quinta-feira, 30 de julho de 2009


Hoje, li algo, que me levou a um estado “pele de galinha “ tal, que não houve pelinho do meu corpo, que se aguentasse deitado na minha pele arrepiada! Fiquei emocionada, baralhada e senti-me deveras pequena e uma “pessoínha” perto de tantas pessoas anónimas e enormemente “GRANDES”, que Graças a Deus ainda há por aí!

Antes da minha hora de almoço, passei os olhos pelos habituais jornais online, onde li, um pouco de tudo, daquilo que sempre leio e daquilo que por vezes, me chama a atenção! Um dos artigos que li, foi o que fez despoletar em mim, semelhante estado, anteriormente descrito! Podem lê-lo aqui! O que mais me admirou foi constatar que se na normalidade toda a gente pede por Deus, um filho, que não tenha ponta de defeito, ou ponta doença, há quem, passando por cima de qualquer réstia de egoísmo ou sentimento puro de despreocupação, não se coíba de adoptar uma criança doente ou com problemas, que fazem deles aquilo que vulgarmente entendemos por “deficientes”.

Não é fácil ser mãe. Imagino, que mais difícil ainda seja ser mãe de uma criança portadora de “deficiências”, mas escolher uma criança deficiente, e tornar-se pai dela, com plena aceitação e conhecimento de causa é, pura e simplesmente de louvar! Ao ler alguns dos comentários feitos por pais e crianças, percebi, que não há nada de “anormal” no amor que os une, e que fará deles grandes e inseparáveis até ao fim dos seus dias! Senti-me então assim, pequenina do tamanho de uma ervilha, pois mesmo sabendo, que cada um vive os seus próprios problemas, relativizando-os à sua própria dimensão, nunca me imaginei, grande o suficiente para ser capaz de lidar com a mortalidade iminente de um filho (no caso das crianças portadoras de VHI), ou incapacidades motoras ou psicológicas (no caso de crianças com paralisia cerebral ou autismo)... Sou pequenina, pequenina e tenho vergonha da minha tacanhez de espírito e capacidade de “sacrifício”, pois se os há, enquanto mães de umas crianças, no geral, saudáveis, imagino o tamanho dos nomeados na educação de crianças com dificuldades extra!

Um dia, talvez, seja grande e consiga ver as coisas de maneira diferente, mas por enquanto, a atitude destes pais adoptivos de coração e mente, soa-me como o derradeiro acto de heroísmo no século XXI. Ainda bem, que há pessoas assim!