terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Texto escrito a peganhar de mel...

A minha filha acredita que o seu cobertor cor-de-rosa (o bai-bai) tem propriedades mágicas, por isso, sempre que me vê agonizar de dores oferece-me esse conforto! Depois, atira beijinhos ao longe para o meu "dói-dói" e diz-me "já páxa", simulando uma carícia no topo da minha cabeça, e pergunta-me se já tomei os meus "remédicos" e se já tou "milhó". E isto, senhores, é puro mel para a boca! Assim, não custa tanto penar... vá, custa na mesma um bocadinho... mas menos, muito menos!
Estou ansiosa que ela chegue a casa! Apesar de saber, que quando ela chegar se acabou o descanso para a "perninha"... mas vá, para que quererei eu perninhas se não for para a acompanhar!? Ai esta bipolaridade da maternidade dá cabo dos nervos a qualquer uma! Ai dá, dá!

Tinha consulta às 18, fui atendida às 20... saí de lá às 22 com a perna dormente, um nó no estômago e um buraco na perna. O diagnóstico foi simples, mas indefinido, provável picada de bicho, que inoculou bactéria, que despoletou a infecção. A drenagem foi feita com anestesia local, e o resultado foi uma tez branca de cal e um frio que me ficou até às 24 horas!

Hoje, já com duas doses de antibiótico e quatro de anti-inflamatórios no bucho, estou deitada no sofá, com recomendações de repouso para a "perninha"!

Digam lá que não foi um serão inesperado para do dia de S. Valentim, para quem, como eu, adora surpresas, esta foi uma, indubitavelmente, inesperada ( e dolorosa também... e ainda dizem que "o amor é ferida que dói e não se sente"... Ó Camões, quem não se sente, não é filho de boa gente, pá!!!)