sábado, 26 de fevereiro de 2011


A casa chega-se de uma só vez...

a todos os outros sítios, mais parece que chegamos aos bocadinhos!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

É dia de...

... fazer as malas e arrastar as pernas, com ou sem buraco, até ao Porto! Alé, Alé!

Short Briefing...


Os tratamentos diários são a torura na terra! E os quatro dias anunciados pelo médico, viraram duas semanas. Ter um buraco na canela da perna logo por baixo do joelho não é nada nice! Nada, nada, nada! Tenho dito!

De porquê em porquê não sei bem com quê - ontem no AO

Correndo o risco de isto descambar à partida, porque começar um texto seja ele oral ou escrito por “eu acho” é tão subjectivo como a sorte que nos cai no colo…aqui vai…
Eu acho que a minha filha é precoce. E acho isso, por várias razões, a primeira, e desde logo muito válida, é que nunca conheci tão intensamente nenhuma outra criança de dois anos, e assim sendo, nunca convivi com nenhuma criança desta idade tempo suficiente para estabelecer comparações mais científicas; outra razão é que em toda a bibliografia “pediátrica” que leio, em nenhum lado se fala na idade dos porquês antes dos três anos, três anos e pico…
Assim, foi com algum espanto que comecei a explicar os primeiros “porquês” à minha filha de um ano e meio. É que podem não acreditar, mas tardando ela em falar, quando começou, não tardou a bombardear-nos de “porquês”. Alguns mais perceptíveis que outros, uns mais inteligíveis e outros menos, alguns válidos e outros impróprios, mas nunca de somenos importância! Sim, porque eu sempre ouvi dizer que parvo não é quem pergunta, mas quem não sabe responder! Assim, e já com dois anos e meio de currículo conto algumas arrobas de porquês!
Tentei sempre responder. Algumas vezes de forma mais maternal “pôqué ténhu qui páxcola?!”, outras de forma mais cómica “pôqué meu pé xeia xulé?!”, outras com promessas vãs, porque também tem que ser, “pôqué num póxu cume xuculate aiora?!”. Mas confesso, que por vezes, a resposta custou mais a sair, fosse por embargo da mente “pôqué tenhu pêlux nax penas?!”, por total surpresa “pôqué eu num tenhu uma piuinha?!”, ou mesmo por não saber assim de rajada bem como “pôqué o tempo tá xinxento?!”.
Enfim, bem sei que isto são só os primeiros de muitos e variados “porquês” e admito, saber de antemão, que nem o Grande Livro dos Porquês me ajudará a escapar de alguns, quando ela já souber ler!
Os porquês denotam inteligência, no sentido em que a criança é capaz de verbalizar a sua curiosidade, na maior parte das vezes não esperando vê-la satisfeita pela resposta! Por isso, os porquês não me incomodam tanto pelas respostas que tenho que dar, mas mais porque me ocorre, que aquele cérebro tão tenro, já tem preocupações complexas. Para ser sincera, (e eu avisei que isto hoje já tinha descambado ao início), talvez ela não seja tão precoce assim, e eu seja ingénua ou inexperiente, mas a verdade é que ela por estes dias, se saiu com um porquê, a que eu (embora ciente de que qualquer resposta que lhe possa dar, lhe seja igual) confesso, não soube responder. A pergunta não foi complexa, nem a nível de léxico, nem gramatical, muito menos fonético ou pragmático, mas o porquê que me deixou sem palavras, foi um simples: “pôqué há mininus maus?!”. Pois… esse “poquê” malvado… de meninos, meninas, senhores, senhoras e toda uma complexidade de outros seres concretos ou abstractos, que nos infligem dor, deixou-me na ponta da língua uma conclusão tão trágica e redutora, que pura e simplesmente me inibi de a verbalizar, respondendo-lhe apenas “não sei”!
E agora, em jeito de apontamento mental, acho que vou gravar esta resposta para dar a mais alguns porquês, com que ela me venha a brindar… e se ela mesmo assim insistir, pode ser que leve com a velha máxima socrática (que é como um bom e velho vestido preto) com que nunca me comprometo… “porque eu só sei, que nada sei”!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Texto escrito a peganhar de mel...

A minha filha acredita que o seu cobertor cor-de-rosa (o bai-bai) tem propriedades mágicas, por isso, sempre que me vê agonizar de dores oferece-me esse conforto! Depois, atira beijinhos ao longe para o meu "dói-dói" e diz-me "já páxa", simulando uma carícia no topo da minha cabeça, e pergunta-me se já tomei os meus "remédicos" e se já tou "milhó". E isto, senhores, é puro mel para a boca! Assim, não custa tanto penar... vá, custa na mesma um bocadinho... mas menos, muito menos!
Estou ansiosa que ela chegue a casa! Apesar de saber, que quando ela chegar se acabou o descanso para a "perninha"... mas vá, para que quererei eu perninhas se não for para a acompanhar!? Ai esta bipolaridade da maternidade dá cabo dos nervos a qualquer uma! Ai dá, dá!

Tinha consulta às 18, fui atendida às 20... saí de lá às 22 com a perna dormente, um nó no estômago e um buraco na perna. O diagnóstico foi simples, mas indefinido, provável picada de bicho, que inoculou bactéria, que despoletou a infecção. A drenagem foi feita com anestesia local, e o resultado foi uma tez branca de cal e um frio que me ficou até às 24 horas!

Hoje, já com duas doses de antibiótico e quatro de anti-inflamatórios no bucho, estou deitada no sofá, com recomendações de repouso para a "perninha"!

Digam lá que não foi um serão inesperado para do dia de S. Valentim, para quem, como eu, adora surpresas, esta foi uma, indubitavelmente, inesperada ( e dolorosa também... e ainda dizem que "o amor é ferida que dói e não se sente"... Ó Camões, quem não se sente, não é filho de boa gente, pá!!!)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Le jour d'amour...


Um dia ainda vou perceber porque é que este dia me deixa sempre um tanto ao quanto desconfortável... até lá... continuarei na inocência de pensar que é a pressão de trabalhar o romantismo todo, num dia em que as manifestações de amor abundam, umas mais forçadas, outras mais forçosas e nem todas elas inteiramente desinteressadas!

Ainda assim, feliz dia de S.Valentim! Porque para se ser feliz, não é preciso desculpa! E para se amar e ser amado, não tem que haver dia marcado!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A propósito dos amigos… a falácia das redes virtuais! - no AO

(hoje nos Açores é Dia de Amigos!!!)
As redes sociais foram criadas sob o propósito de nos “aproximar das pessoas de quem gostamos”, de nos permitir com maior facilidade e sem sair de casa “ajudar a partilhar e comunicar com as pessoas que fazem parte da nossa vida”. As redes servem para nos sentirmos próximos dos nossos amigos, coleccionando-os por foto no “livro das caras”, anexados a gostos literários, de filmes, de locais, de acontecimentos e de mais uma mala cheia de coisas, mas a verdade, é que quanto mais próximos estamos das “redes”, mais presos à falta de contacto real estamos. Eu sei do que falo, porque cedo me deixei encantar por aquele que foi o primeiro mecanismo de troca de “contactos” virtual, o ditoso IRC, ou mIRC, que nos fazia ficar horas, numa fila à porta da sala de multimédia da faculdade e depois mais uns tempos à frente do PC a “teclar” sob pseudónimos e personalidades virtuais, na esperança de “fazer amigos”. E “fazer amigos” no IRC foi coisa que, de facto, nunca fiz. Teclei muito, começando sempre pelo famoso “ dd tc?” e deixando-me alargar em “lol’s” sem fim e os famosos e tão actuais sorrisos “J”. A verdade é que, passado aquele primeiro amor de paixão pelo mIRC, logo me fartei e cedo percebi que os contactos “cara-a-cara” são muito mais reais e valiosos, ainda que nem sempre genuínos, os mais falaciosos são quase sempre mais fáceis de identificar em presença! A verdade é que a velha máxima do “não podemos viver com elas, não podemos viver sem elas” se adapta na perfeição à relação que nós, indivíduos do século XXI, estabelecemos com as redes sociais, uns mais para “fazer amigos”, outros mais para “procurar relacionamentos”, outros por puro prazer, lazer ou por “handicap profissional”. Bom, nem tudo é mau nas redes sociais, aliás a única coisa má, acho eu, é mesmo a falácia do princípio da sua criação, que nos induz a todos em erros fatais, como os de pensar que se consegue manter uma amizade só através da partilha na rede, ou que uma mensagem de aniversário no nosso mural, compensa a falta que faz um abraço ou cinco minutos na companhia de quem está no “catálogo” dos nossos amigos! Eu, que pertenci à, provavelmente, última geração que ainda brincou na rua até à noite, que andava de bicla pelo bairro sem supervisão dos pais, ou capacete na cabeça, sei o quanto me valeram essas aventuras de exposição social e interacção cara-a-cara, sem ecrãs pelo meio, nem tratamentos de imagem… e tudo a acontecer em tempo real, ao improviso. E agora, enquanto mãe, o meu medo é que estejamos a criar uma geração de futuros adultos, que nos digam que vão chegar atrasados a casa através de sms, com a mesma facilidade com que nos comunicam que vão casar ou ser pai através do facebook, e se esqueçam que os valores reais estão e estarão sempre acima dos virtuais, que a convivência de amigos não pode, nem deve nunca ser trocada pelo “chat” virtual, com risco de se perder a verdadeira essência do contacto humano e de cairmos na utopia de se pensar que a vida real é a paralela da virtual! E que a vida real é, à semelhança da virtual, tratada e pensada, comercial e “sempre como a gente quer”!
Amigo, que é amigo, não nos deixa mensagens no Facebook… passa antes lá por casa, faz o esforço, apanha frio e passa connosco uns momentos em amena cavaqueira, perguntando-nos como estamos e tendo tempo para ouvir a resposta! É que, enquanto estamos sentados à frente do PC, perdemos coisas reais, que podem ser bem menos polidas, ou menos tratadas esteticamente, mas também são mais genuínas, únicas, personalizadas e com fins bem mais lucrativos e menos comerciais!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

E já agora...

imagem daqui

... com quantas adversidades se realiza um sonho?!

Com quantos pormenores se faz uma vida?!


... depende das vidas! A minha está cheia deles. Todos eles importantes, imprescindíveis e indispensáveis. Os pormenores são um pouco como aquele candelabro de cristal, que vislumbrei através de uma janela de um dos muitos casarões que vi em Veneza... e se me perguntarem a mim, aquele pormenor é um dos muitos, que faz TODA a diferença!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

E agora, para três notícias absolutamente espectaculares...


Alerta de "piolhos" na residência oficial do primeiro-ministro britânico
Internacional 2011-02-04 17:52
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, alertou hoje os visitantes do número 10 de Downing Street, em Londres, residência oficial do chefe do Governo britânico, para a possibilidade de apanharem piolhos.


"Novos hábitos sexuais" aumentam número de jovens com tumores orais
Nacional 2011-02-04 07:27
Há cada vez mais jovens a dar entrada nos serviços do Instituto Português de Oncologia (IPO) com cancros orais. São doentes oncológicos vítimas de “novos hábitos sexuais”: sexo oral com vários parceiros.


e AGORA, o prémio Notícia do Mês, vai para:


"O parlamento do Malaui tem agendada para debate a partir de segunda-feira a criminalização de manifestações públicas de flatulência.
O ministro da Justiça e Assuntos Constitucionais, George Chaponda, deu um claro sinal de que leva a questão muito a sério ao afirmar, citado pela agência sul-africana SAPA, que “o governo tem a obrigação de garantir a decência pública e de introduzir ordem no país”.
Chaponda considerou que o mau hábito de libertar gases intestinais em público é uma consequência direta da democracia, sendo, em sua opinião, necessário que as pessoas aprendam a “controlar a natureza”.
“Este hábito não existia nos tempos da ditadura porque os cidadãos temiam as consequências, mas desde que o país abraçou a democracia multipartidária há 16 anos as pessoas começaram a sentir que podem libertar gases em qualquer lado”, referiu o ministro da Justiça, que propôs a criminalização.
O Partido Democrático Progressista, ao qual pertence o ministro, parece levar o assunto tão a sério como o próprio Chaponda e está disposto a usar a sua maioria parlamentar para aprovar uma nova lei que torne ilegal a flatulência.
Uma lei dos tempos da ditadura já ilegaliza aquele ato mas as autoridades não a fazem cumprir.
A legislação, ainda em vigor, estabelece que “qualquer pessoa que vicie a atmosfera em qualquer lugar e com isso torne nocivo o ar para as pessoas em geral que transitam ou trabalhem na vizinhança ou na via pública será considerada culpada de delito de menor gravidade”.
Apesar da sua firmeza, o ministro da Justiça já assegurou que a nova lei, a ser passada, manterá o estatuto de “menor gravidade” para o crime de flatulência pública.
O Malaui é uma sociedade conservadora, que ao longo dos anos proibiu uma série de comportamentos considerados aceitáveis na maior parte dos países africanos, como o uso de calças e mini-saias pelas mulheres e homens de cabelos longos. " @ LUSA


Por isso, já sabem... controlem os impulsos e pensem duas vezes antes de dar um pulo a Downing Street, onde algo vos pode pular para a cabeça, ou a Malaui, acho que essa infracção ficava um bocadinho mal no vosso registo criminal! LOL


BOM FIM-DE-SEMANA


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Lusos em vias de extinção - HOJE no AO

Quando neste país se perceber que não vale a pena falar de crise e falência do estado social, se não se prestar atenção à própria sociedade em si; que não adianta de nada pensar novas políticas da Educação se não se pensar nas crianças, e que não lhes vale de nada pensar nas crianças, se não pensarem nas famílias também… mais, que não há famílias se não existirem incentivos, facilidades, compreensão, então talvez os cortes façam mais sentido e as “políticas” ganhem razão de ser! Porque até lá, aquilo que se faz neste país é promover a extinção de um povo, que de um filho e meio passará a uma média de meio filho por casal, e como meio filho não existe, passa a ser nenhum.
Os lusos darão em breve uma de dinossauros e o cometa da evolução global leva-nos todos pelo ralo e não há FMI que nos valha. Ou seja, se não se pensar com urgência nestas questões, nas pessoas, nas famílias, de uma geração de mulheres que faz ginástica de cintura para manobrar empregos e filhos e maridos e coisas, passamos a uma geração de coisas, pura e simplesmente!
Não existe sociedade sem família, por mais “disfuncional” que seja, porque se há coisa em que eu não acredito é que existam famílias “funcionais” (nomenclatura engraçada para nos fazer caber todos na dita “normalidade”, que tanto conforto traz a quem nos vê como pontinhos num gráfico). Não acredito que muitas mulheres se sintam inspiradas nos dias que correm, para viver o sonho de um amor e uma cabana, sete filhos no chão e meias e batatas para coser e cozer e comer e comer! Enfim, nem homens, por sinal, que desta utopia partilhem, que não há pachorra para Neandertais que só pensem na descendência sem olhar a comos nem porquês!
Penso que estamos a caminhar a passos largos para o fundo do pico demográfico da nação… o que não deixa de ser curioso, porque o que seria de esperar é que com tanta desgraça e asneira, que passa na televisão, se vissem menos telenovelas e se fizessem mais filhos! Mas graças à Dona Contracepção, o povo lá se vai libertando sem libertar infantes indesejados!
Desculpem a acidez que destilo, mas molhem-na num pouco de ironia e destilem-na com sarcasmo que desce num instante. Nem Camões, de pala no olho, podia fazer de conta que não via o estado em que isto está… neste jardim à beira mar plantado, outrora face da Europa, que toda ela ruborizada se esconderia se tivesse mãos para tal.
Quando se ergue a bandeira em prol dos direitos do Homem, da igualdade de direitos e se vai por esse mundo fora propagar a ilusão, como quem espalha a fé cristã, deixa-se o caos instalado em casa!
O quê, vocês não me digam que não conhecem nenhuma mulher que não tenha sido prejudicada na sua carreira profissional pelo simples facto de ser possível portadora de um rebento, e mesmo não fazendo tenções disso, seja preterida em detrimento de outro espécime de género inverso, só porque vem apetrechada com equipamento para tal. Faça-se luz na cabeça dos menos iluminados, que nem todas as mulheres querem ser mães e que nem todas as mães querem deixar de ser mulheres (de carreira)! Dito isto, em tempo de crise, o preconceito é rei e quem paga é quem não devia, a família. Pagam mães, mulheres, pagam filhos, pagam homens, pagam pais e pagamos todos nós, que se não somos todas estas coisas, somos pelo menos delas um quarto!
E é isto que acontece quando se corta na Educação e educação de um país… corta-se em tudo aquilo que de mais basilar e essencial uma sociedade tem… a sua força vital… corta-se no investimento nas pessoas. E quando se corta nas pessoas… deixa de haver onde se cortar mais! E depois!? Depois sempre quero ver quem cá fica para fazer “política”!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Contra a neura...



... um dia com tudo de bom.