segunda-feira, 22 de junho de 2009

Moral da história de um fim-de-semana...


Hoje acordei ao som desta música! E não me lembro de melhor música para me acordar hoje… porque a vida é mesmo isto… um tango, que dançado com o par certo para nós, tem muito mais piada!

Este fim-de-semana, que tal e qual de acordo com o previsto, passou a voar, levou-me até rios de lama e chuva chata num Nordeste vazio de gente e cheio de verde! Em busca de um local específico seguimos nós os quatro, eu, o Apêndice, o Emplastro e a minha filha, por estradas e trilhos desta ilha onde me encontro! A minha filha dormiu a maior parte da viagem, eu fiz um bolo, que “mumifiquei” e levei para o lanche, eles divertiram-se a ver-me caminhar na lama, de sabrinas de tecido claro e roupa quase branca! Não foi a melhor escolha de toilette, confesso, mas sendo o tempo nos Açores, tão imprevisível como a própria vida ou mais, guardei até ao fim a secreta esperança de que o sol se juntasse a nós nesta “aventura” dos quatro, se contarmos com o Jeep, dos cinco! Sim, porque o pobre também não se safou e trouxe agarrado a ele toneladas de lama, castanha e “melequenta”! Mas foi divertido e acima de tudo valeu pelas maravilhosas imagens que se nos permitiu guardar na retina… para mim um misto agridoce, ao ver os meus pés lamacentos e roupa adornada do mesmo material! Sim, é um facto… não sou uma Tomb Raider, nem nenhuma Indiana Jones no feminino, mas é um facto também, que nunca serei mulher para me fazer passar por tal! Assumo a minha “aselhice” nata nestes campos de ciências físicas e derivados!

- Olhem lá para aquela vaca armada em alpinista, ali, empoleirada naquele monte!!!
- Onde?! - perguntam os dois com ar de cepos!
- Ali… ali em cima…. A castanha!
[Silêncio e uns risinhos parvos do Emplastro]
- Amor, aquilo não é uma vaca! É uma cabra!
- Uma cabra?! Uma cab… [ar de loira MUITO perdida].
- Sim, uma cabra! – confirma o emplastro!
- Hummm… então deve ser destes ares dos Açores, porque aquela cabra estava mesmo com ar de vaca!
[Silêncio de novo… e novas risadas abafadas]

Uns quilómetros depois…

- OLHA MILHO! Milho, milho… - grito eu em êxtase!
- Amor, são canas! – tom de voz baixo e céptico.
[Novas risadinhas do banco de trás…]
Após o silêncio e em tom sóbrio, diz o meu parceiro de tango:
- Puxa… que tu hoje é cada tiro, cada “pintassilgo”!


Risada geral e uma moral da história: a perfeição não existe, mas ser-se imperfeita entre quem gosta de nós é, por si só, perfeição bastante!