
Ultimamente, e não sei se isto será próprio da idade, não há dia que passe, em que não pense na vida! Sim, isso mesmo! Assim... penso na vida! No quê em concreto, não vos consigo precisar de momento... penso em tudo e de tudo um pouco, e às vezes não penso em nada, mas ainda assim, sempre muito reflectida! Entre muitos dos assuntos que me vão passando pela cabeça, diariamente, nos dias que correm, há um que me ocupa especialmente, que se prende, com uma notícia que li em tempos, que dava conta da infelicidade das mulheres no tempo actual, que se devia, segundo fonte desse mesmo jornal, e baseado num estudo, ao feminismo! Penso que já terei comentado essa notícia, se não aprofundadamente, pelo menos ao de leve, algures nas minhas croniquices! Mas o que me preocupa, não é tanto que eles considerem que foi o feminismo que trouxe infelicidade às mulheres, mas que constatem, que as mulheres andam, de facto infelizes! E é engraçado, que mesmo quando achamos que tudo na nossa vida nos corre bem, guardamos sempre um pouco de nostalgia, ou um canto seguro no lugar dos braços da Infelicidade leve e ténue, que se abate sobre nós, como um manto de nevoeiro e que aparece, inexplicavelmente pelos motivos mais absurdos, algumas vezes mesmo, completamente infundados! Nessa altura, talvez levadas em mão pelas hormonas em festa, lá nos deixamos borratar de chocolate e doces e não há lembrança de espinha na testa, que nos prive de semelhante acto de loucura instantânea!
O que me tem levado a pensar, que se realmente as mulheres andam infelizes tudo isso se deve a um misto de efeitos tipo cocktail molotov, que nos é frequentemente atirado em braços! Já tive oportunidade de referir as pressões, que uma mulher se coloca a si mesma, assim como algumas das pressões, que a própria sociedade e a forma como está estruturado impingem à mulher! “Uma mulher deve ser magra, uma mulher deve casar, deve ser mãe, ser profissional de sucesso, ter queda para a cozinha”... e uma data de outros extras, que farão da Dona de Casa mais desesperada uma perfeita Stepford wife, com ar, cabelo, pose e tom de pele, mesmo ao jeito da Nicole Kidman! Mas a verdade é que não há mulheres perfeitas! Assim como não há homens perfeitos, nem sociedades perfeitas, nem crianças perfeitas e por vezes a maior beleza está mesmo, na maior imperfeição! Continuo até hoje, sem perceber, se tendo noção e plena consciência da não existência de todos estes artefactos supostamente perfeitos, porque é que nós continuamos incansavelmente em busca deles! Colocando a nossa felicidade em mãos de todas essas exigências e tentando fazer caber o nosso pé “medonho” e “gigantesco” dentro do mais formoso sapatinho de cristal!? Só para parecer bem na fotografia?! É que se é por isso, para além de não parecer NADA bem, só nos traz ainda mais infelicidade, frustração e miséria!
Não estou com isto, obviamente a fazer a apologia da imperfeição e do erro... mas se ele existe e é congénito, não há nada a fazer, senão aceitá-lo! Conheço mulheres para quem nunca nada está bem... e eu, em parte sou também um pouco assim, uma eterna insatisfeita! Só que se no meu caso, a minha onda de “infelicidade” me leva a remeter a votos de silêncio ensurdecedores para o mundo e catastroficamente sonoros e caóticos, dentro de mim, para outras é precisamente o contrário... tornam-se mulheres extremamente sonoras com os outros e profundamente silenciosas consigo próprias! Não querendo ser imprópria, nem generalista, nem infundada, mas provavelmente já sendo todas essas coisas juntas e mais algumas, parece-me a mim, que a infelicidade que mostramos ao mundo e o descontentamento que ele, mundo, lê em nós, demonstra apenas o desejo de reflexão, de uma voz e de uma opinião, que durante anos, séculos a fio, a sociedade nos negou! Daí, que, mulheres infelizes deste nosso Portugal, só nos cabe a nós trazer essa “infelicidade” a limpo, dar-lhe o devido luto e depois partir para a festa, que se esta vida são três dias, um deles o passado já levou!
O que me tem levado a pensar, que se realmente as mulheres andam infelizes tudo isso se deve a um misto de efeitos tipo cocktail molotov, que nos é frequentemente atirado em braços! Já tive oportunidade de referir as pressões, que uma mulher se coloca a si mesma, assim como algumas das pressões, que a própria sociedade e a forma como está estruturado impingem à mulher! “Uma mulher deve ser magra, uma mulher deve casar, deve ser mãe, ser profissional de sucesso, ter queda para a cozinha”... e uma data de outros extras, que farão da Dona de Casa mais desesperada uma perfeita Stepford wife, com ar, cabelo, pose e tom de pele, mesmo ao jeito da Nicole Kidman! Mas a verdade é que não há mulheres perfeitas! Assim como não há homens perfeitos, nem sociedades perfeitas, nem crianças perfeitas e por vezes a maior beleza está mesmo, na maior imperfeição! Continuo até hoje, sem perceber, se tendo noção e plena consciência da não existência de todos estes artefactos supostamente perfeitos, porque é que nós continuamos incansavelmente em busca deles! Colocando a nossa felicidade em mãos de todas essas exigências e tentando fazer caber o nosso pé “medonho” e “gigantesco” dentro do mais formoso sapatinho de cristal!? Só para parecer bem na fotografia?! É que se é por isso, para além de não parecer NADA bem, só nos traz ainda mais infelicidade, frustração e miséria!
Não estou com isto, obviamente a fazer a apologia da imperfeição e do erro... mas se ele existe e é congénito, não há nada a fazer, senão aceitá-lo! Conheço mulheres para quem nunca nada está bem... e eu, em parte sou também um pouco assim, uma eterna insatisfeita! Só que se no meu caso, a minha onda de “infelicidade” me leva a remeter a votos de silêncio ensurdecedores para o mundo e catastroficamente sonoros e caóticos, dentro de mim, para outras é precisamente o contrário... tornam-se mulheres extremamente sonoras com os outros e profundamente silenciosas consigo próprias! Não querendo ser imprópria, nem generalista, nem infundada, mas provavelmente já sendo todas essas coisas juntas e mais algumas, parece-me a mim, que a infelicidade que mostramos ao mundo e o descontentamento que ele, mundo, lê em nós, demonstra apenas o desejo de reflexão, de uma voz e de uma opinião, que durante anos, séculos a fio, a sociedade nos negou! Daí, que, mulheres infelizes deste nosso Portugal, só nos cabe a nós trazer essa “infelicidade” a limpo, dar-lhe o devido luto e depois partir para a festa, que se esta vida são três dias, um deles o passado já levou!