenos, que andassem, em lugar de um, o filho que ainda não nasceu, continuasse a ser “o prioritário”.
Pois, para que conste, a mim, se me perguntarem, e tendo eu vivido uma longuíssima gravidez de 42 semanas completas, continuava a preferir que não me dessem prioridade nenhuma nessa altura e que me a dêem toda agora… pois sete quilos de gravidez quieta, sempre pesam menos do que treze de criança ao rubro! Ainda assim, este domingo não parou de nos surpreender… e não só tivemos que ceder prioridade a uma, mas a duas grávidas! O insólito kafkiano instalou-se o nesse domingo decidi, que se puder escolher… crianças, nas compras, comigo: só se me couberem no ventre!