sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A pedido de muitas famílias... ou uma só, a minha. Mais particularmente do meu marido, que prima em tudo o que é bom e teimosia. Decidi hoje fazer-lhe a vontade e colocar as Crónicas Semanais, que escrevo para o jornal Açoriano Oriental, aqui, à Vossa Mercê, para Vosso bel-prazer ou mal dos vossos pecados! Isto, tendo em consideração, que mentes mais distraídas da menção e link lateral deste blog, de acesso directo às mesmas, possam ter algum interesse em ler as “baboseiras”, de muito boa qualidade, claro está, que todas as quintas-feiras os Açorianos, meus amigos e vizinhos têm à sua disposição no jornal diário mais antigo de Portugal!

A quem de interesse, aqui fica a leitura de fim-de-semana e a carantonha com a qual me apresento todas as semanas, que se escusa de opiniões vossas, sendo que quem me conhece em pessoa diz que estou irreconhecível...

Boas Leituras!

Crónica Inaugural – Açoriano Oriental – 09.07.09

“É um mundo cruel, este que se pisa debaixo de tacões de salto alto! E não, não me refiro só às ruas de paralelos e de inclinações duvidosas. É difícil caminhar de costas direitas, quando se traz um filho ao colo, de cabelos ao vento, base aplicada, gloss nos lábios a agarrar tudo o que voa e decote entortado pelo peso da carteira que se carrega aos ombros, cheia de tudo aquilo que sempre é preciso carregar, juntamente com um filho.
Desengane-se quem neste século ainda pensava que ser mulher agora é bem mais fácil do que o foi em tempos! As mulheres de outros tempos nunca conheceram dificuldades de mini-saia travada em escritórios cravejados de mentes pensantes, nem mundos profissionais, embelezados por homens, que se vêem entre travessas meias e pernas cruzadas com mulheres igualmente funcionais, belas e ambiciosas!
Cruel é manter uma vida profissional de sucesso, juntamente com uma vida pessoal realizada. Uma casa organizada, marido e filhos felizes, bem alimentados, limpos e mesmo assim, ter tempo para se alimentar e limpar a si própria. Não há pó-de-sol, que aguente tantas horas de vida doméstica e corre-corre atrás de uma realização profissional, que se vislumbra cada vez mais ao longe, cada vez mais inatingível.
Mas qual Fénix renascida, lá acordamos todas nós, por essas manhãs fora, cheias de força e esperança, não fôssemos nós o Sexo forte num mundo de fracos. Um mundo de Século XXI, tecnologias 31 e velocímetros a 200/h. Mulheres a 1000/h, que saltam da cama todas as manhãs, com esperanças renovadas de que hoje tudo vai ser diferente! E de um dia para o outro somos mães, e de um dia para o outro somos esposas e depois deixamos de ser. E de um dia para outro somos magras e depois nem tanto assim. E nós lá vamos, por essas ruas, no nosso melhor modelo, pensamentos ao vento e sorriso nos lábios. Se um dia, por uma dessas ruas, virem uma mulher de tacão partido a colar o buraco da meia com verniz, não pensem que é louca, é só mais uma a tentar fazer o seu melhor, mesmo quando a vida lhe apresenta aquilo que tem de pior! É que é difícil caminhar num sapato de tacão partido, mas é imperdoável ter um buraco na meia e deixá-la romper por todo! Para bom entendedor…”
E a Crónica que falta na NET,

Crónica 4ª - Açoriano Oriental - 29.07.09

"Se uma mulher levanta a voz, é histérica. Se diz a sua opinião, sem ligar a politicamente correctos, é alienada e desbocada. Se uma mulher fuma, é devassa. Se uma mulher dá um murro na mesa, é masculina. Se uma mulher se recusa a ter filhos, é insensível. Se um homem faz tudo isso e ainda por cima bebe cerveja, enquanto coça as partes íntimas e acaba a emitir sons do interior, que lhe saem cavernosamente pela boca... é um tipo às maneiras, que sabe o que diz e não vai em tretas!
Se uma mulher concorre a um emprego, perguntam-lhe logo se tem planos de constituir família, onde se vê daqui a cinco anos e se está disposta a abdicar de tudo isso em nome de uma carreira. Se uma mulher vai ao mecânico, das duas uma, ou ele a ignora e se dirige ao homem, que a acompanha, ou ele lhe fala como se ela tivesse 10 anos e depois cobra-lhe uma conta, que ela só paga, quanto tiver 60! Se uma mulher deixa o filho com o marido, para ir ao cinema ou trabalhar até mais tarde, é uma desnaturada, que não sabe ser mãe e não tem moral! Se uma mulher conduz como o Schumacher, e se recusa a ser tomada por lorpa na estrada, é uma louca desgovernada, que um dia acaba mal. Se um homem faz tudo isso... é um gajo normal.
Se um homem toma conta dos filhos, das lides domésticas e ainda assim tem tempo para o seu desporto favorito e amar e respeitar a sua companheira, é gay, amaricado, só pode! Se um homem não percebe nada de desporto, nem gosta de carros, nem futebol, é fraco! Se um homem arranja as unhas, cuida do seu aspecto, é metro sexual, com a mania que é o Cristiano Ronaldo. Se uma mulher faz tudo isso... é tão gaja, que mete nojo!
Se um homem vai às compras e gasta o saldo inteiro, foi loucura temporária, mas era porque tinha mesmo que ser. Se uma mulher faz isso, é uma gaja normal, com a mania das compras e da moda! Se uma mulher, não suporta ir às compras, nem sequer no Natal, é uma aberração, não existe, só pode ser homossexual!
Feminista? Cruzes, Credo... para longe, que isso é lá coisa de se ser neste século!
Machismo? Ai, mulher que raio de palavrão... isso já não existe!
É por estas e por outras, que a história do Pai Natal me parece tão mais verdade do que o fim da Guerra dos Sexos.
"
As outras, estão à Vossa disposição no site do jornal, AQUI...

Zézinho na Visão...


Afinal ele também é gente... Também veste blusão de ganga e já teve o péssimo gosto de usar relógio dourado no pulso! Devo dizer de resto, que as brancas lhe ficam bem e lhe dão um certo charme! Não estão a ver quem é?! Eu também não estava... segundo a Visão é o "Zezito", aqui para a plebe é o nosso Primeiro com nome de filósofo, aquando do nascimento do seu primeiro filho!

Praticamente irreconhecível... achei piada e resolvi partilhar! ;)

BOM DIA!


... e já agora, alguém sabe onde se vende um chazinho de “paciência” para “mim” aguentar o dia?!