terça-feira, 6 de outubro de 2009

Escolhi usar o coração...


Podia dizer ou escrever tanta coisa acerca dos últimos dias... aqueles em que não escrevi, aqueles em que não trabalhei, em que estive em casa, em que a minha filha esteve doente, em que fui ao médico, pediatra, hospital, aqueles dias em que soube que na creche da minha filha já há 3 casos de Gripe A confirmados, aqueles em que fiquei sem lavar o cabelo, por pressa, pressão e falta de tempo ou pachorra! Havia muito para dizer acerca do meu cansaço, da minha exaustão, da minha preocupação e níveis de stress, levados aos píncaros nestes últimos dias. Podia escrever acerca das minhas 4 faltas ao mestrado na semana passada. Podia falar da minha desmotivação e sensação de vazio, da solidão por que passei e do medo que senti, por ter a saúde da minha filha nas mãos... 24, sobre 24 horas...
Mas, assim de repente, só me lembro das provas de amor e resistência, que me deram esta última semana... a minha recente e pequenina família. Também vos podia falar disso! Da paciência, da determinação, do amor, das novas palavras, que a minha filha aprendeu... colo, meia, sapato... podia escrever acerca das milhentas sensações que me passaram pelos nervos na semana que passou... podia... mas não vou fazer nada disso!
Podia dizer que continuo com medo, de uma recaída, de uma quarta virose, das futuras doenças. Podia confessar aqui mais um segredo... podia confessar que a minha vida pára cada vez que ela está doente! Podia confessar que só tenho forças para aguentar tudo isto por ela, por ele... podia dizer-vos que ela é um “doce” e ele um “salgadinho”. Que são os temperos da minha vida e que nada mais interessa.
Acho, que “estar de esperanças” não se devia só aplicar ao estado da mulher grávida, mas mais ainda ao estado de toda e qualquer mulher que é mãe... Porque ser mãe é isso mesmo, um permanente “estar de esperanças”: que eles cresçam, que engordem, que sejam saudáveis, que falem, que sejam felizes, que sorriam, que nos amem... e eu, enquanto mãe, espero esperançosa, por todos os novos testes e desafios, que esta minha maternidade me trouxer!


P.S. – Não que seja muito crente, mas já sendo... parece que este mês me rogaram um valente de um mau-olhado! Ora façam favor, suas alminhas “más olhadoras”, de olharem agora um bocadinho para outro lado qualquer, que aqui a “je”, já teve a sua dose!
A Gerência agradece!