quarta-feira, 22 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Favor atentar na imagem...

Como ser um adulto "crescido" mas ainda assim feliz

A idade definitivamente não traz só coisas más… aliás, até um certo ponto e, caso a saúde e o dinheiro nos acompanhem, a idade traz-nos coisas maravilhosas, que superam em larga escala a rigidez muscular dos vinte, os devaneios apaixonados dos dezoito e a irreverência abrupta e lunática de pensar que o mundo gira só para e por nós da adolescência!
A partir de uma certa idade, que pode começar aos trinta ou mais tarde, dependendo também da maturidade de cada um, começa a perceber-se que, à falta daquela energia e adrenalina louca e nervosa dos verdes anos, muitos outros tipos de prazer superam com grande estilo a barreira do lado B da meninice.
É verdade que com tanta obrigação, responsabilidade e dever, o adulto pode tornar-se por vezes no ser mais enfadonho da terra, mas, por outro lado, nada é mais compensatório do que os momentos em que os “crescidos” se conseguem ver livres das amarraras da sua “maior idade” e se deixam levar pelos prazeres aprendidos, adquiridos, cultivados, ou revalorizados… como aproveitar um bom momento em toda a sua plenitude, degustar um bom vinho, provar uma delicátesse gourmet, lambuzar-se com um bom prato de carne assada na lenha, ou um peixinho acabado de pescar no mar, levado ao forno ao sal, com as especiarias certas, as ervas certas, os temperos e os acompanhamentos certos! Sim, sem dúvida, estou certa que o refinar do palato é uma característica apenas ao alcance de mentes maduras. Assim como, o desfrutar de uma boa música, sem ter que fazer pose, ou coro, ou fingir que se sabe a letra só para ficar bem na fotografia de grupo! Sim, estou certa que só a partir de determinado momento nas nossas vidas somos capazes de nos assumir em tudo o que temos de bom e tudo o que temos de mau, como únicos, singulares, sem nos querermos identificar com alguém, medir com alguém, ser igual ou melhor do que alguém!
Acho, e penso que não me engano, que não se consegue falar de gosto e refinamento antes dos vinte, pelo menos, não no verdadeiro sentido destes dois conceitos, naquilo que se prende com a genuinidade, individualidade e intransmissibilidade que estes conceitos comportam! Ninguém compreende verdadeiramente Pessoa aos 16, assim como ninguém é capaz de “viver” um amor sereno aos vinte e dois!
A idade nunca foi para mim algo importante, até ao dia em que deixei de fazer anos e comecei a acumular décadas. Uma, duas, três… poucas, ainda… mas significativas! A primeira de menina, a segunda de miúda, a terceira de mulher!
Coloquei esta semana um ponto parágrafo na minha crise da viragem para os trinta… no preciso momento em que o meu marido me entrou porta adentro com um cesto de legumes da horta, oferecido por alguém amigo, e eu gritei vivas de contente! Não há jovem que consiga rejubilar com um cesto de brócolos, alface, cebolas, curgete, feijão verde e uma couve-flor… não há, não há! Assim, assumi a minha maturidade, celebrando-a com uma panela de sopa… depois, deitei-me no sofá com o meu pior pijama e vi o noticiário das oito, de fio a pavio… e lá se foi a teoria do refinamento adulto… mas nem tudo são rosas, na contagem decrescente para o meio século! Oxalá, nos “entretantos”, vá descobrindo mais uns prazeres da idade adulta, sem prejuízos, nem preconceitos e de preferência, com melhores pijamas!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu sabia que este dia ia chegar...



... o dia em que eu ia rejubilar quando me oferecessem um cesto de vegetais e legumes da horta, fresquinhos e viçosos, com ar de acabadinhos de sair da terra! Aliás, ia jurar que algo em mim mudou, no momento em que os comecei a partir e lavar e preparar para enfiar na panela da sopa!


Definitivamente, eu sabia que este dia ia chegar... só tenho pena, que isto também seja sinónimo de velhice, pois a sabedoria alimentar e o refinar de palato, só chegam com a idade madura!


Uma pescadinha de rabo na boca, portanto!

sábado, 11 de junho de 2011

domingo, 5 de junho de 2011

Nos Açores...



... está feito!
E o resultado foi muito positivo! Nem muitas nem poucas crianças, muitos sorrisos, algumas gargalhadas, mas acima de tudo, a consciência de que foi um "bom bocado"!
Assinei livros, todos quiseram dedicatórias (e bem longas de preferência), para as personalizar, fui perguntando aos mais pequenos aquilo que eles mais gostavam no mundo todo... desde animais a família, brincar ou trabalhar (sim, também houve quem me dissesse isso), todos me surpreenderam pela sua energia, positivismo, equilíbrio e extrema maturidade... fiquei com a certeza renovada que as crianças são muito mais perspicazes e inteligentes do que aquilo que muitos "crescidos" julgam que elas, de facto, são!
Foi uma alegria! O culminar de uns tempos atribulados, rodeados de ansiedade, que se resumiram a uma enorme satisfação da minha parte, por perceber que, de verdade e sem "rodriguinhos", todos os presentes gostaram muito do conto, da ilustração e das surpresas que organizei para eles... balões, crachás, pinturas faciais e um Mickey, que foi muito amado e muito odiado!!! LOL Muitas surpresas portanto! Para todos!
Artzinha, "si prépara", estou quase em casa e conto contigo para o próximo! :D

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O link para a entrevista da "Maria" na tsf... http://www.acorianooriental.pt/noticias/tsf/


(favor ouvir "Agenda Cultural Cristina Pires 3 de Junho")

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Hoje vou estar aqui meia horita...


...a partir das 8 horas açorianas (9 da matina em Portugal Continental)...


A falar da Maria, claro!

Findas as actualizações...

Já vos falei destes bebés?!

=)

E há três semanas no AO (ai ai!)

Mentirar

Acho piada que nos últimos tempos toda a gente reclame pela verdade como pão para a boca! Aliás… sempre achei piada a esta ambiguidade que se vive em relação à forma como encaramos a verdade, a necessidade que temos dela e o modo como lidamos com ela! As verdades são na maior parte das vezes inconvenientes e pouca gente tem “estofo” para lidar com elas! Especialmente numa cultura, como aquela em que estamos imersos em que mais facilmente aceitamos uma mentirinha de conveniência (ainda sabendo que não deixa de ser mentira), do que uma verdade dita assim, a nu, sem recato nem pudor! Vejamos, se um amigo nos convida para um jantar num dia em que não vinha mesmo nada a calhar, porque estávamos com vontade de nos arrastar pura e simplesmente do sofá para a cama e da cama para o sofá, entre telenovelas e séries parvas com roupa de casa e o cabelo por lavar, quantos de nós terá a destreza de se desembaraçar do convite sem recorrer a uma “mentirinha simpática”?! Pois… talvez, tantos quantos de nós acreditam que isso não é mesmo uma mentira e que somos as pessoas mais frontais ao cimo da terra! Ou tantos quanto aqueles que resistem à tentação da mentira e aceitam malogrado o convite, comparecendo e mentindo-se a si próprios, tentando iludir-se com esperanças de que talvez até tenha sido bom irem… ao menos não mentiram a ninguém!
Poucos são os que entre nós dizem sempre a verdade e toda a verdade! E são também esses os que são encarados como mal-encarados, loucos, egoístas, parvos, idiotas, “inconvenientes”… Desde que a moda do “politicamente correcto” pegou entre nós, poucos são os que entre nós conseguem resistir a estas mentirinhas de pantufas em prol da boa convivência! O problema é que nos enganamos mais a nós, do que enganamos os outros… e acabamos por nunca nos mostrar genuinamente como somos, mesmo quando nos assumimos como os mais genuínos, os mais frontais, os mais directos!
Português, que é bom português, gosta de dizer a alto e bom som que gosta é de pessoas frontais, directas e sem grandes “salamaleques”, mas depois, quando apanha um espécimen destes pela frente, não sabe o que lhe fazer… e as ganas que lhe dão são de o fazer calar! As verdades são incontestavelmente inconvenientes! Claro que toda a gente prefere acreditar que somos todos extraordinariamente civilizados e simpáticos e altruístas e genuínos… mas poucos de nós o são de facto em todas as áreas da sua vida! Senão vejamos que, a própria “máscara” profissional que todos os dias vestimos a umas “mentirinhas” nos obriga! Eu não atiraria a primeira pedra! Mas se em alguns campos, a mentira acaba por ser a única forma de sobrevivência e convivência salutar, outros campos de relacionamento ou sociabilidade existem em que a mentira funciona mais como a ferrugem… vai corroendo, corroendo, até quebrar e arruinar por completo o metal, por mais resistente que seja!
Cá por casa, a mais pequena aprendeu a semana passada o significado de mentira… e agora, acusa-nos frequentemente de estarmos a “mentirar”. E a verdade é que o fazemos por vezes, alegando que é para a poupar, ou para que ela cumpra aquilo que é esperado, ou para abrilhantar com pozinhos de perlimpimpim um mundinho assim! A mentira é tentadora, principalmente quando se veste toda ela de bons princípios ou de boas intenções… mas não deixa de ser mentira! É um combate inglório este da luta contra a “mentirinha” ou a “não mentira”, principalmente porque há quem faça dele modus vivendi e norma de convivência! E agora pergunto-me eu, como se ensina a um adulto, que uma meia verdade não deixa de ser mentira?!

Semana passada no AO... (mil perdões!)

Eu não sou uma pessoa pontual, entenda-se, não é que faça questão de não o ser, mas na maior parte das vezes não o consigo ser! Ainda assim, sou tão responsável ao ponto de ter consciência da minha impossibilidade quase nata para ser pontual, que na maior parte das vezes, aviso com a devida antecedência da minha possível falta de pontualidade. A minha pontualidade é por isso marcada por anunciar a minha falta de pontualidade em pelo menos 5 minutos, mas que pode ir até aos quinze, em casos extremos!
Quando realmente consigo cumprir com a minha pontualidade, sinto-me orgulhosa, mas um pouco menos eu, assim, acabo por me ‘atrasar’ na mesma, inventando uma ida ao WC antes do momento “h”, ou uma qualquer actividade para “encher de chouriços” até aos cinco minutos de falta de pontualidade da praxe!
Se estão a pensar que isto não abona muito a meu favor enganam-se, porque pelo menos eu tenho consciência desta minha falta de potencial para ser pontual, admitindo-a e comunicando-a com a devida antecedência… assim, na prática eu até consigo ser pontual, dentro da minha tolerância de relativo atraso, que sendo comunicado e cumprido, não engana ninguém!
Talvez por isso eu seja tão intolerante em relação à falta de pontualidade dos outros, e deteste quando me dizem “estou mesmo a chegar”, quando de facto ainda estão a sair da cama, ou “demoro uns cinco minutos”, quando acabaram de se sentar para almoçar!
Pior do que quem erra e tem defeitos, é quem é cego para com os seus e tenta fazer dos outros tolinhos, por verem neles uma tremenda falta de carácter!
Sou particularmente crítica em relação a atrasos não justificados, pois demonstram um total desinteresse pela pessoa que paga a nossa falta de pontualidade com a sua perda de tempo, mas tendo consciência desta característica lusa, comum a quase todos os habitantes da península e ilhas, tenho uma tremenda capacidade de aproveitar o tempo durante os atrasos de quem espero… arrumo a carteira, faço uns telefonemas oportunos, consulto a caixa de email leio um livro, penteio o cabelo, tomo um café, leio um livro, revista, panfleto ou o que tiver à mão… enfim, não gosto de atraso, não os tolero, mas tenho que os aturar frequentemente, por isso, lido com eles!
Infelizmente, pior do que os atrasos são as faltas de comparência, ora, aí está algo de que não peco, porque em caso de impossibilidade de comparência faço questão de o comunicar prontamente. Assim como, não costumo esquecer-me dos meus compromissos, daí que me custem horrores tolerar quem se esquece dos seus. Com esse tipo de pessoas sou mesmo implacável e pago-lhes com luva branca, engolindo em seco e mostrando carácter suficiente comparecendo atempadamente a todos os outros futuros compromissos, fazendo questão de lembrar a pessoa disso mesmo. Mas acho que não me serve de nada… sabem porquê?! É que ele há atrasados que são mesmo incorrigíves…

Hoje no AO

Ontem comemorou-se o Dia da Criança e a propósito disso…
Criar um filho na sociedade actual, para lá de um desafio intelectual de grande exigência, um exercício de cálculo financeiro diário, um abdicar do egoísmo e da individualidade constantes pode ser acima de tudo um verdadeiro teste às nossas convicções éticas e morais. Senão porquê analisemos à lupa, mas na diagonal, a sociedade onde nos inserimos e para a qual criámos, formámos, educámos, mas nunca preparamos os nossos filhos… isto porque, ela nos surpreende diariamente!
Vou tocar num assunto mediático, que levanta opiniões ferozes, mas controversas nos dias que correm… esse mesmo, o caso da jovem de 13 anos, filmada por outros jovens, enquanto era agredida por duas outras jovens, um pouco mais velhas. Vou tentar não ser muito parcial, mas já o sendo, considero enquanto indivíduo social, aquela violentíssima agressão um atentado contra tudo aquilo que defendo; e enquanto mãe, uma atitude selvática, amoral, desnorteada e descontrolada, por parte de todos os jovens envolvidos. Pois bem, deixei a minha parcialidade perdida algures na terceira linha deste parágrafo, mas serve a contradição o propósito de demonstrar a minha indignação e choque quando penso que podia ter sido a minha filha a agredida, ou a agressora… e isso choca-me igualmente em qualquer uma das hipóteses… porque os agressores também são filhos de alguém… e assim, enquanto mãe, apresento-me perante o dilema moral de cair na tentação de educar a minha filha como uma pequena “sacaninha” preparada para estas violências e agressões, para que não a choquem, nem afectem, como me chocam e afectam a mim, com a consciência de que nem que quisesse conseguia dar uma educação espartana a uma criança. Assim, encontro-me perante o dilema ético de, por vezes, só por vezes, questionar as razões porque educamos os nossos filhos com tanto peso e medida, quando sabemos que o que menos há por esse mundo fora é isso mesmo!
A juntar-se a este caso mediático temos agora o de uma outra jovem, cortada várias vezes com um x-acto. Acto que para além de ainda mais violento, me parece mais doentio… e agora eu pergunto-me… para quê?! Para quê tanto investimento, tanta preocupação, quando há coisas que pura e simplesmente nunca poderemos prever, antecipar, compreender… e assim, vamos transmitindo aquilo que nos transmitiram a nós, na esperança de que isso chegue, de que isso baste, como nos bastou a nós. Como nos bastará ainda. Mas com tanto caso, mais ou menos mediático, de violência, de falta de senso, de razoabilidade, de educação, começo a ficar cada vez mais preocupada, com a sociedade que estamos a criar, com a noção clara que a violência sempre existiu e irá existir, mas também com a certeza que a maldade do século XXI é de um refinar tal, que na maior parte das vezes pensa que pode sair impune, imaculada de todos os seus maus actos. E não falo agora só da violência entre os jovens, mas da forma como nós vemos diariamente uma série de actos incorrectos, amorais, criminosos, passar impunes, intocáveis, inimputáveis.
Onde há crime, deveria haver castigo. Caso contrário, toda a lógica do bem e do mal deixará de fazer sentido. Assim, se já é difícil um dito “crescido” entender, porque é que “os maus” às vezes também saem impunes, imaginem lá traduzir isso em linguagem infantil. Directa, objectiva, literal. Onde tudo tem que ser preto ou branco e o cinzento é difícil de se fazer ver. Criar “pérolas para porcos”, perdoem-me a dureza da expressão, mas às vezes é o que parece que estamos a fazer com os nossos filhos! Ou será que a porcaria, eles também a aprendem de nós!?

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os nossos bebés chegaram...


... e como todos os bebés, são tão surpreendentes, que nem nos nossos sonhos mais loucos os conseguiríamos imaginar assim!
Agora, depois de (des)embalá-los... é deixá-los voar!

No dia 04 são apresentados ao mundo! E eu vibro só de pensar, que pode haver uma criança algures, que deles possa gostar!

Já viste artzinha, o privilégio que vai ser fazer outras crianças sonhar!?

Ser Criança...

... é bom, porque é assim que todos os sonhos começam.


E porque é por elas (as outras, as dos outros, as nossas e as que moram dentro de nós), que nunca deixamos os sonhos morrer!



Hoje é o nosso dia! Aproveitem-no!