quinta-feira, 22 de abril de 2010

Satus Report a 1000/h!


A operação ao meu sogro correu bem! Pelo menos por enquanto está tudo a correr de acordo com o previsto! Resta-nos aguardar pelos resultados da biopsia! Nos “entretantos” estamos por casa, vamos matando saudades da família e gozando cada dia como se do último se tratasse, porque se há coisa de que as nossas fragilidades de saúde nos fazem recordar é que não estamos neste mundo para sempre e que hoje é o dia certo para viver, aproveitar e fazer da vida o melhor que conseguimos e não o melhor que desejaríamos!
Voltarei em breve… desculpem a ausência, mas a ansiedade tem destas coisas: encurta-me as palavras e sufoca-me a criatividade!

P.S.- A Repolhita está bem… a transbordar de mimos dos avós e cada vez mais linda! Obrigada a todas que se preocupam! :D

"Croniquice d' o Tal" - HOJE no AO

Tenho várias amigas, colegas, conhecidas, que dizem não ter ainda encontrado “o tal”. Esse mesmo, o príncipe da vida delas, o seu amor para sempre! Essas mesmas amigas, colegas, conhecidas perguntam-me frequentemente como é que eu soube que o meu marido era “o tal” e eu respondo, para espanto de muitas, que na verdade ainda não sei! Mais, para ser totalmente sincera, acho que essa coisa d’ “o tal” é mais um mito urbano criado para instaurar o caos e a confusão e acentuar a insatisfação na vida de grande parte das pessoas, especialmente na vida das mulheres, mais propensas a deixar-se levar em contos de fadas e príncipes e fantasias do “amor para sempre”. Na verdade a minha concepção do amor é mais como a minha concepção da vida, a “gente” paga para ver e vai andando e vai vendo! Eu nunca pensei no meu marido como “o tal” ou a minha “alma gémea”, porque na verdade, devo confessar também nunca tive muito tempo para pensar nessas coisas. E eu acho que é mesmo assim, quando o amor é para valer, quando dois querem e dois dançam, as coisas acabam por acontecer de uma forma tão natural como respirar! A verdade é que respirar é essencial para nós, eu diria mesmo vital, mas reparem que se pararem para perder muito tempo a pensar naquilo que estão a fazer, respirar, acabam por ficar meio baralhados, vacilantes e acabam por se perder na vossa própria respiração, muitas vezes atrapalhando-se ao ponto de pensar por instantes que já não serão capazes de voltar a respirar com naturalidade. Para mim, o amor é mesmo assim, não se pensa, não adianta discuti-lo, não adianta analisá-lo ou estudá-lo, apenas se vive! A análise e estudo do objecto “amor” vem muitas vezes quando esse mesmo amor já está morto e pertence ao passado, para espanto de muitos que o consideravam ainda vivo! O amor não é fácil, mas mais difícil ainda é manter uma relação… porque se por um lado o amor é uma coisa natural, que surge como a própria sede, que aparece num momento das nossas vidas, tão imperceptível como o momento exacto em que adormecemos ou acordamos, as relações já são mais uma grande noite de insónias em que temos que nos forçar a dormir, temos que nos esforçar por relaxar, temos que nos concentrar e pensar que nem sempre vai ser assim, que cedo voltaremos às noites felizes de sonhos relaxados e felizes… nas relações o processo é o mesmo, esforço, concentração, respeito, muita paciência e fé de que nas fases menos boas e mais difíceis as fases boas nos darão alento para aguentar até à próxima, com a agravante de que numa relação ao contrário de uma insónia o esforço e a vontade de cumprir objectivos não pode ser só de um, mas tem obrigatoriamente que ser de ambos… porque meus amigos, maior verdade não há: “quando um não quer, dois não dançam!”.
Muitas amigas, colegas, conhecidas minhas, aquelas que alegam ainda não ter encontrado “o tal”, perdem-se tanto em reflexões e análises acerca do seu objecto amoroso, que frequentemente perdem hipóteses de “pagar para ver”, pura e simplesmente porque é mais fácil dizer que aquele não era “o tal”… e elas!? Serão elas “as tais” de alguém?! (Se é que isso existe?!) Pois… isso agora, talvez seja coisa que nem elas, nem eu, nem vocês nunca saberemos!
Outra coisa que acontece frequentemente é cair-se no erro crasso de se pensar que só porque uma relação está a passar uma fase menos boa já está condenada! Pois eu vos digo, meus caros, que é precisamente nas horas de “aperto” que se vê o quão unidos estão os dois numa relação, porque o “elo mais fraco” não quebra no “relax”, mas sim na tensão!
Hoje, o meu marido está a passar por, provavelmente um dos momentos mais difíceis da vida dele. E eu nada mais posso fazer, a não ser garantir-lhe que estou aqui, que pago para ver e que o amo muito: hoje menos do que amanhã!