quinta-feira, 21 de maio de 2009

Recordações (de) amigas...


Olha só p’ra nós, onde estávamos à coisa de um anito atrás…

Porque recordar é viver, hoje apeteceu-me “viver” as minhas belas amigas, que tão carinhosamente se juntaram há um ano atrás, para me inundarem a casa e conhecerem o meu rebentinho! Que saudades vossas amigas… das nossas gargalhadas, brincadeiras, conversas, desabafos e “tonterias”!
Porque uma amizade como a nossa, é prova de que nem todas as mulheres se odeiam de morte umas às outras e porque vale a pena recordar todos os momentos bons e maus do nosso percurso. Algumas amigas de faculdade, outras ainda amigas de escola, mas todas amigas de coração!
A J., finalmente Mestre e vivendo o seu perpétuo e sereno amor de pedra e cal com o P.
A D., sempre igual a sim mesma, fiel amiga, dedicada e calada, mas sempre presença activa, qual militar batendo continência ao amor que a une ao nosso também grande amigo Q..
A N., perdida no balanço das terras bifas e viagens aos continentes americanos e africano, levada em palavras de literaturas femininas, sempre apaixonada amiga e divertida.
A A., a determinação em pessoa, que em Angola vive o seu casamento feliz, e nós aguardando notícias do bebé mais caliente que se seguirá.
E por fim, a S., a minha eterna companheira de combate aos “moinhos”, qual Sancho Pança e D. Quixote.
Só lá faltaram mesmo as companheiras de carteira, turma e escola:
X., que se rendeu aos encantos da noite diurna de uma longínqua Finlândia e aos braços de um nativo, prova de que a nossa alma gémea pode estar nos lugares mais estranhos….
E a M., amiga devota e querida mãe de um afilhado mais querido ainda, que morro de pena de não ver crescer.

Tenho saudades das nossas conversas amenas, acesas e das completamente incendiadas e das nossas noites de festa e farra com confidências e desabafos à mistura! Vocês que muitas vezes funcionaram como escape para a minha “panela de pressão” merecem todo o bem do Mundo!
Este texto é para vocês, porque acredito que as homenagens deveriam ser feitas em vida e não quando já não sabemos se nos ouvem ou não!
A distância não apaga os passos por nós dados em conjunto, que recordo com carinho, sempre! Estou aqui para o que der e vier, só queria que soubessem disso!

Paternalismos


Que a nossa Sociedade anda meia às avessas, que se rege por princípios, sem princípios e morais amorais, já todos nós sabemos. Mas ainda me choca a forma, como nós adultos conscientes, agimos e actuamos em relação às nossas crianças no nosso País. Pois se há valor, que penso que ainda se respeitaria neste País era o valor da Criança. Casos como o da Esmeralda, Joana e da Menina Russa, metido tudo no mesmo saco, bem apertado e espremido acaba tudo por demonstrar uma e apenas uma coisa: a falta de respeito que se demonstra neste País pelo direito das Crianças a ser amadas, ser felizes e ter um lar!
Nós adultos, perdendo-nos em meandros de explicações terminológicas, mais ao menos teatrais sobre os nomes, que nos dão: pais biológicos, pais afectivos, pais adoptivos ou pais de acolhimento, acabamos por nos esquecer daquilo que realmente interessa… os nossos filhos!
E quando falo em nossos filhos, falo em todas as crianças que passando sob a nossa égide de adultos, maiores de idade e emancipados, temos por obrigação de cuidar e educar. Falo de crianças que vamos trazendo a este mundo e que nunca pediram para nascer!
Aquilo que não devemos esquecer é que, pai é quem ama, quem se esforça, quem se mata por amor, ao invés de matar sem ele. As crueldade infligidas, diariamente em crianças inocentes e que nada mais pediram do que um colo e alimento, escandaliza-me e leva-me aos píncaros da raiva! Não aceito que em pleno século XXI se cometam atrocidades em nome do amor de pai/mãe a crianças, hoje menores, mas amanhã maiores, pejados de traumas e malformações socio-familiares, que para sempre condicionarão as suas personalidades enquanto adultos activos e presentes na nossa Sociedade!
Criam-se crianças e não se educam, não se lhes ensina o valor do amor ou da vida e o que estamos nós à espera?! Que amanhã todas se transformem em adultos exemplares?!
Meus Senhores, vamos lá ver, aqueles que pensam em amanhã ainda cá andar, como eu, que tenho por objectivo definido morrer em forma de cadáver bem velhinho e feio, mas carregado de experiência, pensem bem se querem a empurrar as vossas cadeirinhas de rodas estas crianças traumatizadas, mal amadas e fatalizadas pelos nossos erros jurídicos ou más decisões de percurso de Pais de título, mas não de afecto.
Ponham a mão nas vossas consciências, como eu estou a tentar pôr na minha e façam-me o favor de fazer felizes os vossos filhos. Nem sempre o nosso interesse e felicidade deve vir em primeiro lugar… isso sim, é saber ser Pai!