sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

HaPPy WiFe! - HaPPy LiFe!


Ora, quem me quisesse ver feliz hoje era: ir buscar a Baby à Creche com o maridão (SONHO) e ela estar toda bem dispostinha, sorridente, tagarela, levá-la a comprar um peixinho e um aquário, ir para casa ainda com sol, fazer um jantarinho rápido a quatro mãos, ela comia a sua paparoca toda sem birras, nem muito cagaçal. Depois, depois vínhamos os três tomar café... e quem sabe, se a noite estivesse de feição, íamos ao Tomé, buscar um gelado de máquina e vínhamos os dois comê-lo até à praia... e ela, ela dormia já sossegada no banco detrás agarrada ao seu “BaiBai”! Depois, vínhamos para casa, leitinho para a mais pequena, caminha, soninho tranquilo até às dez da manhã, enquanto nós tomávamos um banho de imersão, com velas e espuma e depois... depois íamos brincar aos Papás e às Mamãs um bocadinho. Para finalizar, aninhávamo-nos na cama e não aterrávamos logo no instante em que a cabeça batesse na almofada... não... íamos falar até às três da manhã, rir, dar beijinhos... de manhã, a pequenita mamava o seu leite de robe, enquanto via a Manon ou outra programação qualquer do Panda e nós, assim ao lado dela a tomar o pequeno-almoço: café, sumo de laranja, torradas e docinhos, a ver o mar... Ah! Que feliz que eu era... Mas não... aquilo que vai acontecer vai ser: saio do escritório a voar para a ir buscar, ela vem cheia de pica, faz birra para se sentar na cadeira, depois vou ao hiper comprar frango para ela, chego a casa e faço-lhe o jantar, enquanto tudo cozinha, dou-lhe banho, mudo-lhe a roupa, dou-lhe o jantar a muito custo e depois mudo-lhe a roupa outra vez, depois faço o nosso jantar, ela faz cocó, mudo-lhe a fralda. Pergunta pelo pai trinta mil vezes e ele chega, finalmente, já perto das nove horas... jantámos, com interrupções para pôr dvd, limpar a água que ela entornou, dar miminho, arrumámos a cozinha, talvez ele vá estender roupa enquanto eu trato dela ou de arrumar alguma roupa passada a ferro. Por volta das onze o soninho bate à porta dos três e aí pega o Inferno! Ela chora, ele boceja e eu ando feita barata tonta a aquecer leite, abrir camas, procurar chuchas. Ela adormece. Vamos para a cama. Boa Noite! Até amanhã! Beijinho e ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...
Valha-nos ao menos que é Sexta-Feira e pode ser que este fim-de-semana esteja de feição para os Martins Gama... a ver vamos, a ver vamos! Se nenhum de nós adoecer, já me dou por feliz!

Beijinhos e bom FDSZZZZZzzzzzzzzzzz!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Anjos Cansados - no AO 28.01.10

Há uns tempos atrás, num dos meus dias mais tristes escrevi isto:
«Na hora em que os anjos se cansam o desânimo é rei. E hoje, tudo em mim é tédio.
Um tédio de sentir as saudades de quem amo e me falta, nos momentos em que os anjos me abandonam à solidão de uma solitária ilha, inundada de casas e pessoas vazias e sorrisos sem significado e palavras mortas presas em lábios roxos, secos de significado e significação.
Na hora em que os anjos se cansam a saudade é rainha. (...)
Perdida em viagens, dentro de mim mesma, procurando o porquê deste meu sentir triste e pesado, lembro-me que é possível, que um dia, até mesmo os anjos se cansem.
Não há anjo que aguente o peso de um coração carregado de saudades, e hoje todo o bater do meu são palavras mudas que envio a quem me falta.
Na hora em que os anjos descansam as minhas palavras pesam. Pesam e falham a tradicional alegria que as marca. Marcando a ausência de uma ausência sentida, pesada e pensada, amarrada e obrigada ao exílio de uma ilha familiar. Ruas e pedras e estradas e campos, vazios. O retrato da minha alma. O reflexo do meu ser e estar.
Não há ausência mais sentida, do que a ausência de nós mesmos. E hoje ausentei-me de mim, juntamente com o meu anjo cansado, na hora em que decidiu descansar! Finalmente sós. Os dois.
Carrego em mim hoje todo o peso de uma falha, falta, ausência, lacuna, vazio. Um deserto abalado pela minha vontade de lhe resistir. Hoje, na hora em que os anjos se cansam, não houve lugar a pensamentos floridos, lugares comuns ou ideias brilhantes. Nesta hora descanso… não é fácil lutar contra um mundo, que não se entende, não se percebe. Não é fácil encontrar justificações constantes para um mundo triste, feio, sujo, sem esperança, corrupto, cruel. Hoje, na hora em que os anjos se cansam trago em mim todo o peso do mundo (...) Hoje, nesta hora solitária, desmistifico a vida e limito-me a senti-la, sem choro, sem riso, sem expressão nem desejos.
Hoje, na hora em que os anjos se cansam, espero desesperançada carregando nos ombros o peso de um anjo cansado, que hoje decidiu descansar.»
E voltei a este texto, porque hoje, vi na teoria dos anjos cansados a única explicação possível para que uma criança inocente adoeça gravemente. A Sofia (7 meses), o Afonso (6 anos) e tantos outros entre estas idades sofrem de Leucemia e esperam esperançosos que os seus anjos não se cansem. O meu não se cansou na altura em que me ofereci como dadora de medula óssea, há uns quatro anos atrás. E o seu anjo, como está?!

Amigas, doces e Carnavais com Samba!


Existe nos Açores, pelo menos aqui em S. Miguel, não quero induzir ninguém em erro, toda uma tradição de festas que antecedem o Carnaval, que implicam que as crianças festejem cinco Carnavais! Eu explico, é que esta pré-época do Carnaval envolve um pouco mais do que isso... quatro quintas-feiras antes do Carnaval abrimos as festividades com o “Dia dos Amigos”, dia de farra para os gajos, depois temos o “Dia das Amigas”, que é hoje e envolve maluqueira total para as gajas, depois o “dia dos Compadres”, depois o “das Comadres” e finalmente temos o Carnaval. A par disto ainda temos os tradicionais bailes de gala nos Coliseus, que implicam uso de smoking e vestido longo... ou seja, esta gente gosta mesmo é de festa! E ainda bem que assim é... já imaginaram a vida na ilha, sempre nos mesmos trilhos, com as mesmas gentes e sem festa?! NA! Não dava!
Na Creche da minha filha, todas estas quintas-feiras implicam uma celebração e o uso de uma máscara ou fato de acordo com o tema! Na primeira quinta-feira a festa foi de fantasia livre! Hoje o tema era a Música e a Repolhita foi vestida de branco com uma clave de sol presa ao peito e um chapéu prateado de fada, que se recusou a colocar! Na próxima quinta temos a festa do material escolar e estou seriamente a pensar metê-la numa mochila e deixá-la ir assim... por fim no dia das Comadres o tema são as Estações do Ano e depois ainda temos o Carnaval! Que canseira! Digo-vos... é que se fosse rica, não havia stress, era comprar uma fatiota para cada festa e tava feita, mas como não sou, tenho que me organizar e apelar à criatividade! Ai e a ginástica mental custa!
Para piorar, hoje, sendo dia das amigas é dia de rambóia para a Canalha na Creche, que tem direito a levar guloseimas, que são espalhadas ao longo de uma mesa e depois... depois é o puto do Carnaval!!! Tá mal! Eu que eduquei a minha filha a não ceder aos doces, que ainda, até hoje, não a deixo comer chocolates, gelados ou rebuçados, vejo hoje este meu lindo caminho incólume ser manchado por tudo o que é doçaria! Estou feita... se a miúda me vem com cólicas ou desarranjos intestinais eu estou só a avisar... VAI HAVER SAMBA ESTE CARNAVAL! Deixei indicações claras para que a vigiassem e dessem privilégio às bolachas de mel e aveia do Noddy, que vou levar para ela, um sumo, também tá ok, mas se lhe dão gomas, eu juro que engomo alguém! TÁ?!
Já agora, um beijo especial às minhas amigas todas!
"Mesmo que as pessoas mudem
e suas vidas se reorganizem,
os amigos devem ser amigos para sempre,
mesmo que não tenham nada em comum,
somente compartilhar as mesmas recordações.
Pois boas lembranças, são marcantes,
e o que é marcante nunca se esquece!
Uma grande amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim!"
Vinicius de Moraes

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

NÃO ENCHE! (Obrigada Caetano!)

Já tive muitas vezes vontade de soltar um berro com esta música, às vezes, ainda tenho... e hoje, assim de repente, lembrava-me de umas quantas pessoas a quem a dedicar! EHEHE!



Me larga, não enche -Você não entende nada - E eu não vou te fazer entender...
Me encara, de frente - É que você nunca quis ver - Não vai querer, nem vai ver - Meu lado, meu jeito - O que eu herdei de minha gente - Eu nunca posso perder -
Me larga, não enche
Me deixa viver, me deixa viver
Me deixa viver, me deixa viver...

Cuidado, oxente! - Está no meu querer - Poder fazer você desabar - Do salto, nem tente - Manter as coisas como estão - Porque não dá, não vai dá...
Quadrada!
Demente!
A melodia do meu samba
Põe você no lugar
Me larga, não enche
Me deixa cantar, me deixa cantar
Me deixa cantar, me deixa cantar...
Eu vouClarificar - A minha voz - Gritando - Nada, mais de nós! - Mando meu bando anunciar -Vou me livrar de você...

Harpia!
Aranha!
Sabedoria de rapina
E de enredar, de enredar
Perua!
Piranha!
Minha energia é que
Mantém você suspensa no ar
Prá rua!
se manda!
Sai do meu sangue
Sanguessuga
Que só sabe sugar
Pirata!
Malandra!
Me deixa gozar, me deixa gozar
Me deixa gozar, me deixa gozar...
Vagaba!
Vampira!
O velho esquema desmorona
Desta vez prá valer
Tarada!
Mesquinha!
Pensa que é a dona
E eu lhe pergunto
Quem lhe deu tanto axé?
À-toa!
Vadia!
Começa uma outra história
Aqui na luz deste dia "D"
Na boa, na minha
Eu vou viver dez
Eu vou viver cem
Eu vou vou viver mil
Eu vou viver sem você...(2x)
Eu vou viver sem vocêNa luz desse dia "D"Eu vou viver sem você...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A Minha Pequena Artista!


Ser mãe de uma criança com 20 meses é muito mais divertido do que ser mãe de uma criança de 2 meses.
Primeiro, já não choram a cada toque e passam o dia entre biberões e fraldas! Segundo já comunicam, mostram laivos da sua personalidade, brincam, reagem, gritam, às vezes, choram, à vezes, mas já andam sozinhos e podemos deixá-los a fazer a mais das monumentais das birras, sem ter medo de rebolarem da cama e caírem desamparados ou que sufoquem com o seu próprio choro! Enfim... e ser mãe de uma criança, como a minha filha, é, se me permitem, ainda mais espectacular, porque alinha em tudo o que é jogo, brincadeira, actividade, contando que a envolva activamente e que ela se possa sujar q.b.! E eu, eu fico toda derretida com esta sua nova faceta, de “companheira”, de “amiga”, de “coleguinha” de conversas, jogos e tretas assim e assado!
Este fim-de-semana, e porque o pai estava a trabalhar e o popó da mãe está doente, decidimos dedicar-nos às actividades Indoor! Assim, a quatro mãos fizemos um magnífico bolo de ananás, ela ajudou sempre, a partir ovos, a bater, a comer açúcar, a pôr farinha em tudo o que era superfície e o resultado foi estupendo! Depois, na hora de colocar o bolo no forno ensinei-a a atirar um beijinho de boa-sorte ao bolo, ao que ela acrescentou um aceno de mão e um “deeeux”, que repete agora de cada vez que me vê cozinhar e sempre que passando em frente ao forno se lembra de o fazer!
A segunda e talvez mais produtiva parte das nossas actividades, tanto em prazer, como lixo resultante, foi a pintura! Ela pinta quase todos os dias com as suas canetas laváveis e os seus lápis de cera, mas esta semana, decidi arriscar e usar pincel e tintas de vidro! Assim foi... para lá do gozo que me deu ver o empenho dela de pincel em riste a mergulhar em tudo o que era boião e dizer “zúli”, que ao que consta se transformou na cor preferida dela... resultou isto:




Maravilhosos, não são?! E as risadas que ela solta sempre que os vê?! Como que a dizer: “Vês... fui eu que fiz!”. É LINDO... é Amor e Arte!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

You catch more flies with honey...


... So they say, So they say!

Ao que consta é mesmo assim! Apanhamos mais moscas com mel, do que com fel!

E hoje tive a prova disso! Sem receber correio aqui no escritório desde quinta-feira, e depois de me terem sido entregues hoje o jornal de sexta-feira e domingo e nada de sábado ou segunda-feira, com os subempreiteiros à perna por causa dos cheques e mais não sei quem por causa de mais não sei o quê... lá vou eu furibunda aos correios da localidade! “Que não era ali, para apresentar reclamação... pátáti, pátátá... cara de choca e afins” lá venho eu para o escritório com um número de telefone, onde ninguém me respondia e uma carta com poucas linhas para toda a minha revolta! Rabisquei a carta e lá me dirigi ao Posto Principal dos CTT (Chatos Tomó Tarálho)... Ronhonhó, que não podiam fazer nada, que não sabiam, só se fosse falar com o Caldeira da Distribuição. Meti pés a caminho, uma revolta, uma neura, que só amainou quando dois senhores de meia-idade, seguranças me acompanhavam à distribuição com tanta simpatia que parecia quase que estava na LaLa-Land! Chegada à Distribuição, o Caldeira lá estava, careca, de olho azul, com um alto na parte de trás da cabeça, corpanzil de marmanjo e jeitinhos de senhor Sereno! Lá me explicou, que tem estado com muito pessoal doente, ora é gripe, ora é gastroenterite, mas vai tentar ver o que se passa e liga-me amanhã e pois, tá bem... Lá venho eu sem correio, mas conformada! Ah! A bela da paz do Conformismo... God Dam it, lá me apanharam outra vez... BzzzBzzzz!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Trouble in my mind!

Serei só eu, que nunca consigo ser fiel a uma lista de compras?!
Eu vejo-as em tudo o que é sugestão de poupança, em tudo o que é dica de boa organização doméstica, nas mãos de donas-de-casa organizadas, maridos bem-mandados, solteirões “limpinhos” e até nos desajustados perdidos no meio de tudo o que é corredor de super/hiper-mercado e até nos mercados tradicionais! Eu juro que tento, JURO! Até faço um esforço mental de concentração suprema. Até já percorri tudo o que é armário, gaveta e frigorífico lá de casa, para me certificar de que não faltava nada e chegando lá ia “direita ao assunto”. Mas levo sempre um “assuntozito” ou outro a mais para casa e a lista mais simplex, acaba por se tornar na mais complex! Eu tento com tanta força... mas porquê?! Porque é que não consigo!?

Love Fridays!


E no meio dos queixumes de terça-feira, típicos de início de semana contrariada, eis senão que resolvo ligar para a Creche, para saber como está a Baby e me dizem que ela não estava nada bem... não comeu nada ao almoço, nem ao lanche e ainda não tinha feito cocó. Bom, já decidida a sair mais cedo, no meio dos preparativos para o fazer, lá me ligam passados nem cinco minutos! A Repolhita tinha feito uma diarreia enorme, e que não me preocupasse e tal e coisa, mas “sabe Sílvia, temos informação de que anda aí um surto gastro-intestinal...” e nem ouvi mais nada, avisei que tinha que sair, cheguei à Creche e encontrei-a num pranto inconsolável com todos os amiguinhos e educadoras à sua volta. Deu-me um nó no estômago, não vi nem ouvi mais ninguém, agarrei-a com toda a força e fugi com ela para casa... na minha cabeça uma lembrança apenas: os oito dias que passei há um ano atrás, com ela em casa, os vómitos, as diarreias, as febres e as cólicas, muito choro, pouca comida e menos 500 gramas para ela e menos 4 quilos para mim! Enfim, contas feitas a mim sempre me saiu o brinde e a ela, pobre, a fava!

Dois dias volvidos, depois de muito mimo, dieta, Panda, Noddy e Kitty, aqui estou eu de volta ao Office, e estou feliz... realmente a vida ensina-nos muito... posso não fazer o que quero, nem quando quero, mas se fazê-lo implica saber que a pequenita está bem e feliz... eu até limpava latrinas com um sorriso nos lábios (que não se via, claro, porque teria uma máscara a escondê-lo), mas vá... ela está melhorzinha... e eu também! E o resto que se lixe, é Sexta-feira pá!

Os Porquês - no AO - 21.01.10


Depois de ler a minha crónica publicada na semana passada, ocorreu-me que um dia, possivelmente, a minha filha vai entrar em casa e entre as mais de mil perguntas que me terá a fazer, me perguntará com a inocência típica da criança curiosa: “ Mãe, o que é um Homossexual?!”. Bom... nessa altura, eu estarei preparada! Estou certa que sim, até porque já me estou a começar a preparar... O que é que eu vou responder?! Pois, é simples, algo do género: “Bom filha, um homossexual é alguém que gosta de pessoas do mesmo sexo, ou seja, uma rapariga que gosta de raparigas e um rapaz que gosta de rapazes.” (...) ou talvez não, porque assim pode parecer muito promíscuo, vou dizer antes assim: “... é alguém que gosta de alguém que é do mesmo sexo. Um rapaz que gosta de um rapaz, ou uma rapariga que gosta de uma rapariga!”. Está melhor... mas a pergunta que se seguirá será com certeza: “Ó mãe, então e como se chama a um rapaz que gosta de uma rapariga?!” – “Bem, a essas pessoas chama-se Heterossexuais! Por exemplo, eu e o pai somos heterossexuais!”... Mas pensando melhor, dependendo da idade dela talvez não repita a palavra associada a mim e ao pai, não sei porquê, mas ainda não me parece muito bem estar a dizer “sexual” atrás de “sexual” a uma criança de seis anos! Outra pergunta que ela me pode fazer, e eu estou nesta reflexão porque quero estar preparada, será: “Ó mãe... e então alguém que gosta de rapazes e raparigas?” – “Bem, filha, a essas pessoas dá-se o nome de bissexuais!”. Puxa, lá estamos nós a bater na tecla do sexual... Vá, adiante! Talvez também tenha que lhe explicar um dia o que é um transexual... ai maldito sexo... isto não será sexo a mais para a cabeça destes infantes?! Mas bom, seja... “Sabes filha, há raparigas que nascem assim, mas não gostam de o ser, por isso fazem uma cirurgia e mudam de sexo!”. Ai! Mau! Assim não dá... sexo outra vez... vou substituir por “género”, mas será que ela percebe?! Humm... O melhor é dizer que “transexuais são pessoas que passam de rapariga a rapaz e de rapaz a rapariga!”. Mas isto também soa assim um pouco estranho, como se fosse por magia... vou mesmo ter que dizer que para isso precisam de uma operação! Com sorte, e para gastar os “compostos sexuais” todos explico-lhe também o que é um metrossexual... e com tanto pensar nestas coisas já estou com uma dor de cabeça de morte e a morrer de inveja dos meus pais, que quando lhes perguntei de onde vinham os bebés, se saíram com um airoso: “De Paris no bico das Cegonhas!”...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pensamentos que moram na minha cabeça, numa 3ª feira de manhã!


São 10 e 20, já tomei café e comi qualquer coisa, portanto essa desculpa já não é válida para continuar no dolce fare niente de ler blogues e mails e não fazer aquilo que realmente tenho que fazer e para o qual me pagam... tirar uma resma de fotocópias de facturas e recibos e e guias, para enviar para a nossa Sede, porque aquelas abéculas são muito bem capazes de qual David Copperfield fazer desaparecer todo e qualquer documento importante e depois dizer que não enviámos nada e blablabla, nos Açores não se trabalha, e blablabla... enfim, mas enquanto me lembro disto só penso no poema do Pessoa “Ai que prazer não cumprir um dever. / Ter um livro para ler e não o fazer!”. Acho que às vezes levo demasiado à letra esta minha ociosidade prazeirosa, por vezes contento-me em pensar que é pela minha “veia artística”, que me leva a ser uma alienada das obrigações dos comuns mortais de sensibilidade artística zero e emoção de sola de sapato. Mas isso passa rápido, no exacto instante em que não encontro essa tal veia artística em lado algum, mas valeu os segundos que passaram! Ás vezes e no último momento sou invadida por uma pressa de vontade profissional e cumpro todos meus deveres de rajada, mas só para poder voltar ao ócio no momento seguinte!
Muitas vezes penso que só me sinto assim porque não estou minimamente apaixonada por aquilo que faço, mas tenho outras vantagens, que não a paixão, é claro. Tenho aqui relativa liberdade e quase nenhuma pressão e isso também é de valor, é quase como um casamento sem paixão, mas que nos deixa minimamente feliz, porque nos dá tempo e espaço para sonharmos com as nossas verdadeiras paixões, por muito ingrato e injusto que isto possa parecer. Estou a escrever este texto, pura e simplesmente para empatar tempo e não ter que me agarrar àquela maldita máquina fotocopiadora... Nos entretantos vou pensando que gostava de ir ao cabeleireiro hoje... arranjar cabelo e unhas, mimar-me assim tal e qual dondoca oca e feliz... mas tenho que ir às compras, porque não tenho carne em casa para a sopa da menina e depois tenho que ir aos Correios deixar a correspondência e provavelmente tenho que almoçar ou ir fazer o almoço, e ainda tenho que passar pela “Engomadoria” para deixar as cortinas novas da sala, para fazer bainha. Comprei-as ontem, para tapar 4 metros de janela... um par de linho e um par de cortinas castanhas, bem ao gosto do maridão! Mais uns tostões gastos o que me leva de volta à obrigação de ganhar mais uns tostões! Às vezes, este amor/ódio que sinto pelo dinheiro deixa-me num total estado de desespero, é como aqueles amores: “Can’t live with him. Can’t live without him!”. Bolas... tenho que ir trabalhar!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Bom, o fim-de-semana já lá vai... passou entre fungadelas, muitos lenços de papel, um chão novo no quarto, uma pintura à casa, a interminável busca por umas cortinas e a espera ainda pela chegada da nova mobília da sala, que é muito desejada, assim como os sofás tão lindos begezinhos e a cozinha de brincar da Baby, que estão algures no Continente à espera de embarcar para a Ilha! Estou a pontos de me descabelar pelas cortinas ideais para a sala e finalmente o nosso quarto está com um ar seco e livre de humidades depois da enxurrada que nos deu cabo do chão de madeira e de uns quantos euritos!
Hoje, nos entretantos, faz um sol maravilhoso de um calor ilusório, que me deu vontade de estrear a minha saia matadora de pele preta, compradinha em saldos, com um lindo casaquinho estilo channel, as minhas perolazinhas e uns lindos sapatongos de 15 cms de tacão em veludo preto. No entanto, e pensando no frio, agarrei nas meias pretas mais quentinhas que consegui encontrar na gaveta e depois dos normais afazeres da minha manhã, lá saio de casa, toda “eu”, cheia de confiança, quando ao chegar ao escritório reparo que trago umas meias quentinhas, pretas, sim, mas CHEIAS de borboto branco... AHAHHAAHAH! Isto só para mim, que andei a desfilar a manhã toda sem sequer as ter visto direito. Vai daí está decidido:


1. À hora de almoço vou comprar um par de meias novo;
2. É imperativo ter um espelho de corpo inteiro algures em casa!

Oh God! E com isto damos início às hostilidades de mais uma semana!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

João ama João - 14.01.10 no AO

O João ama o João, mas em público, ainda não tem coragem para lhe dar a mão. A Maria ama a Maria, mas de toda a família das duas, do caso amoroso, ainda só sabe uma tia! O João e o João estão juntos há um tempão. Quando o João esteve doente foi o João quem o acompanhou. Depois da operação o João não lhe largou a mão. Noite e dia, sentou-se na cabeceira daquela cama, enquanto a família ia e vinha. Arranjou esquemas para poder entrar sempre: ora era sobrinho, ora era tio, ora era amigo. O João foi um valentão. Levou-o aos tratamentos, tratou dele em casa e nunca a nada lhe disse que não. As Marias, a ver de toda as suas famílias, já há muito que ficaram para “tias”. Elas não levam a mal, sabem que o amor é que é fundamental. Têm pena, no entanto, que as mães não saibam, nem sonhem, o enorme alento que trazem no coração e aquele encanto. A mãe da Maria já desconfia, mas por vergonha não pergunta e não quer ouvir, acha que sofria! Desde que conheceu a Maria, a Maria nunca mais se queixou de falta de companhia. Para o mundo são duas solteironas infelizes e tristes, mas em casa delas ambas sabem também, que não há amor, que não venha por bem!
O amor entre o João e o João é um amor velado, proibido, proibitivo, pecaminoso e condenado... pelo menos aos olhos, de que ainda vê a Eva e o Adão, como amor para todo o termo de comparação! Mas aqui entre nós, que ninguém nos ouve, já era bem tempo de se ver que estes quatro e os restantes milhões, não têm nada de mal, nem de anormal, só vivem um amor, igual a tantos outros, que de fraterno passou a paixão e a atracção carnal. O João tem um sonho, igual ao meu e ao de muitos outros apaixonados, não quer mais amores velados, encontros escondidos ou não permitidos. O João quer amar e ser livre, quer ter o direito a escolher, quem ama, porque ama e onde e quando ama! Quem somos nós para a esta alma tirar, um direito que é seu: o de casar! As Marias, por seu lado, não querem pelo casamento optar, mas gostavam de se assumir, e quem sabe, talvez uma criança adoptar. Eu, que não sou ninguém, ainda assim vejo bem, que mais vale ser amado por duas mães, do que infeliz e “atirado aos cães”!
“A Homossexualidade é amoral”, mas desde quando é que amar alguém é pecado capital?! O problema é que as pessoas se escandalizam precisamente com o lado sexual, quando isso como em qualquer relação, só devia pertencer à intimidade do casal.
“O Amor é cego”, minhas gentes, nunca terão ouvido dizer?! E o melhor amor é mesmo aquele que não se pode escolher.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"Le Joie"...


Nada melhor do que encerrar a semana com uma bela de uma constipação no pêlo, daquelas que nos quebram a espinha, nos cortam a respiração e nos transformam numa espectacular máquina de fluidos viscosos que nos pingam do nariz como uma torneira com folga!

Mas igualmente bom é ter que continuar a manter o mesmo nível de desempenho familiar e laboral, mesmo com esta maldita em cima de nós! Sim, porque a filha precisa na mesma de atenção, o marido idem idem, aspas aspas, o patrão continua a esperar de nós a pontualidade, afinco e dedicação de sempre, mas será que esta gente não se lembra que eu estou só com metade de oxigenação no cérebro!? IRRA!

Para além disto tudo mudei de pílula e sou mãe, o que me torna um banho fervilhante de hormonas e o bicho mais bipolar à face da terra!

Ontem, na busca pela agenda perfeita para o maridão, requisitos: uma página por dia e capa flexível, lá me perdi nos livros de literatura infantil. Acabei por comprar um da Shoppard, com um CD de música, que fez um sucesso com a minha filha! Amou tudo, o livro, a música, e por momentos a maternidade pareceu-me a coisa mais doce ao cimo da terra, enquanto ela abanava a cabecita sentada no banco de trás do Popó da Mamã ao som de Mozart e Schubbert e instrumentais de flauta que nos puseram a saltitar às duas, de tal forma que por momentos aquele meu carro pareceu ter os amortecedores mais moles de sempre. Chegadas a casa, abrimos o livro, sequiosas, e ela maravilhou-me com o seu extenso vocabulário: Mu-Mu, Mé-Mé, Au-Au, Bu-Bu (urso), quá-quá, boqueca (boneca), Grrrr (leão) e uma respiração repetida e fungosa (porco)! A cada dia que passa está mais entendida e comunicativa... já se senta no puff sozinha, de bolachas numa mão e chupeta e cobertor na outra à espera do NóNó (noddy), ou da Kitty, que já diz também muito bem!

Mas depois temos manhãs como a de hoje, em que eu faço o esforço de me levantar cedo para chegar a horas, lhe preparo o leite e rezo para que depois de mamar ela continue a dormir, para ter tempo de um banho e me vestir sem ela agarrada às minhas pernas a pedir colo ou o “bai-bai”, nome carinhoso que dá ao seu cobertor muito amado, ou a “pépé”, nome da chupeta... Enfim... prestes a ligar a água do banho, sinto-a chorar! Conclusão: já não há banho para ninguém! Vou buscá-la e trato de a arranjar primeiro, para não ter tempo de se constipar... tiro o pijama, mudo a fralda, ponho creme, visto meias, visto body... não tenho camisolas quentes para ela... pouso-a no chão enquanto vasculho na sala o cesto de roupa para passar a ferro. Ela aparece com uma camisola da Kitty na mão, que tirando o facto de já não lhe servir seria perfeita... boa, agora tenho que encontrar outra da Kitty, que lhe sirva, que seja quente, que não esteja muito amarrotada... Lembro-me que está só de meias no chão frio da sala, pego nela ao colo, corro com ela e as duas camisolas para o quarto “Vês, é da Kitty, gostas?” – “Não, Não!”... ultimamente esta dupla negativa dela tem sido resposta para tudo.”Ok, gostas, gostas que a mãe sabe!”. Luto com ela para lhe enfiar a camisola entre berros e lágrimas e ranho a escorrer do nariz das duas. Visto-lhe as calças e calço-lhe as sapatilhas, mesmo a tempo de ir a correr à casa-de-banho buscar um pedaço de papel higiénico para nos assoarmos. Estamos sem lenços de papel em casa e o rolo de cozinha estava mais longe! Enfim. Assoei-a, assoei-me. Deitei os papéis no caixote do lixo, mas depois ocorreu-me que ela os pudesse ir lá buscar. Toca de tirá-los do lixo e atirar para a sanita! MERDA. Agora tenho que lavar as mãos e ela já me está a puxar as calças por trás... “Cóló”, “Cóló”! MERDA! Lavo as mãos full speed, pego nela e vamos para o meu quarto. Coloco-a em cima da cama, em frente à televisão e reparo que ainda não a penteei. MERDA. De novo, pego nela, casa-de-banho, lavar a cara, pentear aquele cabelo em tudo igual ao meu, trunfoso, de juba, rebelde, entre o encaracolado e o fardo de palha agreste que rola com o vento nos cenários do faroeste! Esta repa dela já não tem jeito, vem-lhe para cima dos olhos... travessão, travessão... ah, boa, encontrei um! Já está! Antes de chegarmos ao meu quarto de novo, já ela o arrancou do cabelo e se despenteou toda. Ligo-lhe a televisão! Bendita RTP2, está a dar aquela ave, a Cantilena, e aqueles adultos que falam mesmo ao jeito de lhe prender a atenção o tempo suficiente para eu ir a correr até ao quarto dela, encontrar uma fita que combine com a roupa, passe na casa-de-banho e traga mais um gancho e um pente! AHa, apanhei-a entretida, em transe de “macacada” e lá a penteei. Que linda! De fitinha! OK, agora eu. Casa-de-Banho, outra vez, pente... no quarto. MERDA! Penteio-me com as mãos e o sérum. Lavo a cara, tiro o pijama, a caminho do quarto tiro a roupa interior, junto tudo a um canto para levar mais tarde para a lavandaria, visto roupa interior, escolho uma camisa, umas meias, umas calças, um casaco, que se me prende na bota enquanto as tento calçar, por pouco não caio. Olho para ela, já tirou a fita. MERDA. “Mamã, Cócó!”. OH! Maravilha das maravilhas, era só mesmo o que faltava... corro para o quarto dela, pego no creme, nas toalhitas, numa fralda e em dois elásticos para o cabelo! Mudo-lhe a fralda, enquanto ela se prende no Babar, que está a dar na TV. Prendo-lhe novamente o cabelo depois de muitos... “Não, Não!”, “Tótó, Não, Não”! MERDA. Tem que ser filha, vá lá! Ok. Já está. Ponho uma nesga de base, faço um risco de eyeliner à pressa, perfume, sombras à Picasso, olha um colar mesmo aqui à mão, enfia, e uns brincos, e uma pulseira, só falta o rímel. FEITO. “Filha, casaco e bata!” – “Não, Não!”. Tá, ok. “Mamãe, papa!”- “Queres uma bolacha, é?!”. Ela esconde-se atrás das cortinas, eu pego na carteira, noutro casaco, na bata dela, no casaco dela, num gorro, nas luvas, pouso tudo na cozinha. Procuro as bolachas de mel do Noddy, que ela tanto gosta, levo-lhe umas tantas na mão, enquanto pergunto em tom de brincadeira apressada: “Onde está a minha filha?!” – “Tété” – “Ah... estás aqui!”. Ela escapa-se por detrás das cortinas, foge para a sala, senta-se no puff, estende as mãos para pedir as bolachas e diz: “Nónó!”. MERDA! “Não filha... agora tens que ir para a escolinha...”. Bom, entre esperneares e choros gritantes, enfio-lhe a bata, meto os casacos e o “bai-bai" na minha carteira, telemóvel e chaves, pego nela ao colo, com chucha e bolachas na mão e apresso-me para a porta. Chegadas ao elevador, o burro de carga e a princesa, esta, olha para o espelho e apercebe-se dos totós que lhe fiz... “Tótó, Não, Não” e prepara-se para largar bolachas e chucha para os arrancar! MERDA! “ Não! Filha... Olha... olha... estamos a chegar ao carro, vês! Vamos ouvir música, tá?! Isso não são totós... Não... Olha, Olha... o carro!”. Chegamos. Pouso tralha. Ponho-a na cadeira, rezo para que se tenha esquecido dos malditos totós. Aperto-lhe o cinto. Dou-lhe o "bai-bai" e ela abre a boca... “Ah, AH!” – Ok, percebi, quer cuspir as bolachas. Já sei o que se segue: “Pé-Pé!”. Já a tenho em riste. Enfio-lhe a chucha na boca, dou-lhe o cobertor, para se aconchegar e vou para o meu lugar. Tiro um dos muitos papéis que tenho algures na porta do carro, deixo lá as bolachas, ligo o CD, hoje temos Baby Bach, e espreito-a enquanto ela matreira se tenta livrar dos totós de novo. Olho para o relógio... MERDA! MERDA, MERDA! De novo atrasada...

Arranco... e na minha cabeça um pensamento só: “Raios me partam, rapariga, se não faço de ti uma miúda feliz, penteada e musicalmente inteligente! Rai's m' parta, vou dar cabo de mim enquanto o faço! MERDA".

...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

"É a Vida!"


Quando eu era pequena acreditava em anjos, fadas, tudo o que fosse ser superior e mágico, que ajudasse o bem a vencer sempre!
Quando eu era pequena acreditava que todos os seres, todas as pessoas tinham algo de mágico e único dentro de si.
Quando eu era pequena pensava sempre que há mais para a vida, do que a própria vida só por si.

Por isso, muito me custa hoje, ao ouvir alguém queixar-se das lástimas que arrasta consigo ou das tareias que levou da vida concluir: “É a Vida!”.


Epá, não me lixem, primeiro o Pai Natal, depois as fadas e os anjos... e agora a vida?!



Where's the Magic?!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Querido, já chega!


Com ar de traquina, pele moreninha, refegos nos braços e nas pernas, marca da sua ainda meninice lá ia ele de banda desenhada debaixo do braço, pacote de bolacha Maria numa mão e noutra um isqueiro escondido, ou talvez uns fósforos, aquilo que apanhasse mais rapidamente na cozinha às escondidas da mãe. O refúgio era sempre o mesmo, um silvado, meio agreste, com um spot muito seu, em género de clareira, mesmo nas traseiras de sua casa. O objectivo era sempre o mesmo: Fumar!
Lá em casa, tudo o que era adulto do sexo masculino fumava. Era para ele como que um ritual de masculinidade, afirmação e prazer, que sempre vem do que é proibido ou interdito. Sentava-se na clareira, comia bolachas e fumava os poucos cigarros que roubava em casa... um ao avô, um ao pai, aos tios, a quem os deixasse esquecidos por tempo suficiente para uma marotice rasteira que ele fazia com tanta doçura!
Devia ter por volta de 10 anos, segundo informação da mãe, quando esta o apanhou, pela primeira vez de calções brancos neste seu espaço, neste seu ritual. Levou-o para casa ao som de uma descompostura, que para além de muito audível foi emitida em vernáculo muito típico do norte do país. Deu-lhe uma tareia com toda a força que tinha e também amor, a que juntou a revolta pelo facto de o seu marido não deixar de fumar, apesar das promessas, do seu sogro não deixar de fumar, apesar das doenças e do seu filho mais velho já se ter iniciado também nesse maldito vício! Ralhou-lhe, ameaçou-o, fez tudo o que o amor lhe ditou e por fim, pediu-lhe... e ele assentiu! Essa foi a primeira vez que ele quebrou essa jura!

“Eu juro, Eu juro que deixo de fumar!”

Agora, muitos anos volvidos, continua a fumar, já tentou e prometeu mais de uma centena de vezes que ia deixar, depois de casarmos, depois de a nossa filha nascer, depois de chegarmos aos Açores, depois de estabilizarmos por cá... e mais recentemente depois de descobrirmos a doença do pai dele, ao que tudo indica, provocada pelo tabaco.

Hoje, a médica do pai dele voltou a dizer-lhe que ele tinha que deixar de fumar... “ Eu sei, mas custa tanto...”, ao que ela lhe respondeu com uma outra pergunta:

“E morrer?! Não custará mais?! E andar em sofrimento para o resto da vida?!”

Meu amor, no que diz respeito à minha resposta e à da tua filha, que não falando ainda o demonstra já bem... a tua falta será a única coisa que nos custará na vida!
Quase em género de pacto com ele, para lhe dar força, prometi que me juntava a ele e deixava de consumir uma ou várias das coisas que mais gosto e de que ele tem conhecimento: chocolate, coca-cola... mas nada...
E ao fim de tantas tentativas falhadas e tantas vezes que cheguei mesmo a acreditar que ele ia conseguir, esta, foi a que mais me custou, porque não quero que ele deixe de fumar, só quando já não o puder mesmo, fisicamente fazer!

Este é o meu último pedido, amor...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

BlooDy Monday!


AAAh!


Segunda-feira!


Epá, e eu que não me lembrava de nada melhor do que isto!


Boa! É assim mesmo!


Agora sim, já cheira a realidade!


E de volta à vida real, faz muito mau tempo nos Açores, chuva, vento e algum frio, passei uma noite péssima, a pé e com a pequena em cima de mim, que... adivinhe-se, está constipada outra vez! Querem melhor começo de semana?!


Naaa... Tá bom assim, deixem estar! Estou com uma neura que não se pode e às vezes acho, que o simples facto de conseguir chegar ao trabalho com um pingo de força anímica nas veias é um acontecimento digno de louvor! Por favor acordem-me quando for hora de ir dormir! Tá?!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

New Blog on the block!


Tá... Já sei... Tralala sou tão vaidosa, capitalista, fashionista... Vá... Damn! I'm just a Girl! Tá?!


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

WISHLIST 2010 - #1: Ser cromo do Ídolos!


Hoje é quinta-feira e como tal, o almoço que se impõe é Picanha no Beach! Desilusão das desilusões não tinham “O” bolo de chocolate, mas tinham uma mousse igualmente divina e uma sopa de grão de bico de fazer espumar. Depois da deglutição do manjar do dia, lá vínhamos nós, eu e o Rei da Casa no bólide não a 1000/h, mas nuns prazeirosos 60/h! O rádio, sintonizado numa das muitas maravilhosas estações de rádio micaelenses, tocava ABBA e eu dei por mim a trolitar um “There is something in the air tonight, the stars where bright FER-NAN-DOOOO!”.


Céptico e de olhar sempre na estrada o "Senhor" sai-se com esta:


“Na próxima Edição do Ídolos inscrevo-te!”

Eu, ainda meia perdida no transe daquele sonho onde eu até sei cantar qualquer coisa, acordo e desatamos os dois à gargalhada... o que se seguiu foi pura poesia, que terá mais piada talvez para quem me conhecer e já me tiver ouvido cantar algum dia! (Sim, porque eu posso não marcar pela positiva, mas lá que deixo o trauma e uma recordação muito cómica... lá isso deixo! LOL)

Passo a transcrever a verborreia verbal do pós-almoço:


EU: É vou ao Ídolos... e o Manel acaba de me ouvir cantar e sai-se com um: TU NÃO CANTAS A PONTA DE UM CHAVELHO! ZERO, NICKLES PICKLES!

ELE: E o outro com ar de mauzão: QUE COR DE CABELO É ESSA PÁ!?

EU: E a brazuca: OLHA SÍLVIA, ISSO FOI UM BOCADO SINISTRO, MAS O LOOK TÁ BACANO!


ELE: (olha para mim e desata-se a rir!)


EU: (ainda envolta na mística da imaginação eu continuo) E o Laurent: Olha, tu cantar não cantas nada...


ELE: ... mas seguras muito bem essa "vaca" que trazes agarrada aos dentes!


AH?! Pois é... trazia uma picanhita para o lanche presa na dentadura... E terminou assim com um rebentar de gargalhadas e um acto muito lindo, que é o de espitrucar o naco da dita para fora da boca e continuar na risota!


AH! L’amour!!!

Voar e Educar no AO - 07.01.10

De regresso à ilha, depois das festas e dos excessos, não há nada que me apeteça menos do que ter que me enfiar dentro de um avião durante duas horas e meia, com uma criança de 19 meses, com horas de sono e de alimentação trocadas, e um marido rezingão, que tenta levar a cabo a tarefa de deixar de fumar, resolução do novo ano! Pior ainda, é quando já encaixados cuidadosamente nos nossos lugares, com criança, tralhas e neura, reparamos que um de nós está no lugar errado e que temos que viajar separados! Ora quatro menos dois, dá dois e lá se vai um par de braços com quem partilhar 12 quilos. Sim, porque se o espaço nas cadeiras já é limitado, imaginem-se a viajar, duas horas e meia, sozinhos com a cria no lugar do meio. Eu, já vi filmes de terror com menor potencial aterrorizante. Enfim, a isso juntem-lhe o inchaço típico da época e temos cara de peru recheado a viagem toda! Mas pior do que isto, só mesmo levar com um vizinho da frente que teima em inclinar a cadeira para nosso desespero, como se isso lhe proporcionasse um sono mais tranquilo. Já não me bastava vir a viagem inteira a olhar-lhe para o couro cabeludo casposo, ainda me apercebo que o senhor para lá de espaçoso tem um respirar pesado! Daqueles assim que são causa de divórcio do casal mais feliz. Mas bom, lá me fui aguentando, até porque com a refeição pelo meio, sempre tivemos meia hora garantida com mais 20 centímetros de espaço à nossa disposição. Eu não sei, como há neste mundo quem tenha a destreza de viajar de avião com uma criança desta idade, por mais do que duas horas e meia, sem que sucumba na porta de saída do avião de esgotamento nervoso em último grau. Eu juro, por muito que goste de viajar, não tenho essa costela masoquista em mim. Ou então, tenho uma criança invulgarmente activa... não sei... serei só eu?! Dúvidas maternas aparte, acho que aquilo que faltou ao meu “inclinado” companheiro de viagem da frente foi um pouco de bom senso, misturado com caridade, a quem eu daria o nome de educação cívica, ou civismo! Bem sei, bem sei, que a minha liberdade acaba onde começa a dele, mas a dele poderia ser bem menos espaçosa e bem mais conscienciosa! Mas sobrevivi, e contra todos os traumas, esta história ainda tem moral, a da minha filha, que do alto dos seus 19 meses ao meu tom brincalhão baixinho de: “Dá tautau ao senhor!”, me respondeu em surdina, mas de dedinho no ar: “Não, Não!”. É lindo começar o ano a ver o fruto da nossa educação florescer! Para 2010 faço Votos de melhores Voos!




quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cara de Janeiro...


Bom... a pedido de muitas famílias, aqui fica o vislumbre do novo visual! TXARAN!

Taras e Manias...


Não que me considere uma pessoa muito “manienta”, mas como todos, tenho algumas que fazem de mim, mais uma ave rara e peculiar na face da terra, igualmente única e especial a qualquer um dos comuns mortais!

Art, aqui está a resposta ao teu desafio! ;)


1 ''Mania'' – carteiras XXL;

2 ''Mania'' – mordiscar as peles dos dedos quando nervosa;

3 ''Mania'' - não carregar o telemóvel;
4 ''Mania''- escrever;

5 ''Mania'' – andar quase sempre sem dinheiro na carteira!



REGRAS: "Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do recrutamento. Cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blogue."





desafiadas


Paula
Ginger
Brown Eyes
Eduarda (Made in Love)
E quem mais se sentir tentado a responder…

Não sei bem porquê, mas sempre detestei este mês: JANEIRO. Nem do nome gosto. Tenho-lhe uma implicância menina, que me dá neuras e ganas de querer pular por cima deste mês.
Depois das festas, sempre muito gordos e inchados, mal habituados com as prendas e carinhos e dias de folga, bem dormidos, bem regados, bem gargalhados, este mês começa sempre com um arrastar de corpos até aos sítios onde normalmente nos movemos com sistemática facilidade! É que nem o raio do “SAMBA de Janeiro” me anima!
Ainda tenho as malas por desfazer, já abertas e esparramadas algures no corredor de entrada da casa. Ainda trago na carteira os bilhetes de avião e o kit de tralha de viagem com uma bebé. Para cúmulo, a casa que ficou vazia e fechada durante duas semanas foi ocupada por seres que detesto, um exército de formigas na cozinha, que tento combater há dois dias, umas baratongas King-Kong, como só há nos Açores nas zonas mais húmidas da casa, casas-de-banho e lavandaria e um bicho de aspecto curioso, algures entre a centopeia e um carrapato, que encontrei hoje por cima da mala que tem a minha roupa. Estou inundada de comichões e nojo e a rezar para que essa bicharada encontre novo pousio. Não há pachorra!
Mas, voltando a Janeiro, é que nem por ser mês de saldos esta porra de mês me anima... até porque depois da “corrida” às prendas, ganho uma certa apreensão a shoppings caóticos e Zaras com aspecto da feira de Custóias depois da bomba atómica lhe ter acertado em cheio.
Este, é definitivamente o mês das neuras por excelência! Nos Açores é em Janeiro que começa o frio, se bem que aqui no escritório é Janeiro até Agosto! Em Janeiro toda a gente sabe que ainda falta um fartote de dias até termos férias, outra vez... em Janeiro as casas estão húmidas, do ressoado dos corpos festivos e a louça ainda cheira a bacalhau. Algures entre o fim deste mês e o início do próximo já começa a coisa a animar, até porque Fevereiro é pequenino e o ordenado rende mais qualquer coisinha. E em Março tudo floresce, as flores brotam, os passarinhos cantam, as alergias espirram, mas o amor anda no ar! Ah Março! Em Abril Páscoa! Férias, Pausa! E depois lá vem a neurinha nervosa outra vez. Maio é um mês baralhado, algures entre o calor e o tempo choco, que tem como auge o aniversário da minha filha! E depois... depois vem o Verão... e o que a gente gosta mesmo é disso: Sol, Praia e um bom escaldão!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

De 2010 para o Blogue!


AIIIII...


Estou de volta!


Estou de volta à ilha, de volta ao trabalho, de volta ao blogue, de volta às coisas que me fazem detestar o dia-a-dia rotineiro, mas trago esperança! Esperança de um novo ânimo, de um novo alento que me surpreenda neste novo ano e estou aqui para enfrentar!
Estes primeiros dias do regresso custam muito, aliás, tenho dias, como o de hoje, que custam é mais que muito! Mas comigo é assim: “I get knocked down and I get up again”!
As festas foram muito boas, cheias de excessos, com a repolhita carregada de mimos e prendas e surpresas e sorrisos e a mamã carregada com pelo menos mais 3 quilos, ao que falhei redondamente nos meus “planos” de dieta!

Continuo ruiva, pelo menos de tom capilar e começo a gostar desta “diferença”, como alguém lhe chamou, que acabada de me conhecer me presenteia com esta pérola: “ Ai, que gira! Diferente!”. Eu volto a reforçar a ideia, que essa pessoa tinha acabado de me conhecer! De que forma poderá um comentário destes ser positivo?! E com esse trauma em chave de ouro fechei o meu 2009!


E com 2009 concluí também com sucesso e mérito, “penso eu de que”, o meu primeiro ano completo de maternidade! Foi um ano um tanto ao quanto confuso, de estabilização, mas ainda assim com muita mudança e agitação pelo meio, em que eu teria que dizer, que as minhas croniquices foram a novidade e ponto alto!


Para 2010 continuo à espera de ser brindada com muita saúde, para mim e para os meus, algum tempo livre, bom gosto e muitos sorrisos!


Em relação ao amor só tenho a dizer, que decidimos renovar o contracto! Claro está, não posso viver esta monarquia de amor sem o meu Rei!


Então é assim, que depois das duas crónicas com que encerrei 2009, dou início a muitas mais, que se seguirão em 2010! Bora lá alinhar na leitura interventiva este ano, para variar?! Bute lá atão! Bámo lá cambada...


... e tu 2010, “Canta-me ó Musa”!



Volto ao Contacto amanhã... que acho que ainda estou no jet lag das férias! Valha-me Deus...

No AO a 31.12.09

Subo para uma cadeira. Numa mão tenho 12 passas, na outra, um flute de espumante. Soa a primeira badalada, meto a primeira passa à boca. Fecho os olhos, penso no meu primeiro desejo, dou um gole no espumante e ouço a segunda badalada. Desta vez perco um pouco mais de tempo a pensar no meu desejo, quase não tenho tempo de a engolir e já oiço a terceira. O meu terceiro desejo é bem mais simples de formular, mas desta vez fica-me uma pevide da uva presa nos dentes, perco um pouco mais de tempo, a bochechar com o espumante e a quarta badalada já lá vem e eu esqueci-me do que queria pedir. Mais uma passa, esta sem desejo e já lá vem a quinta. Tenho as mãos a colar e de olhos fechados, com o quarto golinho de espumante assim num tão curto espaço de tempo já me sinto a flutuar. Quinto desejo, este é complicado, a páginas tantas engasgo-me com o raio da passa, a cadeira bamboleia e eu tenho que descer. Não pode ser bom presságio. Dou mais um golo e oiço a sexta badalada, o meu pensar de desejos já se evaporou e agora só quero conseguir engolir a papa de passas que tenho na boca. Mais um gole. Subo para a cadeira de novo. Estou enjoada, a mistura de peru, puré, Ferrero, aletria, Coca-Cola, bolo-rei e pão-de-ló com queijo está a começar a fazer nascer uma febre de azia no meu estômago. Já perdi a conta às badaladas entre a sétima e a oitava lá consegui pensar em algo de jeito para desejar. E agora olho em frente, a minha mãe de ar curioso, fita-me com a perfuração de uma sonda, admirando a minha persistência em continuar a desejar, mesmo já sem saber bem aquilo por que desejo! Vá, a nona passa é um desejo para ela, que engulo com a décima badalada a rasgar-me o tímpano. Este espumante é dos meus, faz cócegas na garganta e deixa-me a cabeça a andar à roda. Com a décima primeira badalada já só engulo o espumante e deixo as passas a acumular no céu-da-boca! Só tenho mais dois desejos. Este é para ele e o último será para ela. Ao sonar da décima segunda badalada suspiro de alívio. Já não consigo engolir mais passas. Trinco-as todas e deixa-as a desfazerem-se-me na boca, enquanto desço da cadeira para os abraços da praxe! “Feliz Ano Novo, Feliz Ano! Que este ano nos traga tudo o que tem de melhor!” – Lá fora a minha sogra já parte a loiça velha para afastar o mau azar! Os vizinhos juntam-se a ela. Nem por ser ano de crise a decidem poupar! E porque na passagem do ano vale tudo, até acreditar que este ano tudo vai ser diferente, estou a contar as horas para as doze passas, perdão badaladas!



Título: 12 Passas Badaladas

Croniquices da Mulher a 1000/h, por Sílvia Martins

No AO a 24.12.09

Eu tenho um telemóvel, daqueles de 3ª geração, daqueles dos quais não faço uso de metade das funções. Eu tenho um computador, aliás, tenho dois. Os dois portáteis, um com grande memória e grande ecrã, para ouvir música e ver filmes e um outro do tamanho do “Magalhães”, que trago sempre na carteira e me serve como processador de texto para horas mais inspiradas. Eu tenho não menos do que 30 pares de sapatos e um incontável número de carteiras e casacos. Eu tenho um carro, de aspecto duro, mas resistente, à prova de choques e arranhões, com leitor de cd’s e fecho central e vidros eléctricos. Tenho uma televisão, aliás, mais que uma, leitor de dvd’s, microondas, frigorífico, tenho pens, máquinas de depilar, enrolar o cabelo, alisamento japonês... Enfim, tenho à minha volta toda uma panóplia de artefactos, que para além de me ajudarem nas tarefas do dia-a-dia, me trazem conforto e uma sensação de bem-estar! No entanto, tenho dias em que tendo tudo isso, mais parece que não tenho nada. Ando insatisfeita, ando rezingona, ando descontente, preocupada. Tenho a sensação de que me falta alguma coisa, que podia ter mais do que aquilo que tenho. Trago constantemente na memória aquelas botas, que ainda não tenho, aquele carro, que é mais bonito que o meu, aquela escova de “alisamento perfeito” ou aquele verniz entre o rosa e o roxo, com tom pastel e sem brilho. O Homem é por essência um ser insatisfeito, em todas as áreas da sua vida e não apenas nos bens materiais que possui e dos quais dispõe. Se ainda não temos namorado, queremos um, se ainda não temos marido, queremos um, se ainda não temos filhos, queremos um ou dois, se ainda não temos emprego, vamos à luta. Porque no fundo são todos estes desejos que nos fazem mexer e lutar e sair da cama todas as manhãs. Mas, frequentemente, só nos lembramos do bem que de mais precioso temos, quando este nos falta... a Saúde! E então, quando essa nos falta, nessa altura já não queremos mais nada! Podemos ter o carro mais rápido, mais bonito, o amante mais voraz, os filhos mais lindos... que a única coisa que queríamos ter... era mesmo a nossa saúde de volta! Por isso, é imperativo que para além de tudo o que se queira neste Natal, acima de tudo se queira saúde... e “da boa”, como dizem as gentes do Norte! Faço públicos os meus votos de saúde para todos... e depois, que se lhes juntem, o amor, a paz e algum dinheiro, porque não?! Afinal de contas: “O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”.




Título: O meu Sonho de Natal

Croniquices da Mulher a 1000/h, por Sílvia Martins