terça-feira, 19 de outubro de 2010

A minha opinião sobre a crise...


… e sobre o Orçamento de Estado e sobre as medidas de austeridade e os tempos difíceis que se adivinham, and so on, and so on… sim, porque não vivo na LaLaLand e também sofro com as consequências da crise que se instalou e das incertezas dos mercados e da sociedade de consumo, que me fez de ninho e berço!
Sem qualquer base de sustentação política ou estudo de mercado feito, e ainda com parcos conhecimentos da economia mundial.
A minha opinião é que: desta vez ninguém escapa e como sempre, quem mais paga é o mexilhão! Mas em crise já eu vivo desde que entrei no mercado de trabalho, na crise de uma sociedade de consumo, capitalista, em que todos vivemos a ilusão de que quem mais pode é quem mais tem e que a felicidade está à distância de quatro dígitos no cartão de crédito!
Pagamos agora todos juntos a factura gorda, que foi mais de alguns, mas pagamos todos juntos, pois a permissividade no endividamento das contas públicas foi de todos nós, sociedade apática e desinteressada do bem e do investimento público, que não quer saber, só para não ter que se chatear e fecha os olhos, e desvia e crítica, falando de alto, sem agir, para não agitar águas, para não se molhar também… ou então, aguardando a sua própria vez… para molhar o bico, também!
Somos todos culpados, uns por acção, outros por falta dela e tantos ainda por cumplicidade ignorante!
Se é poupar que me assusta?! Não! Se é não gastar tanto?! Tampouco! Muito mais me assusta não ganhar, não ter, não ser capaz de mudar nada! E mais ainda: não confiar completamente nesta classe de governantes, que traz as soluções sempre depois da “casa roubada” e sempre sem certezas de que irão ou não funcionar!
Não há messias, nem grandes salvadores da economia da pátria, é certo, mas seria bom, por uma vez que fosse, que estes senhores não fossem sempre os portadores das más notícias, que nos afectam sempre muito mais a nós, do que a eles!
Cá em casa, já estamos em crise há muito… mas a austeridade instala-se a partir de agora. Se nos valerá de alguma coisa?! O pior, é que acho mesmo que não!

4 comentários:

  1. sabes, é mesmo isso que me pergunto, valerá a pena? não custa realmente, cortar aqui, poupar ali, até porque, cá por casa, temos vícios muito à nossa medida e sempre fomos cautelosos nos cifrões, sempre nos sentimos bem a viver como podemos e sem aparentar o que não somos. mas no final, o que nos esperará? mais apertos ao cinto já gasto?

    a curto prazo, espero a lenga-lenga do costume, o salário congelado com a desculpa da crise...
    hoje ao almoço, atentos às notícias, disse aos meus colegas: "um dia ainda temos de pagar para trabalhar" eles deram uma gargalhada e depois ficamos em silêncio. porque cada vez mais me parece que, fazendo contas por alto, trabalhar para os outros dá prejuízo e a vontade é muita de arregaçar as mangas e enfrentar o touro de frente. não sei se estou louca, se vivo no meio da loucura mas sei que me sinto bem assim, cheia de planos e essencialmente, de acções.

    e agora algo completamente diferente... manda lá um email do teu pessoal. quero trocar umas ideias sobre a Maria. não sei se te agradam desenhos assim mais naif, se tinhas pensado em algo mais elaborado.
    me liga vai (neste caso, me email, vai)

    e beijos para vocês;)

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  2. e olha outra coisa... comenta o meu post do desenho. queria ter oficialmente o teu nome da listinha de potenciais ganhadores;)

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  3. Sílvia todos culpados do endividamento público? Aí isso é que não! Como podem meia duzia de pessoas fazer alguma coisa quando um governo é escolhido por maioria? Estou convencida que há por aí muita gente que não vive de aparências nem vive de influências nem tão pouco é oportunista mas, que adianta? A maioria é. A maioria está habituada a ter o que a política lhe dá, a maioria está habituada a vender-se, a maioria está à espera que lhe paguem os favores, a maioria vende-se. Que fazer? Lutar de espada em punho sozinha ou com dois gatos pingados? Sabemos que nunca houve tantas represálias por se denunciar casos de injustiça como hoje, por se denunciar erros e atitudes menos próprias. As pessoas nunca tiveram tanto medo como têm hoje. Sabem que ao mínimo passo em falso são postas no meio da rua e pior não têm provas para denunciar o que se está a passar porque eles fazem o que querem, mudaram tudo de tal maneira que dificilmente alguém consegue provar. A justiça está com eles e assim sendo que fazer? A crise não é só económica, infelizmente. Beijinhos

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  4. Há uns tempos que fico com um nó no estômago e um aperto no coração sempre que oiço as noticias. Sinto que nos estamos a afundar num lamaçal e a verdade é que este apertar de cinto não vai fazer grande diferença... tenho escrito muito sobre isso, principalmente sobre a "falta de acção". Somos um povo de brandos costumes mas já vai sendo altura de mudar isso, enquanto não houver um interesse activo e responsabilização destes governantes DA TRETA as coisas só podem piorar...
    Tempos tristes, estes.

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