quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O meu "ursinho" bravo!


A minha filha com 15 meses, fresquinhos, fresquinhos e feitinhos hoje, está a passar uma fase de mutação! Nos últimos dias, chega a casa perdida de sono, com uma neura, que não se aguenta. Quer comer sozinha e pinta-me as paredes e a casa, com tudo o que é sopa e papa de fruta, ao mesmo tempo que polui o ar com os seus berros e guinchos e choros sem lágrima, sequinhos como a pele de um crocodilo ao sol! BIRRA! E que birras que têm sido! Eu, impávida e serena, sigo à risca o manual, que diz para não dar importância... para não fazer caso, para lhe mostrar que não se faz assim... mas a verdade é que tenho momentos em que sinto uma palmadinha prestes a sair-me da mão... Controlo-me, só porque sei que não ia resolver nada... ao que dizem, ela é pequena demais para perceber! E lá tenho eu passado, os meus finais de dia, cansados e transpirados, com ela neste estado... pensando de mim, para comigo, que nos últimos dias, ser mãe não tem sido nada divertido!

Vantagem das vantagens... ela tem chegado a casa morta e por volta das oito horas já está a pedir para ir para a cama. Coloco-a no carrinho e quase sem embalar ela adormece! Já vamos nisto há três dias e o meu marido já não a vê há dois, porque sai antes de ela acordar e chega quando ela já está a dormir.

Ontem, ao chegar a casa, o pai babado e ansioso, depara-se comigo na banheira e com ela na cama... “Já tenho saudades dela!”, lamenta-se ele. “Eu também...”, suspirei entre dentes, “é que aquela criatura a quem dei banho e de comer há minutos atrás, não era a minha filha!”. Ele, olhou-me de soslaio e sorriu!
Ela muda este mês de sala na Creche. Da sala das “Cegonhas” passará para a dos “Ursinhos” e a verdade é que, com tanto berro, guincho, empurrão e mordida, à excepção do pêlo fofinho e das orelhinhas redondas, nada me parece mais adequado para ela!


Ai, que ser mãe é dose!