segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Sexta-feira, seis da manhã... acordo atordoada e assustada com aquilo que parecia ser o som da minha filha a sufocar. Levantei-me, corri para o quarto dela e o que acontecia de facto era que ela estava a vomitar! Podia ter sido cómico, se não fosse tão preocupante e assustador, porque ela estava a fazê-lo de olhos fechados e quase em silêncio. Não passaram mais de 15 minutos e os vómitos estavam de volta e assim estivemos durante duas dolorosas horas, em que ela foi agravando as queixas, o que nos levou a correr com ela para as urgências do Hospital! Estivemos cerca de duas horas em observação e a criança que entrou naquelas urgências, tremelicando, chorando e vomitando sai de lá de ânimo renovado, dizendo “ADEUS” a tudo o que é médico e auxiliar hospitalar! Aparentemente não passou de mais do que uma indigestão, provavelmente provocada pelo leite, tratada com ben-u-ron, para acalmar as dores das cólicas, soro e chá, bebido em colherezinhas e um dia de dieta, a canjinha da mamã!


Não chegou para o susto e levou-nos a um estado de pânico tal, totalmente desconcertados, atarantados, perdidos, sem saber o que fazer para ajudar o nosso “rebentinho”! O Pai, conseguiu “infiltrar-se” pelas urgências fora e acompanhou-nos na última hora de “observação”, enquanto aguardávamos pelas fezes da menina, que seriam depois também elas sujeitas a “observação”... Ansiosos os dois por esse “passo de mágica” da nossa pequena... foi no meio de uma conversa angustiada, que ela nos interrompe para dizer a apontar para a fralda: “Cocó”! Nunca, nunca na minha vida gostei tanto de ouvir essa palavra e jamais me esquecerei do arzinho dela, que como que percebendo a nossa aflição nos anuncia o seu esforço para fim do nosso sufoco! A “observação” concluiu que estava tudo ok e pudemos voltar para casa, mas ainda assim em constante estado de alerta para novos sintomas ou desenvolvimentos! São momentos destes que nos lembram da importância que estes pequenos seres e o seu bem-estar têm na nossa vida!


O Sábado e o Domingo seguiram-se com naturalidade e aproveitámos para uns convívios salutares com amigos, beber um chá em Porto Formoso, enquanto ela “esbanjava” charme para tudo o que era transeunte e uma curta visita ao Teatro Micaelense para ver a World Press Photo 09 da Canon! Exposição a não perder, sem dúvida alguma! O Domingo foi pacato, caseiro e domingueiro e conseguimos até acabar por levá-la à praia! Mas sempre que nem águias... sim, porque essa de “pais galinha” não existe cá em casa... nós aqui somos mais é “pais águia”! Que não tiramos os olhos do nosso “ratinho”, com sondas e radares escrupulosamente apontados a qualquer alteração de tez, cor, expressão, estado de espírito e físico.


Hoje, deixei-a na Creche, um pouquinho estranha, um pouquinho retraída e o meu coração está aqui partido, porque o meu olhar não a alcança e esta mãe águia anda perdida em outros voos... não sou religiosa, mas juro por Deus, que nestes dias já rezei umas tantas rezinhas! Não vá o diabo tecê-las, hoje, vou continuar a rezar...

3 comentários:

  1. Mas que susto!!!!

    Pobres 3! Graças a Deus que não foi nada de grave!

    A maior segurança de qualquer filho é o coraçao de sua mãe...independentemente da distância, ao minimo sinal de perigo, lá começa ele disparado a impulsionar a mamã ao encontro do seu filhote.
    E sabes porquê???
    Porque a gasolina do coração é o próprio amor!


    p.s. - EXTRAORDINÁRIA FOTO!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Ainda bem que está melhor e não passou dum valente susto! :)

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  3. O que uma mãe sofre! Se pudéssemos evitávamos todos esses dissabores mas...não está nas nossas mãos. O ditado bem diz "Ter filhos é ter cadilhos". Nunca mais uma mulher consegue dormir um sono tranquilo depois de ser mãe. Mas...as alegrias também estão presentes e alguns são enormes. Uma coisa compensa a outra. BJS

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