sexta-feira, 11 de março de 2011

: Está a pensar suicidar-se?! Anuncie-o no Facebook! - no AO

Depois do caso de uma britânica de 42 anos, que anunciou no Facebook, aos seus 1048 amigos, que se ia matar, sem ninguém ter dado grande importância, ou melhor, apenas tendo recebido de feedback alguns comentários em tom de troça, o Facebook decidiu criar (actualmente ainda apenas no Reino Unido) um sistema de alerta de suicídios, aliando-se a uma ONG, a The Samaritans, que processará a recepção de uns formulários a preencher por quem quer que queira denunciar possíveis situações de “demonstração de intenção de suicídio” por parte de outro utilizador… e a mim, nada disto me espanta, a não ser aquela velha máxima que já apregoei aos peixinhos, em croniquice anterior, que o Facebook é das maiores falácias comunicacionais jamais criadas. Senão porquê, respondam-me lá… se um amigo vosso, vos desse a entender, ainda que por travessas meias, que se ia suicidar, vocês: hipótese a) tinham uma conversa frontal com ele e tentavam estar por perto pondo também todos os vossos amigos comuns e familiares próximos em alerta máximo, ou hipótese b) preenchiam um formulário identificando-o e alertando para os indícios deixados por ele, enviando depois o ‘papelito’ para uma ONG que lhe pudesse valer… Pois, realmente coisas destas só se podem passar mesmo no mundo dos livros com caras e sem coração. Ainda assim, é bom saber que a organização do Facebook reconhece que há, efectivamente, a necessidade de implantar nesta rede social um sistema “anti-suicídio”… mas é só a mim que isto me assusta?! É só a mim que me faz imensa confusão que uma pessoa com 1048 “amigos”, numa rede social, acabe por decidir fazer da sua última comunicação ao mundo uma “publicação” em forma de apelo/aviso no Facebook?!
Bom, depois de sabermos que já não é a primeira vez, que crianças morrem, porque os pais estavam em joguinhos de quintas e afins no Facebook e se esquecem de os alimentar, deixando-os entregues a um sopro esfomeado por vida e mais algum alimento e amor, já nada me devia espantar, mas realmente há algo nestas notícias que choca… e choca muito mais do que qualquer crise económica ou demagogia política, o que choca aqui é que estamos a entrar a passos largos num mundo dominado por uma vida virtual que nos coloca a todos “presos” à rede e desligados da vida real. É um escape perigosamente alucinogénico, mais dopante que muitas drogas.
Mas o Facebook e as suas políticas dariam pano para mangas, senão porquê, experimentem lá pôr uma foto a amamentar o vosso filho e outra com um grande decote insinuante e um abrir de pernas à moda da Sharon Stone, querem apostar comigo qual das duas fotos vai ser “bloqueada” e “denunciada”!? Pois claro, está-se mesmo a ver que peito de fora a dar de mamar é muito mais passível de censura do que uma foto à la Sharon Stone… não acreditam!? Perguntem lá à Sarah Lavigne.
Enfim, não me interpretem mal, que eu também tenho Facebook, só não faço dele o meu modus vivendi… e assusta-me ter a certeza de que o que há mais é quem faça! Chegando mesmo a viver, só para o puder publicar na rede! E depois eu é que sou a “parva”! Haja pachorra!

1 comentário:

  1. Eu sou sincera, tenho conta no facebook mas só lá vou quando recebo um email de alerta a dizer que alguém me enviou uma msg. É coisa que não me atrai, para aqul não tenho pachorra. Não tenho paciência para contar o que se passa a cada segundo do meu dia, fingir que sou amiga de A ou B que é capaz de não me dizer nada quando passa por mim na rua mas que depois me pergunta como estou através do facebook...não sei como há pessoas viciadas naquilo!
    Bj!

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