terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ooooh Silvia...


Hoje de manhã assisti a um verdadeiro milagre meteorológico... daqueles só mesmo possíveis de ver nos Açores! Antes de sair de casa e para confirmar que não seria necessário um casaco para a minha repolhita, fui espreitar à janela para ver o tempo... estava um sol lindo e já se via gente na praia, entre banhos de sol, mar e algum suor, apesar da hora ainda matutina! Assim, saímos de casa, ela e eu, sem casacos e com ar de sol! Ao chegar à rua, qual não é o meu espanto, quando me deparo com uma parede de chuva intensa, que chovia torrencialmente apenas na zona da estrada e passadeiras e poupava o parque de estacionamento, mesmo em frente e a praia, que continuava solarenga, com os seus adeptos secos, pelo menos os que estavam fora de água e um sol, que continuava a brilhar! Fiquei cerca de 2 minutos, naquela indecisão entre esperar que a chuva passasse ou voltar a entrar em casa para pegar num guarda-chuva! A minha filha, deliciada com as gordas pingas, que inundavam o chão sorria cumplicemente na minha direcção e então, assim como tinha começado a chuva parou! Cheguei seca ao carro, mas a passos largos, porque imaginei que o S. Pedro ainda me quisesse tramar!

Entretanto ouvi no rádio que morreu mais um mito da minha geração! Patrick Swayze. De resto fiquei danada porque tive um daqueles pressentimentos, quando esta semana o meu marido ao vê-lo na televisão disse: “Esse já morreu, não já?”. Grrrr... “Não, está a lutar!”, disse-lhe eu! Mas naquele momento soube, que não seria por muito tempo! E não, não sou bruxa... mas tenho uns feelings momentâneos, que não sei explicar! Tenho pena por esta morte... primeiro, porque sonhei muitas vezes, que um dia ele ainda me ia levar a dançar à chuva! Segundo porque odeio cada vitória que esta maldita doença trava na batalha contra os seres humanos! Não imagino pior doença que esta... que dá cabo de nós por dentro, que não se vê, que não se compreende, nem sequer se sabe porquê... que escolhe as suas vítimas aleatoriamente e que mata sem dó nem perdão... fazendo-nos sumir aos olhos dos que mais nos amam, que impotentes se limitam a ver-nos travar uma luta diária, constante, contra um inimigo invisível, que nos come por dentro! Por isso admiro muito quem luta numa batalha destas e venero quem as vence! Lamento por quem as perde e sinto que perco um pouco de mim junto de cada um deles...

Já em outras reflexões vi-me perder o controle do carro, por causa de uma zona de piso molhado e provavelmente algo “escorregadio” também. Nada de grave... Apenas umas pernitas a tremer que nem varas verdes... as minhas, porque felizmente já tinha deixado a minha filha na Creche! E agora estou aqui... pronta para mais um dia de trabalho, mais um em que o tempo não passa, porque esta semana acabo mais cedo! Vou a casa!

6 comentários:

  1. Ainda não sabia desta triste novidade.

    O Dirty Dancing foi o filme que marcou o meu Verão dos 14 anos.
    Tinha uma cassete de video. Vi-o centenas de vezes (ao ponto de saber as legendas de côr) e inspirada nele sonhei acordada, vezes sem conta, extraordinárias histórias de amor.
    Já pedi que me arranjassem o filme porque me apetecia muitooooo vê-lo de novo, mas ainda não consegui arranjar.

    De certeza que agora será mais fácil.

    Quanto ao Patrick Swayze..."Paz à sua alma" e um tributo pelos momentos sonhados.

    E este momento que vivenciaste hoje de manhã, este misto de sol e chuva...foi ou não foi PURA POESIA???

    É a magia que envolve as nossas lindas ilhas!!!

    Bjhs

    ResponderEliminar
  2. Sílvia essas doenças são, infelizmente herditárias, e sobre elas eu costumo dizer: Devia herda-las quem herda os bens. Não achas? Pois pois mas eu já tenho às costas uma dessas doenças herditárias: Tiróide e todas as outras, consequência desta. Percebes-te?
    Agora falando na que se refere o teu texto: Ninguém merece ser vitima desta doença, ela consegue matar mesmo os que lhe resistem: de cansaço. Quem a tem nunca mais tem paz, mesmo que recupere. BJS

    ResponderEliminar
  3. Anie: atira poesia para cima disso! Foi mágico! Devias ver a carinha da pikinina! Até ela ficou baralhada! ;)

    Brown Eyes: essa coisa da hereditariedade assusta-me até aos ossos! Quando se fala nesta doença fico sem fôlego, mas depois lembro-me da palavra que escrevias no bilhetinho... e então respiro outra vez! Quero acreditar!

    ResponderEliminar
  4. Ainda estou a tentar recuperar... :( fiquei tão triste... ainda para mais que o filme foi visto numa altura muito especial da minha vida e na melhor companhia, enfim, são "coisas" que deixam a sua marca...

    Doenças hereditárias... ufff... nem me contem, a minha mãe deve ter acrescentado uma ou outra ao dicionário médico, a restante família ascendente idem... enfim, como costumo dizer, de herança só me deixam doenças, oh bolas, assim também não!!!

    Em relação aos Açores... ainda não conheço, mas fiquei com muita vontade :)

    ResponderEliminar