sexta-feira, 26 de junho de 2009


E depois há dias assim…
O Michael Jackson morreu, a Farrah Fawcet também, caem dois mitos por terra e a chuva voltou a S.Miguel.
A caminho do escritório vi três arco-íris e sorrio desde que acordei! Não é um sorriso, que trago estampado nos lábios é antes um sorriso de coração e mente, que se desafogaram um bocadinho no vislumbre de um possível toque do sonho!
Desculpa mundo, se choras hoje e choves, mas por hoje não te faço companhia, nem mesmo por simpatia!
O sorriso que sinto cá dentro de mim, por momentos gargalhou e permitiu-me sonhar, sonhei que estava quase a tocar o sonho e ele nunca me pareceu tão perto!
Sinto-me inexplicavelmente, inexpugnavelmente, inmesuravelmente feliz! Desculpem os tristes e os revoltados, mas hoje não partilho as vossas dores, nem sequer as poderei explicar por palavras, que normalmente me são tão fáceis de traduzir!
Hoje, mundo, sou toda leveza e não há Kundera, que me valha na minha “insustentável leveza de ser”. Hoje, tudo em mim é Arundathi Roy e voltei a ser criança e não vejo o Grande Deus, mas o “Deus das Pequenas coisas”.
Desculpa Michael, desculpa Farrah, mas hoje desliguei a corrente, que me liga a um mundo mortal e estou longe, muito longe! Talvez amanhã vos faça o devido luto e vos preste uma última e única derradeira homenagem!
Porque há coisas que não se explicam e momentos em que se sente o virar da página, hoje, tudo em mim é crença de que a próxima será feliz…