terça-feira, 29 de junho de 2010

Há dias assim...

... em que trabalho aqui...

... com esta vista...
... assim vestida...

Entretanto estava aqui a pensar que este ano não tenho férias... o que nem é tão mau assim, uma vez que ao que parece este ano também não vamos ter Verão! Assim sendo, parece-me justo!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

As pessoas e os comportamentos... - ONTEM NO AO

As pessoas assumem todo o tipo de comportamentos, dos mais variados: dos insanos, aos extremamente racionais, dos estouvados, aos cautelosos ou, até mesmo, calculistas. Dos frígidos aos obcecados, dos carinhos aos violentos, mas ainda assim, não acredito que alguém, possa ser em todo o seu carácter ou todo o seu percurso de vida apenas e só definido por um ou outro destes comportamentos. Estou em crer, ainda que receosa, que não há quem seja sempre louco, nem sempre sano, nem sempre carinhoso, ou sempre meigo, nem sempre violento ou sempre agressivo. Acredito, claro está, que há pessoas que têm comportamentos deste como padrões dominantes do seu carácter, mas no fundo, no fundo, todo este “bla,bla,bla” serve para dizer, que na verdade o que eu acredito mesmo é nas pessoas! Acredito na capacidade que certas pessoas têm de tornar o nosso dia, a nossa vida, toda uma existência em algo único e especial.
Nem sempre acreditei nisto. Nem sempre! Muitas vezes magoada pelos revezes da vida deixei de acreditar nas pessoas, em algumas pessoas ou em tudo. Acho que a vida às vezes nos prega destas partidas, torna-nos descrentes, e nós vamo-nos deixando inundar de uma amargura e isolamento, que faz de nós seres solitários, contra natura, seres absolutamente abnegados e muito, muito menos felizes.
Para acreditar nas pessoas o primeiro passo deve ser a realização de que também nós o somos: “pessoas”. Mais ou menos desfragmentadas, mais ou menos unas, mais ou menos neutras… enfim, pessoas. Posto isto há que fazer um esforço para estabelecer um paralelismo entre a nossa existência e a existência dos outros enquanto entidades abstractas. As outras pessoas podem não ser casadas, como eu, mas certamente já se apaixonaram ou tiveram uma relação amorosa alguma vez na vida; as pessoas podem não ter filhos, como eu, mas certamente que são filhos de alguém, se não de sangue, serão de suor, afectos e dedicação; as pessoas podem não ser todas mulheres, como eu, mas não duvido que nunca tenham tido contacto com nenhuma, uns mais capazes de os fazer perceber a nossa essência e outros menos.
Com tudo isto, o que eu quero fazer valer é que acreditar nos outros nos torna pessoas mais fortes, mas crentes, com uma orientação mais definida e mais capazes de cumprir objectivos, traçar metas, definir projectos. Porque se eu não acreditar nos outros, no fundo, no fundo, acabo por nunca conseguir verdadeiramente acreditar em mim.
Conhecer o outro, as outras pessoas é conhecer-me a mim e isso faz toda a diferença!
Numa noite de S. João, como a de ontem, saí à rua completamente descrente, dos outros, de todos, do mundo, do amor e conheci um moreno de sorriso maroto, que de cerveja na mão me fez baixar barreiras e dar-me ao luxo de acreditar! Acreditei nele, no seu sorriso, depois em todas as outras pessoas e finalmente em mim! Hoje, se não fosse esta crença não estava casada com ele, não era feliz, como sou, nem acreditava no mundo incondicionalmente, como acredito, e no poder das pessoas de realmente, quando crentes, total e absolutamente capazes de fazer algo para marcar a diferença e mudar o que está mal… Hoje, acredito, por ele, por mim e, principalmente pela minha filha… acredito que qualquer pessoa é capaz de fazer o mundo um sítio melhor, ou pior, consoante o seu comportamento de momento e que por isso, o comportamento e os momentos podem fazer toda a diferença!
Neste momento, quem me lê pode não acreditar no que escrevo, não concordar, não gostar, é um direito que lhe assiste num estado democrático e numa sociedade de direitos… mas se num dos meus leitores a diferença surgir, a vontade de acreditar e a esperança começarem a verdejar… então, então e só aí a minha existência e crença já se fizeram valer! Eu acredito que sim… e vocês?!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Postal dos "Correios"


Não é preciso passarem muitos dias para que muito se passe! A verdade é essa, na minha vida, como na vossa! Mas há fases na vida em que o muito passa em pouco tempo e em que o muito tempo parece pouco!
Estou em dívida para com alguns de vós a quem ainda não contei as minhas últimas aventuras! Na verdade, e porque o muito, que passou, me pareceu tão pouco, as novidades não são tão frescas assim, mas aqui vai:
Como sabem decidi mudar de rumo, trocando o certo pelo incerto, na certeza de que seria o mais certo para mim! E é com muita satisfação, que vos posso agora, quase ao fim de um mês, dizer: que estava certa!
Estou a trabalhar na redacção do jornal para onde “cronicava” semanalmente. Faço revisão e copy desk, das 14 às 18! Tenho aprendido muito! Adoro os desafios intelectuais e criativos com que me deparo dia após dia e não tenho tempo para nada! As manhãs são ocupadas com tantas outras coisas e a noite tem sido do exclusivo, quase, da minha formação, que acaba esta semana!
Resumindo e concluindo: estou muito feliz por ter tomado esta decisão e apenas lamento que o tempo me escasseie agora para o blogue!
Calculo que finda a minha formação volte a ter um pouco de espaço para o blogue na agenda… mas que me tem dado um gozo fenomenal dedicar mais tempo e com mais amor à camisola, a uma profissão, que encaro já como minha… lá isso tem! Sem sombra de dúvidas! Os dias passam com mais alegria e vontade, mesmo os mais cansativos, à custa de uma tradução perdi na semana passada duas noites de sono valentes, que me custaram uma valente “ressaca”, da qual não tenho saudades, mas que até essa me deu alento!
Em relação à Repolhita… continua linda e eu apaixonadíssima por ela! Anda com o sono um bocadinho trocado porque espera acordada até eu chegar (por volta da onze da noite), mas estou em crer que para a semana entra nos eixos! Este fim-de-semana descobri o amor que ela tem por água da “paia” e da “pisina”, e o meu medo e terror deste novo amor dela! Já tenho o colete/bóia encomendado.
O Rei da Casa tem sido um amor e tem feito um esforço muito grande para me ajudar a concluir esta formação, porque neste último mês tem sido ele a ir buscá-la e a ficar com ela, dando-lhe de jantar, banho e curiosamente a relação dos dois tem desenvolvido uma cumplicidade, que até aqui eu não tinha visto! Eu acho óptimo, este carinho em tudo muito diferente do carinho e da cumplicidade que temos as duas!
Posto isto… resta-me acrescentar que outra nova paixão da Pimpolha é o “Barney” do Jim-Jam, que nos dá direito a um abraço sempre que toca a música do final…
Deixo-vos com a versão em inglês da dita… ;)


quinta-feira, 17 de junho de 2010

As raízes e os frutos da Educação de um filho... - HOJE NO AO

Oficialmente em época de desfralde dou por mim a pensar que a maior dificuldade em ter e criar um filho é mesmo ter que educá-lo! É que educar não se limita às frases típicas do: “isso não se faz” ou “muito bem!”. Não! Educar é muito mais complexo do que dar ao nosso filho o nosso padrão de comportamentos, do que transmitir-lhe as nossas morais, os nossos costumes. Educar um filho é acima de tudo um grande desafio! Talvez o maior. E para além disso, educar um filho é ainda, um grande frete! Sim. Um valente e gigantesco frete! Senão vejamos que deixá-los fazer o que eles querem é muito mais divertido… porque sentados na poltrona de comando na mão, a vê-los fazer asneira e depois pagar a consequência enquanto nós dizemos em tom arrastado de vencedor consolador: “Eu já sabia que isso ia acabar mal…”!
Pois é, mas para educar é preciso agir e numa sociedade tendencialmente sedentarizada como a nossa sociedade actual, ter que levantar o rabiosque do sofá e impedir a criança, física e verbalmente de fazer algo que nós sabemos lhe irá trazer consequências negativas é muito mais cansativo!
Mas tudo isto a propósito do desfralde… A minha filha, que adora sentar-se no “pote”, “bacio” ou “xantita”, como ela lhes chama, está a pontos de nos enlouquecer com tanta mijadela fora dos mesmos. Só no passado feriado, entre as quatro da tarde e as oito da noite nós contámos cinco mudas de roupa e lavagens de "crocs", abençoado calçado plástico, que não havia sapato que aguentasse tanto esforço de resistência à humidade! Ela sabe o que tem ou não que dizer, o que tem ou não que fazer, mas, pura e simplesmente não o faz! Prefere deixar-se levar pelo momento, sem ter que se interromper e depois caminhar na nossa direcção com “ginga” de cowboy, pernas afastadas e mão na anca, repetindo um: “ó! Ó! Oooh…”, em tom de constatação, admiração, punição! Não têm sido, portanto, dias fáceis, nem para nós, nem para a máquina de lavar roupa, que de tanto trabalhar, qualquer dia ainda nos resolve apresentar baixa por intoxicação de fluidos!
Estou, claro está, a dramatizar e a brincar com a situação, porque se para muitos, eu acredite, que educar seja de facto um frete, para mim educar é quase como jogar nas apostas… em que a gente vai apostando e umas vezes ganha, outras vezes perde! Um desafio, um gozo enorme, portanto! De facto, educar um filho faz parte de uma educação que também nos é auto-induzida. Nunca me senti madurar tanto, nem crescer tanto como nestes dois anos de educação ininterrupta da minha filha!
Engraçado como quando via uma birra pública de uma criança antes de ter filhos eu emitia sempre o mesmo pensamento: “Se fosse meu filho…”! Engraçado, deveras cómico agora, porque hoje em dia sei bem, que “se fosse meu filho” eu talvez me limitasse a sujeitar-me a passar pelo mesmo ou pior, porque se na maior parte das vezes somos nós quem educa os nossos filhos, muitas outras vezes há, em que são precisamente os nossos filhos a educar-nos a nós.
O desfralde, será com toda a certeza, mais uma etapa vitoriosa da nossa educação e do crescimento dela, disso não tenho dúvidas. Enquanto isso, e porque não há material doméstico que aguente, eu vou investir em plásticos para cobrir tudo o que for área absorvente da casa, como sofás, colchões e carpetes, por exemplo! Só assim, pelo sim pelo não… porque não há material que por mais lavável que seja, não se ressinta de um dia ou dois seguidos de molhas consecutivas!
A respeito de educação, resta-me acreditar no que já dizia Aristóteles, que: “A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”.

quarta-feira, 16 de junho de 2010


Acabei de chegar da minha formação, que está na penúltima semana antes do seu final. Em casa, a mais pequena já foi ao pote e já se "deixou ir", estamos em empate técnico portanto. O aroma que circula por toda a casa é de caldo verde e atum grelhado! O meu marido, na cozinha, acrescenta os últimos toques de ervas aromáticas à batatinha salteada e eu escrevo no blogue...

... e eu... escrevo no blogue!

Algo cheira a "podre" no reino da Dinamarca! O caldo verde está perfeito e o jantar divinal! Só pode ser do bacio... ou da falta dele! ;)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Saldo do dia de ontem...


POTE - 1

X

CUECAS - 5
[e a respeito disto: "A educação é uma coisa admirável,
mas é bom recordar que nada do que vale a pena saber,
pode ser ensinado! - Oscar Wilde]

90's - Anos de más modas, óptimas amizades (10.06.10 no AO)

Estávamos em meados dos anos noventa, eu usava uma pala medonha e repinhas de cabelo frisado, ela usava colares étnicos de palhinha e marfim, em género gargantilha, e o cabelo extraordinariamente longo. Eu, “agrungei-me” um pouco e cedo nos identificámos nas mesmas calças de ganga elásticas, City Jeans, com sapatilhas All Star, de preferência azuis marinho ou beges. Eram os anos loucos dos Nirvana e dos namorados estúpidos. O namorado dela foi da minha turma, tinha a alcunha de “Adeus”, porque acenava a todos quantos passavam. De resto, era um rapaz perfeitamente normal para a época: cabelos longos, t-shirts folgadas e corpo esguio. Eu não gostava dela. Ela, nem sequer reparava em mim. Eu achava-a snob, de uma arrogância desmedida. Cruzávamo-nos todos os dias, pelos corredores daquela “bendita” escola Secundária e ela, ao contrário do namorado, nem olá, nem adeus! Anos mais tarde vim a descobrir porquê… miopia, meus amigos, miopia! Sofria de “más vistas” e disfarçava para não ter que usar óculos.
Foi só quando o Secundário acabou, depois de anos de penteados e moda duvidosa, que nos encontrámos de novo. Eu olhei para ela, ela olhou para mim e vendo-nos uma à outra, como se pela primeira vez, formámos naqueles primeiros anos de faculdade travessos uma verdadeira amizade, à prova de bala. Ela com as suas “Doc Martens”, eu com as minhas malas XXL e excesso de livros às costas. Pejadas de falsas ideias, falsas morais, estivemos juntas no Jornal da Faculdade, na Associação da mesma, em tudo o que era bar, festa, praxe, cortejo… até ao ponto em que decidimos começar a estudar! Hoje, muitos anos, muitos namoros, muitas festas, muitas farras, muitas lágrimas depois, mesmo separadas por um caminho de oceano com muitas mil milhas de água, não há dia em que eu não me lembre dela, não há dia em que ela não se lembre de mim!
A vida separou-nos, mas são dias, como os de hoje em que eu sei, que a verdadeira amizade no feminino existe, que são crenças, como as que partilhámos juntas, que nos unirão até ao fim dos nossos dias!
Eu, num ano mais farto de aventuras e desventuras, num ano em que partimos as duas juntas de carro por esse Portugal fora, sem mapas, sem planos, sem rotas, apenas com a certeza de cerca de 7 dias de férias, apelidei-a de meu Sancho Pança, porque era isso que éramos as duas! Duas crentes, resistentes, unidas pela luta convicta de que o amor valia a pena, unidas pelos nossos sonhos, desejos e ambições. Foram muitos anos de confidências, sabemos coisas, uma da outra, que mais ninguém sabe, que mais ninguém sonha! Partilhámos tardes de compras, em género de exercício físico, horas de ginásio, em género de terapia ocupacional, manhãs de gazetas, em género de esforço adiado, noites de música, em género de aventura emocional, almoços prolongados, em género de conversas de café e uma existência conjunta em género de amizade feminina, contra tudo e todos, que possam alegar que isto é um mito, que não existe… porque ninguém quer caminhar só por esse mundo, porque os nossos limites e fronteiras não somos nós quem define, mas que nos definem a nós, porque tu és e para sempre será a prova de que não há D. Quixote que aguente lutar de frente com gigantes (ou moinhos) sem Pança, nem Pança que resista à tentação de acreditar que D. Quixote merece certamente a sua Dulcineia. E sim, é possível haver amizade, sincera e desinteressada entre duas mulheres e sim, muitas vezes o ponto de união foi o amor ou a resistência dele e a ele. Mas sabes que mais… “isso agora não interessa nada”, porque esta história já é nossa e dela, ninguém nos tira!
P.S. - nem de propósito, no dia em que lhe liguei para lhe dizer que ela tinha que ler esta crónica, apercebi-me que me tinha esquecido do aniversário dela! :( Mil perdões... mas sabes bem que não foi por mal!

quarta-feira, 9 de junho de 2010


Enchi-me de coragem, pois se era dia de “desfralde”, seria eu a inaugurar a efeméride! Vesti-lhe cuequinhas cor-de-rosa, como manda a lei! Depois vesti-lhe uns calções, t-shirt, sem body, e calcei-lhe umas croc’s, passando a publicidade, que dão um jeitaço para secar, no caso de inconvenientes ocasionais. Lá vínhamos nós, ela já de casaco vestido, eu já de carteira ao ombro a treinar as frases da praxe…

“Então, como é que tu vais dizer quando quiseres fazer xixi?” – e ela, expedita: “Qé fazê xixi!”, - “Boa! E quando quiseres fazer cocó?” – novamente com um brilhozinho nos olhos: “Qé fazê Cocó!” – “Boa!”. Insisti mais três vezes, até que ela parou, mesmo na soleira da porta e de cara assustada gritou: “Mãe… xixi!”.

O treino verbal tinha falhado redondamente… tudo porque com tanta preparação e entusiasmo cometi dois erros de principiante: o primeiro, ter arriscado sair com ela sem fralda no primeiro dia de treino… e o segundo: ter-lhe explicado o como, mas não o quando! Minha filha, para que conste, o exercício verbal é para ser antes do acto em si! Certo?!

Cheira-me que nos espera um longo mês de mijadelas nos cantinhos da casa… e digo-o literalmente! God have mercy!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Checking in...


Meus queridos leitores,

estou em dívida convosco, bem sei, mas tenho andado tão envolvida nesta minha nova fase de vida, com tanta coisa a acontecer e tão pouco tempo para tudo que só passei para dizer:

1. que estou viva;

2. que estou bem;

3. que continuo feliz!

Esta semana começámos mais uma nova etapa, a Repolhita está oficialmente no "desfralde" e já tive o primeiro contratempo! :D Tirando isso... tento voltar amanhã com mais tempo! Prometo!

Beijos e abraços a todos e muita energia... a 1000, sempre, pois claro!