quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Para acabar o dia nos teus braços...

Profissão: Construtor de Realidades!


Um dia, a minha filha, vai-me perguntar o que é que o pai faz...
... e eu vou responder: “O Pai constrói realidades!”.

Sim, porque o que é que o pai “faz”, não corresponde exactamente a “qual é a profissão do pai”. E de facto, aquilo que ele faz é muito mais forte do que aquilo que ele tem como profissão, apesar de muitas vezes a profissão acabar por nos “fazer” também um pouco a nós!
E o que ele faz é mesmo isso “construir realidades”, em mais sentidos do que um. Para começar ele é Engenheiro Civil e eu, que nunca pensei vir a apaixonar-me por um “trolha com canudo”, como costumava chamá-los, dou por mim agora a apreciar tudo o que é obra e projecto em que ele está envolvido e a valorizar o trabalho de projectistas e arquitectos e engenheiros, que sob a “mão” “daquilo que fazem”, acabam por transformar tudo aquilo que nós fazemos também. Afinal de contas, aquilo que eles “fazem” é construir “novas realidades”, “novos aspectos”, “novas paisagens”, sob as quais nós faremos depois tudo o resto: viver, passear, correr...
O Pai da minha filha constrói assim realidades, as paisagísticas, que já enumerei, e as nossas realidades, melhor: a nossa realidade! Pois é ele, que com tudo aquilo que nos dá e faz por nós diariamente nos permite ver a vida como a vemos e vivê-la da forma que vivemos.
Eu também, sou construtora de algumas realidades, e não só, porque eu alio ao lado paisagístico saído da mão do meu marido o lado ideal, o dos sonhos, da formação, da cultura. E com tanta construção que temos a decorrer lá por casa, não admira nada, que a nossa filha venha mesmo a ser a nossa maior obra!

Mini-ensaio sobre a Cópia!


A originalidade é uma coisa fodida, é que basta alguém usurpar-se da nossa para passar logo a ser deles! Bem sei, bem sei, que há muitas coincidências neste mundo de apalermados, acéfalos, mas irrita-me! Que é que querem?! É que eu nem sou mulher de grandes nojos, ódios ou agressividades, mas realmente prezo muito a criatividade individual e a capacidade nos nossos pequenos neurónios produzirem pequenas especificidades que nos tornam únicos! Não é que não preze quem copia os outros. Não! Prezo. Claro que sim! Afinal de contas, quem copia acaba sempre por reconhecer valor a quem acabou de copiar! O problema é que quem só conhece quem copia, só conhece o valor do copiado e do copião. O Palerma do criador que se lixe! Já dizia o outro, que afinal quem tem ideias, não passa é de um valente idiota! Afinal de contas, a cópia é sempre mais fácil de fazer do que o esboço, porque na cópia, temos já o esboço como suporte.
O problema de muita gente é que não pode com a felicidade dos outros. Como dizia alguém, “com o mal dos outros posso eu bem!”.
Mas um copião é quase como um simulador, que no fundo sabe que simula e muito bem, muitas vezes bem próximo do real, mas “falta-lhe um bocadinho assim”! É, é isso mesmo... “falta-lhes um bocadinho assim” e o assim vai desde o centímetro ao infinito. É grave?! Pois é! Mas deixem lá, infelizmente não é fatal!